Homens cercaram um prédio com tanta urgência que pareceu um grande evento do qual todos deveriam comparecer, exceto pelo fato de que aquilo ainda era um muquifo no meio de uma cidade ainda mais pacata que a que eles vieram. Os fardamentos daqueles homens armados não eram reluzentes ou elegantes, mais cumpriam seu papel. Um soldado chutou a porta da casa e flagrou a mulher deitada a míngua, após ser exaustivamente usada e abusada por diversos homens, mas aquela foi a vida que ela escolheu para si mesma. Ela mal pôde acordar para se vestir quando ele puxou as cobertas, a derrubando da cama. A jovem descabelada o olhou assustada, como se tivesse todo o temor do mundo recaindo sobre sua alma pesada. Uma que ela sabia que jamais subiria ao céu que sequer acreditava que existia.– O que vocês querem comigo? – Ela encarou os homens com a mesma soberba e altivez de sempre. O capitão a encarou com um olhar de pena. Ele sabia bem que o fim não seria bom, e não havia como aliviar a pena de algu
Dois anos depois. Cesare olhou para a bela mulher, agora dois anos mais velha, mas de igual e radiante beleza apenas para de perguntar por que havia se privado de tanto tempo sem ela. Ele foi burro. Era a única resposta que ele dava a si mesmo todas as vezes que pensava sobre aquilo, mas também estava decidido a nunca mais cometer o mesmo erro. Ela o encarou, com uma criança presa a sua cintura de violão que ainda lhe causava muita insegurança depois de dois lindos filhos. Ela tinha certeza de que já não era a mesma, embora o Cesare não concordasse em nada com aquilo. Mesmo assim ela sorriu para ele. Ela estava feliz com a nova vida. Ela se sentia completa e sabia que havia decido certo ao perdoa-lo. Ele se levantou e a beijou no pescoço, antes de sair de andar em direção ao armário. As roupas estavam um verdadeiro caos, depois que a antiga empregada havia se demitido. – Desculpe por isso. Eu vou arrumar, é que eu não tenho tido tempo e... – Não se preocupe com isso. Você
Madison encarou a garota de frente para ela e forçou o sorriso amarelo de quem estava um pouco incomodada. A jovem linda a fazia lembrar-se de como ela era e apesar de tentar acreditar no próprio marido, ela ainda se sentia desconfortável em ter mulheres bonitas perto dele. A garota estendeu a mão para ela e sorriu. – Olá, senhora Santori. Eu sou a Amélia. – Olá. Eu quero que você se sinta em casa aqui, tudo bem? Eu só tenho algumas regras, mas a principal é em relação ao uniforme. Eu sei que pode ser incomodo, mas eu... – Não, eu não tenho problemas com isso. Posso usar o que a senhora decidir. A garota jogou o cabelo para trás e liberou seu mais singelo e simples sorriso. Então ela avançou em direção a própria patroa e com uma intimidade e atrevimento que surpreenderam a Madison Reese, ela agarrou-lhe as mãos. Madison franziu as sobrancelhas ao sentir aquela energia estranha. Era como se elas se conhecessem. Como se ela quisesse ser mais que amiga daquela mulher. – O que f
Madison Reese suspirou, arqueando a silhueta atrás do boxe enquanto Cesare Santorini a segurava com força.Ele a agarrou, deixando-lhe uma mordida nos lábios que quase a machucou, mas ela não se importou com aquilo. Então ele subitamente parou de beija-la. Por nada. Sem qualquer razão aparente, e ela percorreu os olhos varias vezes tentando decifrar o que ele sentia e o motivo para ter parado algo tão bom. Mas ele subitamente a girou novamente, pressionando a frente do corpo contra o vidro e se prostrou atrás dela, pronto para entrar na cavidade úmida. Ele estava como uma rocha e sentia que ia explodir a qualquer momento, mas não antes de faze-la chegar ao êxtase também. Então ele a agarrou a beijou com firmeza, deixando um rastro de beijos pela extensão das costas até as nádegas. Ele a mordeu em uma delas, com a certeza de que ficaria roxa. Não tinha importância. Aquela era sua marca para ela. Um presente. O dedo entrou com facilidade, ele sentiu que quase não podia mais aguenta
Amélia desviou os olhos do caminho que pensou que a levaria a perdição localizada no centro do abdômen daquele homem perfeito para perceber que a Madison Reese a encarava com um olhar enviesado de questionamento, então ela disfarçou. – É apenas um brinquedo! – ela a abriu, mostrando o pequeno objeto de madeira que até então estava oculto. – Me desculpem por ter entrado aqui sem permissão. Eu jamais roubaria nada de ninguém! Madison sentiu pena de como a garota ficou desesperada e tentou acalma-la, andando até ela, ainda enrolada na toalha parcialmente encharcada pela água que escorria do cabelo longo perfeito. – Tudo bem, minha querida. Não se preocupe com isso. Você pode ir. Leve ela para passear, mas não volte tarde, por favor. – Sim senhora. Mais uma vez me perdoe. – Tudo bem! – Ela sussurrou. Mas o Cesare ainda estava intrigado. Havia algo de estranho naquela mulher que o fazia pensar a todo instante que deveria manter toda a distância do mundo. Mesmo assim, ele a esper
Era estranha a forma como ela tentava aparecer, talvez até ser vista pelo senhor Santorini, e embora ele não se importasse com as tentativas frustradas da mulher, ele sabia que alho estava errado. O homem a encarou brevemente, apenas para ver que a calcinha branca por baixo do uniforme estava aparecendo de uma maneira bastante inadequada. Não que aquilo fosse uma tentação para ele. Depois de tantos erros, só havia olhos para uma única mulher, mas mesmo assim ele se levantou. Ela parecia sequer tê-lo visto enquanto tentava alcançar a prateleira mais alta do armário, e a medida em que ele foi embora, ela sentiu um vazio, como um aperto forte no peito. O que havia de errado com ela, afinal? A mulher o encarou até que ele fosse embora, e olhou para o telefone, ponderando ligar para o seu contato ou não. Ela decidiu que seria melhor fazer aquilo fora da casa e dos olhos vigilantes daquele homem lindo. Então, Amélia subiu as escadas com o mesmo rebolado vulgar de sempre e encarou a po
– Eu acho que você não deveria se intrometer nos assuntos dos patrões. – E eu acho que você deveria cuidar da própria vida, Carmen. – A mulher disse com a arrogância velada. A senhora deixou os instrumentos de assepsia caírem sobre a mesa assim que a garota a confrontou daquela maneira ofensiva. – Então cuide das suas próprias feridas! – Não! Espera. – E quer saber do que mais, eu acho que eu vou contar toda a verdade para a senhora Santorini. A jovem a agarrou pelo braço, impedindo que ela pudesse avançar para a sala de estar. Elas ainda podiam ver a Madison Reese Santorini sentada no sofá, lendo algo de muito interessante para o Charles que descansava a cabeça em seu colo. E por mais que estivessem falando alto, a patroa jamais as ouviria. Ela parecia estar num mundo particular com os próprios filhos. Então ela se voltou a empregada e direcionou-lhe um olhar do mais puro rancor. Ela parecia carregada de sentimentos tão ruins que quase a incendiou por inteira. – Você
Cesare Santorini cruzou com a mulher que cuidadosamente caminhava pelo corredor carregando uma bandeja. De uma maneira um tanto suspeita, ele olhou para trás pela primeira vez. Ela estava quase mostrando demais, e ele recuou no mesmo instante. O homem lembrou-se de pensar no motivo para ela estar seguindo naquela direção e estranhou a forma como ela parecia demonstrar tanto cuidado. Mas a Amélia, sem a mesma educação da vez anterior abriu a porta e entrou naquele cômodo. Ela parecia domina-lo como se aquilo pertencesse plenamente a ela e a mais ninguém. Madison Reese Santorini ainda estava deitada, envolta nos lençóis macios e completamente nua. Ver a garota parada ali pareceu uma grande surpresa e ela tentou se cobrir. Madison estava completamente envergonhada pela própria exposição, embora não devesse. Ela era como uma Afrodite acordando de uma noite quente de amor. O cabelo bagunçado não a delatou tanto quanto as marcas dispostas no corpo. – Bom dia, Madison. – A garota