– E você tem esse dinheiro todo, é? – Eu tenho. Eu sou o homem mais rico dessa região. Então o senhor direcionou-lhe mais um olhar enviesado que deixou o Cesare desconfortável. – Sei não. Você é estranho. Acho que você fugiu de algum lugar que não devia. Se você quiser, rapaz, eu te levo de volta. – Eu sou o dono de tudo. Eu sou o bilionário dos diamantes. – É. Escapou do manicômio mesmo. Então ele balançou as rédeas e os cavalos começaram a se movimentar lentamente. – Não! – A voz autoritária reverberou no ambiente como um rugido. – Eu posso te pagar muito bem. Eu posso te dar tudo. Mas o senhor não parou. – Vai para casa, meu rapaz. – É o que eu estou tentando fazer. – Boa sorte. Então o Cesare Santorini levantou um diamante que costumava guardar como o primeiro que o seu pai o havia dado e o brilho ofuscou a visão do homem que avançava em direção a paisagem digna de um quadro. A carroça parou tão bruscamente que as rodas deslizaram no chão de terra que garantia o acesso
A Sara Reese ainda estava dormindo de tão cansada quando escutou o jarro de porcelana barata ser remexido ao fundo, então ela abriu os olhos temendo pelo pior. Temendo que o homem a quem dedicou seu precioso tempo a estivesse roubando. Ela se levantou rapidamente e sentou na cama, onde o observou guardando o dinheiro sorrateiramente. E no momento em que ele estava saindo, ela jogou os lençóis de lado e saiu da cama como uma fera raivosa. – O que você esta fazendo? Você não vai me roubar outra vez. Você não vai mais gastar o meu dinheiro com vadias. Mas o homem sorriu de uma maneira cínica como se nada do que ela pudesse falar fosse relevante, afinal, o que ela poderia fazer contra ele? – Eu não estou roubando você, só pegando o que é meu. – O que é seu? Você não trabalhou por isso. Eu trabalhei. – Trabalhou? – o homem gargalhou diabolicamente, enquanto encarava a forma mais patética de medo. – Chama aquilo de trabalho? – É um trabalho, e você nunca reclamou, Marcos. Você nunca a
A linda Madison Reese vislumbrou as ruas da Itália antes de seguir viagem em direção a mansão da Lady Lucy, onde ela pretendia ficar até decidir o que fazer da vida. Ela olhou para o lado e se sentiu tranquila por ver seus filhos dormindo com a paz e a tranquilidade que ela sempre sonhou que eles tivessem, mas o pobre coração da jovem não estava bem. Ela estava sofrendo, e não imaginou por um único segundo que fosse ser assim, que fosse ser tão difícil lidar com a perda do homem que amava tanto. Que ainda ama. Mas ela não podia mais ficar naquela casa cheia de lembranças e sofrimentos que havia passado. Ela não podia viver em uma cidade onde todos conheciam seu passado e contariam aos seus filhos, e ela jamais arriscaria ver olhos tão meigos e inocentes cheios de decepção. Ela queria que eles tivessem uma infância como a que ela nunca pode ter, mas que sempre sonhou. O carro estacionou em frente a mansão que sequer estava iluminada. Ela estranhou a visão, afinal, estava acostumada a
Homens cercaram um prédio com tanta urgência que pareceu um grande evento do qual todos deveriam comparecer, exceto pelo fato de que aquilo ainda era um muquifo no meio de uma cidade ainda mais pacata que a que eles vieram. Os fardamentos daqueles homens armados não eram reluzentes ou elegantes, mais cumpriam seu papel. Um soldado chutou a porta da casa e flagrou a mulher deitada a míngua, após ser exaustivamente usada e abusada por diversos homens, mas aquela foi a vida que ela escolheu para si mesma. Ela mal pôde acordar para se vestir quando ele puxou as cobertas, a derrubando da cama. A jovem descabelada o olhou assustada, como se tivesse todo o temor do mundo recaindo sobre sua alma pesada. Uma que ela sabia que jamais subiria ao céu que sequer acreditava que existia.– O que vocês querem comigo? – Ela encarou os homens com a mesma soberba e altivez de sempre. O capitão a encarou com um olhar de pena. Ele sabia bem que o fim não seria bom, e não havia como aliviar a pena de algu
Dois anos depois. Cesare olhou para a bela mulher, agora dois anos mais velha, mas de igual e radiante beleza apenas para de perguntar por que havia se privado de tanto tempo sem ela. Ele foi burro. Era a única resposta que ele dava a si mesmo todas as vezes que pensava sobre aquilo, mas também estava decidido a nunca mais cometer o mesmo erro. Ela o encarou, com uma criança presa a sua cintura de violão que ainda lhe causava muita insegurança depois de dois lindos filhos. Ela tinha certeza de que já não era a mesma, embora o Cesare não concordasse em nada com aquilo. Mesmo assim ela sorriu para ele. Ela estava feliz com a nova vida. Ela se sentia completa e sabia que havia decido certo ao perdoa-lo. Ele se levantou e a beijou no pescoço, antes de sair de andar em direção ao armário. As roupas estavam um verdadeiro caos, depois que a antiga empregada havia se demitido. – Desculpe por isso. Eu vou arrumar, é que eu não tenho tido tempo e... – Não se preocupe com isso. Você
Madison encarou a garota de frente para ela e forçou o sorriso amarelo de quem estava um pouco incomodada. A jovem linda a fazia lembrar-se de como ela era e apesar de tentar acreditar no próprio marido, ela ainda se sentia desconfortável em ter mulheres bonitas perto dele. A garota estendeu a mão para ela e sorriu. – Olá, senhora Santori. Eu sou a Amélia. – Olá. Eu quero que você se sinta em casa aqui, tudo bem? Eu só tenho algumas regras, mas a principal é em relação ao uniforme. Eu sei que pode ser incomodo, mas eu... – Não, eu não tenho problemas com isso. Posso usar o que a senhora decidir. A garota jogou o cabelo para trás e liberou seu mais singelo e simples sorriso. Então ela avançou em direção a própria patroa e com uma intimidade e atrevimento que surpreenderam a Madison Reese, ela agarrou-lhe as mãos. Madison franziu as sobrancelhas ao sentir aquela energia estranha. Era como se elas se conhecessem. Como se ela quisesse ser mais que amiga daquela mulher. – O que f
Madison Reese suspirou, arqueando a silhueta atrás do boxe enquanto Cesare Santorini a segurava com força.Ele a agarrou, deixando-lhe uma mordida nos lábios que quase a machucou, mas ela não se importou com aquilo. Então ele subitamente parou de beija-la. Por nada. Sem qualquer razão aparente, e ela percorreu os olhos varias vezes tentando decifrar o que ele sentia e o motivo para ter parado algo tão bom. Mas ele subitamente a girou novamente, pressionando a frente do corpo contra o vidro e se prostrou atrás dela, pronto para entrar na cavidade úmida. Ele estava como uma rocha e sentia que ia explodir a qualquer momento, mas não antes de faze-la chegar ao êxtase também. Então ele a agarrou a beijou com firmeza, deixando um rastro de beijos pela extensão das costas até as nádegas. Ele a mordeu em uma delas, com a certeza de que ficaria roxa. Não tinha importância. Aquela era sua marca para ela. Um presente. O dedo entrou com facilidade, ele sentiu que quase não podia mais aguenta
Amélia desviou os olhos do caminho que pensou que a levaria a perdição localizada no centro do abdômen daquele homem perfeito para perceber que a Madison Reese a encarava com um olhar enviesado de questionamento, então ela disfarçou. – É apenas um brinquedo! – ela a abriu, mostrando o pequeno objeto de madeira que até então estava oculto. – Me desculpem por ter entrado aqui sem permissão. Eu jamais roubaria nada de ninguém! Madison sentiu pena de como a garota ficou desesperada e tentou acalma-la, andando até ela, ainda enrolada na toalha parcialmente encharcada pela água que escorria do cabelo longo perfeito. – Tudo bem, minha querida. Não se preocupe com isso. Você pode ir. Leve ela para passear, mas não volte tarde, por favor. – Sim senhora. Mais uma vez me perdoe. – Tudo bem! – Ela sussurrou. Mas o Cesare ainda estava intrigado. Havia algo de estranho naquela mulher que o fazia pensar a todo instante que deveria manter toda a distância do mundo. Mesmo assim, ele a esper