Já havia tirado a roupa e usava apenas as peças íntimas quando me aproximei e o beijei, tentando acalmá-lo. Ethan me puxou para seu colo e aprofundou o beijo, como se quisesse se ancorar na certeza de que eu estava ali, segura.Suas mãos percorreram meu corpo com intensidade, apertando-me com firmeza, como se quisesse memorizar cada parte de mim. O toque dele despertou em mim sensações intensas e involuntariamente, um gemido escapou de meus lábios.Ethan sabia exatamente como me conduzir até ele, e naquele momento usava isso ao seu favor. Suas mãos deslizaram para o meio das minhas pernas, tocando aquele ponto sensível que já implorava por ele. Outro gemido escapou, ainda mais carregado de desejo.— Ethan, sua mãe está nos esperando. Preciso tomar um banho. — Avisei, tentando conter o sorriso.— Eu vou com você! — Ele respondeu de imediato, me arrancando uma risada divertida.— Se você entrar nesse chuveiro, vamos demorar bem mais do que o normal para sair. — Brinquei, encarando o bri
ETHANEu estava completamente apaixonado por aquela mulher. A Sarah fazia com que, a cada dia, eu enxergasse que a vida realmente valia a pena.Meu trabalho como auxiliar do treinador no Los Angeles Chargers ia de vento em popa. Tivemos quatro jogos até agora — todos com vitórias expressivas. Às vezes, percebia certa resistência do Kael em aceitar minhas sugestões, mas o treinador era direto, ou ele aceitava, ou estava fora. E isso me dava ainda mais confiança. Eu me sentia como um capitão fora de campo.No dia do primeiro jogo em que atuei nessa nova função, prepararam uma grande homenagem para mim. Fui ovacionado em campo. Aquela sensação... foi indescritível. A melhor da minha vida.E com as vitórias, o público passou a me ver como parte essencial do time. Começaram a me chamar de “o jogador extra”, porque minhas dicas estavam fazendo diferença. E eu sabia do que falava. Já recebi propostas de outros times para assumir o mesmo papel, mas recusei.Enquanto o Los Angeles Chargers me
Como eu imaginava, minha saída com a Sarah se tornou o assunto mais comentado nos sites de fofoca. Todos queriam saber quem era a mulher misteriosa ao meu lado.Alguns diziam que ela havia tirado a sorte grande. Outros, em tons mais pejorativos, insinuavam que ela só estava interessada no que poderia lucrar por estar com alguém rico. E havia ainda os comentários mais cruéis, que duvidavam da minha capacidade de satisfazer uma mulher como ela por eu ser cadeirante.Aquilo me encheu de um ódio terrível. Meu humor naquela manhã falava por si só. Quando Sarah saiu do banheiro e me viu com aquela expressão fechada, logo perguntou o que estava acontecendo. Sem dizer nada, mostrei a ela as postagens.Ela olhou para mim, leu algumas manchetes e, para minha surpresa, soltou uma gargalhada, o que só serviu para me deixar ainda mais irritado.— Amor, dou graças a Deus por eles não fazerem ideia do quanto estou satisfeita como mulher. — Disse ela, rindo, com aquele brilho provocante nos olhos. —
SARAHSempre tive receio da calmaria por tempo demais. Já fazia algumas semanas que nada acontecia… Nossa rotina estava tranquila, quase silenciosa. Nem mesmo a Dra. Meredith apareceu mais no meu setor para insistir sobre a tal campanha com o Ethan.Foi numa tarde qualquer, quando menos esperava, que Nayara surgiu no meu setor, toda eufórica.— Você viu a entrevista do Ethan? — Perguntou, com o celular já em mãos. Neguei com a cabeça, um pouco confusa, e ela logo me passou o aparelho.Achei estranho… Ethan nunca gostou de se expor em mídia. Sempre evitou os holofotes. E agora, assim do nada, estava num canal de televisão? Ele sequer comentou que daria uma entrevista e isso me deixou um pouco triste. Sempre compartilhei tudo com ele, e achei termos esse tipo de parceria.A repórter então perguntou sobre o dia do acidente. Ele contou com detalhes, relembrou cada momento. Falou também sobre as lesões que sofreu e revelou que, quase há um ano, estava completamente imóvel do pescoço para b
Dois dias se passaram, e eu realmente acreditei que o burburinho teria se dissipado. Mas, ao chegar no hospital naquela manhã, levei um choque. O saguão de entrada estava repleto de pessoas em cadeiras de rodas, algumas com familiares ao lado, outras claramente em sofrimento físico ou emocional. O mais impactante era a esperança estampada nos olhos de cada uma daquelas pessoas — esperança em mim.Fui até a sala da Dra. Meredith, que me recebeu com um sorriso satisfeito no rosto. Informou, visivelmente empolgada, que o hospital vinha recebendo cada vez mais pacientes graças à citação feita por Ethan durante a entrevista.Aquela felicidade dela diante de uma situação tão delicada somente aumentou minha incredulidade. Eu não queria fazer parte daquilo.— Quero pedir minha demissão. — Anunciei diretamente, pegando-a completamente de surpresa.— Por que você quer se demitir justo agora, depois de tudo que seu noivo fez? As pessoas estão vindo até aqui por sua causa, Dra. Sarah.— Não, Dra.
A Dra. Meredith explicou todos os recursos que o hospital oferecia para aquele tipo de tratamento, enaltecendo os profissionais que faziam parte da equipe. Ainda assim, para alguns repórteres presentes, eu continuava sendo a peça mais importante daquela coletiva. Todos queriam saber mais sobre Ethan.— Dra. Sarah, a senhora é noiva do atleta Ethan Connor. Alguns afirmam que essa relação não passa de interesse. Gostaria de comentar algo a respeito?— Gostaria de entender que tipo de interesse exatamente. E por qual motivo o Ethan não poderia ter alguém que realmente goste dele e o valorize?— A senhora deve saber que com ele vem uma conta bancária muito farta. Ele está paralítico da cintura para baixo e alguns questionam a intimidade entre vocês e se não haveria algum tipo de interesse envolvido.— Mesmo esta coletiva não sendo para tratar desse assunto, permita-me esclarecer duas coisas. A primeira é que, sinceramente, acredito que a imprensa saiba mais sobre o patrimônio do meu noivo
Suas pupilas estavam dilatadas, o que me fez suspeitar que havia consumido algum tipo de substância. Foi então que algo chamou minha atenção. Próximo dali, em uma bancada, havia uma bandeja metálica com alguns frascos e seringas, provavelmente abandonada às pressas por algum profissional no momento em que ele entrou armado.Inclinei o corpo sutilmente, apenas o suficiente para ver o rótulo do medicamento. Cloridrato de Midazolam. Arregalei os olhos por um breve instante. Aquilo só podia ser um sinal do céu. Uma chance.Midazolam era um sedativo poderoso, e se eu conseguisse uma brecha, poderia usar aquela medicação para acalmar ou até imobilizar o homem... mas teria que ser rápida e extremamente cuidadosa.— Qual é o nome da pessoa que o senhor está procurando? — Perguntei, tentando manter a voz firme, mesmo com o coração disparado no peito.Ele me olhou rapidamente, depois voltou a mirar o olhar inquieto para todos os cantos da emergência, como um animal encurralado.— James. James O
Levantei-me, deixando o corpo dele ali, e segui o policial. Fui aplaudida no trajeto por pacientes e funcionários do hospital. Naquele momento, não me senti uma heroína. Simplesmente não conseguia me ver dessa forma.Pelo vai e vem na porta da emergência, pude observar os diversos repórteres que já se aglomeravam por ali. Devido à coletiva de imprensa mais cedo, imaginei que talvez nem tivessem deixado o hospital antes de se depararem com aquela cena.Fui conduzida até uma sala próxima. Pouco tempo depois, a Dra. Meredith entrou acompanhada do detetive Gabriel, que se surpreendeu ao me ver ali.Ainda tremia um pouco, e meu rosto estava machucado. Imediatamente, a Dra. Meredith solicitou a presença de outro médico da emergência para cuidar de mim. Eu estava tão focada em salvar aquele homem que nem havia me dado conta dos meus próprios ferimentos.Após ser atendida e medicada, o detetive Gabriel me perguntou o que havia acontecido. Então, relatei tudo… desde o início dos acontecimentos