Cheguei em casa transbordando de alegria, ansioso para contar a novidade a todos. No entanto, decidi esperar até o jantar, quando estaríamos reunidos na cozinha. Minha mãe, percebendo meu entusiasmo, perguntou o motivo da minha alegria. Respondi somente que tinha uma novidade para compartilhar, mas que ela teria que esperar até o jantar.Quando Sarah chegou, me cumprimentou com um beijo e seguiu direto para o quarto, dizendo precisar de um banho devido ao cloro. Foi então que me dei conta de que ela havia provavelmente entrado na piscina com aquele idiota. Espero, sinceramente, que ela não tenha usado somente o maiô… como fazia comigo.Pensei em questioná-la naquele momento, sondar a história, mas fui interrompido pelo segurança dela, que apareceu dizendo precisar falar comigo com urgência.Aquilo me deixou inquieto, então pedi que me acompanhasse até o escritório. Assim que chegamos, indiquei uma cadeira e pedi que se sentasse para me relatar o problema.— Sr. Ethan, o veículo em que
SARAHAlgumas semanas se passaram desde o episódio em que William quase conseguiu me alcançar. Por mais que o Ethan dissesse que eu não precisava ter medo — somente redobrar a atenção —, eu simplesmente não conseguia relaxar.Aquela tensão constante estava me levando à exaustão. O único momento em que realmente me permitia baixar a guarda era quando estava em casa. Ainda assim, por mais difícil que fosse, eu havia decidido não deixar William destruir a minha vida.Com o tempo, comecei a perceber que, sempre que voltava para casa, um veículo nos acompanhava. No início, isso me deixava nervosa, sem saber se era mais uma ameaça. Mas agora, saber que aquele veículo fazia parte da equipe de segurança me trazia alívio.Apelidei-os carinhosamente de “meus anjos da guarda”, mesmo sem conhecer pessoalmente quem eram. Saber que estavam ali, por mim, me dava forças para continuar.Quase todos os dias, eu perguntava ao Ethan se os seguranças haviam descoberto algo novo, mas a resposta era sempre
Meus pensamentos foram interrompidos pelos gritos de uma criança. Virei rapidamente e vi os paramédicos trazendo mais uma vítima do acidente. O menino estava muito agitado, gritando toda vez que alguém tentava tocá-lo para mantê-lo na maca.Já havia presenciado uma situação parecida no Brasil… na época, foi difícil até entendermos o que realmente estava acontecendo com o garoto. Caminhei decididamente em direção ao aglomerado de profissionais ao redor da maca, tentando tranquilizar a criança.— Por favor, se afastem da maca! — Pedi em voz firme. Todos me olharam surpresos, já que o menino estava com um ferimento visível na cabeça. — Por favor, afastem-se! — Repeti com mais suavidade e, mesmo sem entenderem de imediato, todos obedeceram, inclusive a pediatra de plantão.Me aproximei devagar, respeitando o espaço dele, e me abaixei um pouco para ficar mais próxima do seu campo de visão.— Olá, meu amor… me chamo Sarah. — Disse com a voz mais calma e doce que consegui, sem o tocar nem in
Ela nos deixou em uma sala apropriada para crianças. No entanto, Luke não demonstrou interesse por nada ali, continuava agarrado à minha mão. Entrei com ele e me sentei em um canto da sala. Ele me acompanhou e sentou ao meu lado.Perguntei se queria beber ou comer alguma coisa, mas ele apenas balançou a cabeça, recusando. Foi então que me lembrei de uma barrinha de chocolate que guardava no bolso do jaleco. Peguei-a, abri e a ofereci a ele, dessa vez, ele aceitou.Permanecemos ali por algum tempo, até que a assistente social retornou, acompanhada por um homem que exibia um olhar aliviado ao ver Luke. No entanto, a criança não esboçou nenhuma reação e continuou comendo a barra de chocolate que eu havia lhe dado.O homem se aproximou com cuidado. Embora fosse visível sua vontade de abraçar o garoto, conteve-se, respeitando o espaço dele. Olhou para mim e, ao perceber que Luke ainda segurava firme minha mão, esboçou um pequeno sorriso agradecido.— E aí, campeão... preparado para ir para
Já havia tirado a roupa e usava apenas as peças íntimas quando me aproximei e o beijei, tentando acalmá-lo. Ethan me puxou para seu colo e aprofundou o beijo, como se quisesse se ancorar na certeza de que eu estava ali, segura.Suas mãos percorreram meu corpo com intensidade, apertando-me com firmeza, como se quisesse memorizar cada parte de mim. O toque dele despertou em mim sensações intensas e involuntariamente, um gemido escapou de meus lábios.Ethan sabia exatamente como me conduzir até ele, e naquele momento usava isso ao seu favor. Suas mãos deslizaram para o meio das minhas pernas, tocando aquele ponto sensível que já implorava por ele. Outro gemido escapou, ainda mais carregado de desejo.— Ethan, sua mãe está nos esperando. Preciso tomar um banho. — Avisei, tentando conter o sorriso.— Eu vou com você! — Ele respondeu de imediato, me arrancando uma risada divertida.— Se você entrar nesse chuveiro, vamos demorar bem mais do que o normal para sair. — Brinquei, encarando o bri
ETHANEu estava completamente apaixonado por aquela mulher. A Sarah fazia com que, a cada dia, eu enxergasse que a vida realmente valia a pena.Meu trabalho como auxiliar do treinador no Los Angeles Chargers ia de vento em popa. Tivemos quatro jogos até agora — todos com vitórias expressivas. Às vezes, percebia certa resistência do Kael em aceitar minhas sugestões, mas o treinador era direto, ou ele aceitava, ou estava fora. E isso me dava ainda mais confiança. Eu me sentia como um capitão fora de campo.No dia do primeiro jogo em que atuei nessa nova função, prepararam uma grande homenagem para mim. Fui ovacionado em campo. Aquela sensação... foi indescritível. A melhor da minha vida.E com as vitórias, o público passou a me ver como parte essencial do time. Começaram a me chamar de “o jogador extra”, porque minhas dicas estavam fazendo diferença. E eu sabia do que falava. Já recebi propostas de outros times para assumir o mesmo papel, mas recusei.Enquanto o Los Angeles Chargers me
Como eu imaginava, minha saída com a Sarah se tornou o assunto mais comentado nos sites de fofoca. Todos queriam saber quem era a mulher misteriosa ao meu lado.Alguns diziam que ela havia tirado a sorte grande. Outros, em tons mais pejorativos, insinuavam que ela só estava interessada no que poderia lucrar por estar com alguém rico. E havia ainda os comentários mais cruéis, que duvidavam da minha capacidade de satisfazer uma mulher como ela por eu ser cadeirante.Aquilo me encheu de um ódio terrível. Meu humor naquela manhã falava por si só. Quando Sarah saiu do banheiro e me viu com aquela expressão fechada, logo perguntou o que estava acontecendo. Sem dizer nada, mostrei a ela as postagens.Ela olhou para mim, leu algumas manchetes e, para minha surpresa, soltou uma gargalhada, o que só serviu para me deixar ainda mais irritado.— Amor, dou graças a Deus por eles não fazerem ideia do quanto estou satisfeita como mulher. — Disse ela, rindo, com aquele brilho provocante nos olhos. —
SARAHSempre tive receio da calmaria por tempo demais. Já fazia algumas semanas que nada acontecia… Nossa rotina estava tranquila, quase silenciosa. Nem mesmo a Dra. Meredith apareceu mais no meu setor para insistir sobre a tal campanha com o Ethan.Foi numa tarde qualquer, quando menos esperava, que Nayara surgiu no meu setor, toda eufórica.— Você viu a entrevista do Ethan? — Perguntou, com o celular já em mãos. Neguei com a cabeça, um pouco confusa, e ela logo me passou o aparelho.Achei estranho… Ethan nunca gostou de se expor em mídia. Sempre evitou os holofotes. E agora, assim do nada, estava num canal de televisão? Ele sequer comentou que daria uma entrevista e isso me deixou um pouco triste. Sempre compartilhei tudo com ele, e achei termos esse tipo de parceria.A repórter então perguntou sobre o dia do acidente. Ele contou com detalhes, relembrou cada momento. Falou também sobre as lesões que sofreu e revelou que, quase há um ano, estava completamente imóvel do pescoço para b