Meu primeiro encontro com outras pessoas vivas no jardim aconteceu cinco dias após minha chegada aqui.
Estava indo em direção a uma estranha e longa parede feita de plantas quando percebi um grupo de pessoas reunidas não muito distante de meu objetivo.
Só por precaução me aproximei sob minha camuflagem para averiguar se seria seguro me juntar a essas pessoas ou não.
Para minha surpresa, ou não, o que encontrei quando me aproximei foi um tipo de conflito.
Sete pessoas usando armaduras de couro e portando diferentes tipos de armas estavam cercando um homem usando uma armadura completa de um azul escuro sobre uma roupa preta que escondia completamente todo o seu corpo.
O homem de armadura azul usava um elmo em forma de cabeça de algum tipo de criatura marinha que escondia seu rosto enquanto ele ficava lá parado no centro do cerco dos outros sete.
Reparei que ele possu&
Após eliminar os sete membros do grupo que estavam cercando ele, o gringo começou a revistar seus corpos em busca de coisas de valor. Fossem itens do Labirinto de quando eles vieram pela primeira vez aqui ou comprados na Terra ou até mesmo conseguidos ao eliminar outros Convocados, o gringo levou tudo.Eu não pude deixar de me encher de inveja ao ver o número de coisas que ele estava tomando.E é claro que além dos itens do Labirinto, o gringo ainda estava conseguindo um bom número de recursos ali do Jardim.Eu ficaria tentado a ataca-lo para tentar pegar aquelas coisas se não fosse por ter visto mais cedo o quão perigoso ele era e por dar muito valor a minha vida.Depois que ele saqueou os corpos dos seis mortos ao lado dele, o gringo deu uma olhada na direção do último que tinha tentado fugir, mas no fim ele balançou a cabeça e se virou em dire&ccedi
O labirinto de plantas era maior do que eu tinha imaginado, apesar de ser bem menor do que o primeiro andar da Torre.Andei por horas e os poucos locais que talvez tivessem tesouros já tinham sido encontrados por aqueles que vieram antes de mim. Como sei disso? Bem, em alguns pontos do labirinto encontrei algumas pessoas mortas que pareciam estar sendo absorvidas pelas plantas do labirinto.Seus corpos estava meio enterrados no chão com algumas raízes os envolvendo de uma maneira possessiva.Verifiquei só por garantia. Todos os que encontrei estavam mortos e sem nenhum pertence de valor com eles.Alguns tinham sido mortos por outras pessoas, dava para distinguir pelas feridas no corpo, enquanto uns poucos morreram pelas armadilhas e guardiões desse labirinto, apesar de que ainda não encontrei nenhum deles.Quando já estava ficando cansado de andar de um lado para o outro sem encontrar nada de valor o
As chamas se espalharam rapidamente pelo corpo de madeira, terra e folhas da gigantesca criatura. Chamas negras que apreciam consumir tudo em seu caminho.Aquele ataque fez com que o guardião das frutas erguesse o corpo, interrompendo o contato de seus grossos braços com o chão e parando de vez com o ataque das estacas de madeira que saíam do solo.Por um momento todos provavelmente pensamos que aquele era o fim, que as coisas tinham sido resolvidas simples assim, mas já deveríamos esperar que não seria tão fácil.O corpo da criatura explodiu, lançando cascas de madeira em chamas para todos os lados, quase acertando muitos dos convocados ali naquela clareira. Todos se moveram rápido, desviando das madeiras em chamas ou usando alguma habilidade ou item para bloqueá-los.Consegui esquivar por poucos de um pedaço do tamanho de uma pessoa que veio voando em minha dire&c
Pisquei os olhos, afastando o sangue que escorria de meu rosto. Não sei dizer se sou sortudo ou azarado, não depois dos últimos momentos.Bem talvez você esteja um pouco confuso, ou fique, já que estou pulando alguns acontecimentos depois de vencer a criatura arvore. Não faço isso por mal, não, não pense que faço. Simplesmente tudo aconteceu tão rápido, inesperadamente e de forma tão desesperadora que não tive como me acalmar para recapitular os acontecimentos até agora.Momentos atrás eu estava com os outros sobreviventes daquela maldita luta, olhando os frutos que tínhamos conseguidos e vendo como dividiríamos eles, foi quando nos cercaram, os malditos assassinos.A mana gelada deles nos acertou, nos deixando meio lerdos e desnorteados, então avançaram sobre nós, iniciando uma luta sangrenta que colocou meu lado clar
Coloquei minha última carga no galpão e limpei o suor da testa. Hoje o dia estava sendo bem movimentado para compensar o feriado de amanhã e mais ainda porque muitos dos funcionários mais novos tinham faltado. Bem, não os funcionários mais novos, mas sim aqueles que estavam para fazer vinte anos no momento, aqueles iguais a mim.Apesar de que eu não sou tão impulsivo como eles.- Ei, Miguel, que bom que você não se juntou aos irresponsáveis – uma voz rouca falou vinda de um andar acima de mim no galpão como se estivesse lendo meus pensamentos.Olhei para cima e dei um sorriso amarelo para o supervisor que estava passando e voltei a focar no trabalho.Diferente dos outros, eu prefiro seguir com cautela e não apostar todas as minhas fichas em um evento sobrenatural como aquele que acontecia todo o ano novo. Não, esse não era mais seu nome, agora n&o
Tento não pensar muito no que Fabinho disse e bato na porta diante de mim, espero um pouquinho e uma voz rouca e cansada responde me permitindo entrar.Atrás daquela porta está um pequeno escritório com estantes repletas de livros nas paredes dos dois lados. Um tapete vermelho sangue no chão e uma escrivaninha de madeira abaixo de uma grande janela.Aquela era a sala do Mestre Jorge e o velho estava sentado atrás de sua escrivaninha, o rosto mergulhado dentro de um livro.Já estou acostumado o bastante com ele para saber que não devo interromper enquanto ele termina o que quer que ele esteja lendo.O tempo passa, segundos, minutos e quase meia hora depois de minha chegada o maldito velho finalmente ergue a cabeça e abaixa o livro com um suspiro cansado. Me pergunto o que diabos ele está lendo.- Então finalmente está chegando o dia. – Sua voz está mais
Assim como eu já previa, a cidade estava um inferno naquele dia.Eu e Antônio estávamos parados na entrada do orfanato, cada um com uma sacola de viagens nas costas.Antônio usava uma calça de moletom e tênis roxa, camisa de manga curta preta com um capuz que escondia seu rosto e tinha duas facas curtas presas uma de cada lado de seu cinto. Ele olhava em volta um pouco nervoso, provavelmente preocupado em ser reconhecido pelas pessoas que caçavam ele as vezes.Já eu estava usando uma calça de tecido grosso cheia de bolsos de uma cor verde escura com uma camisa de manga curta cinza escura. Uma faca de lâmina longa e curva estava presa ao meu cinto. Era uma arma de boa qualidade que tinha me custado quase todo o meu dinheiro, já que ela seria minha maior vantagem dentro da Torre.E sabe porque estou dizendo isso? Porque ela era feita para ser um ótimo condutor de mana,
O Bar Mercedes era um dos bares mais movimentados do nosso distrito. Ele ficava em uma encruzilhada que fazia fronteira com um dos cinco distritos principais e por isso você podia encontrar algumas pessoas da alta sociedade lá de vez em quando.Alguns malucos que gostavam de ver como era a vida dos menos afortunados.Assim que eu e Antônio chegamos na entrada do bar, um segurança se adiantou erguendo a mão e barrando nosso caminho.- Pagamento adiantado pela entrada. – Ele falou com uma voz rouca e desinteressada.- Como assim pagamento adiantado? – Eu perguntei confuso.- É o dia da Convocação, Miguel, eles sempre cobram adiantado para evitar os fujões que desaparecem.Eu reviro os olhos. Como eu tinha esquecido algo tão comum?Suspirando, eu olho para o lado e vejo uma placa avisando que estava custando vinte créditos a entrada e com uma risada de