— Que porra é essa? — Recuei a dois passos, a sua mão tocou a minhas costas lhe olhei incrédula. — Esta explicado o motivo da minha reação quando lhe vi? — Assenti, eu estava estuperfata, imagine ele, ainda olhei para o quadro em seu quarto, vendo a mulher de cabelos longos loiros, a pele clara, os olhos negros, a boca vermelha identica a minha, o nariz, todos os detalhes, exceto os olhos e os cabelos. — Somos muito parecidas. — Sorriu de pé com as mãos nos bolsos. — Claro que por causa dos cabelos e os olhos meus pais ainda não perceberam, mas quando lhe vi caminhando se eu não a visse morta, lhe enterrado, indo a sua sepultura tantas vezes acreditaria que você é ela.
— Estou boba, mas eu não sou, eu só tenho dezenove anos a sua esposa me parece mais velha, mais elegante, mais educada. — Sorriu fraco a meu lado. — A Olívia era tudo, tocava piano mostrando-se uma musicista de primeira classe, equitação era o seu segundo hobbie, fora convidada muitas vezes para ser capa
Desde a última vez que vi Diana, grávida na recepção do hotel de longe mas a vi, nunca mais a vi. Apanhei por ter seguido os Donatello, se ela sabe do que seu pai fez não tenho ideia. Era melhor manter-se longe deles para minha segurança. Mas a cada vez que eu fugia, parecia ser perseguido pela peste. Nosso segundo encontro aconteceu em Bali, uma ilha da Indonésia. Diana já estava com seu filho nos braços, passou com uma fila de seguranças em cada lado fazendo sua proteção, a mulher a seu lado era mais séria e mais fechada que um armário de paredes. Ambas conversavam, enquanto Diana segurava o pequeno em seus braços numa manta azul. Engoli em seco vendo que o filho do meu irmão crescia em berço de ouro dos Donatello, com o amor e o carinho deles, com a alternativa de que Max nunca saberia da existência do seu herdeiro, não vi problemas ele não saber, se soubesse, se vangloriaria na vida. Arrumei minha bagagem pronto para partir, quando a porta do quarto fora ab
A notícia se espalhou rapidamente pela cidade. As pessoas me olhavam aflitas, temendo que o pior acontecesse, eu nem mesmo tenho noção de quem seja este Henrique Martínez, o vi apenas uma vez quando criança, mas pela fama do seu pai, e em pouco tempo a frente dos negócios deles, lendo sobre eles, dá para perceber que este Henrique não é um homem de rodeios, não é um homem que conversa por mais de trinta minutos se não houver interesse.Casar-se com Diana, não era apenas ter uma mulher, ele se casa com a máfia italiana tendo todo controle dos negócios dos Donatellos, o que movimenta a economia de quase sessenta por centos da nossa cidade, vivemos submerssos ao controle dos Donatellos por vinte anos, mas este dinheiro, este controle sempre esteve aqui, um estrangeiro no poder, não garante que vamos ter este dinheiro circulando aqui, mas sim na Espanha. Alé
— Apesar de saber que és uma Donatello ainda me surpreendi com a sua maneira de lhe dá com o filho do Ângelo. — Olhei para meu pai sentado a minha frente. — Ele ainda não superou a morta da esposa, papai. — Assentiu enrolando os dedos. — Sim eu sei, foi uma perda dolorosa, ele ainda não olha para a sua filha sempre que esta em um lugar quando a garota chega ele sai. Olhei pela janela, a menina não tem culpa mas as pessoas sempre procuram alguém para culpar. — Ele disse que a pequena não virá morar na Itália, conosco, pensei que se trouxesse ela seria uma boa compania para Antony em suas fases de crescimento. Ambos podem crescer juntos, ir se habituando como irmãos. — Não acredito que demore muito para que o Antony tenha irmãos, você é muito bonita e o jovem rapaz sabe disso, não foi contra a nossa vontade depois de ter lhe visto em momento, seus pais me alertaram sobre uma possível rejeição, ficaram surpreso quando eu não me movi do lugar para busca-la, apenas disse
Não há mais motivo para haver segredos entre mim e Max, vê-lo mergulhado em trabalho, procurando se ocupar para não pensar no que pode acontecer com a união dos Donatello aos Martinez, me deixa um pouco confuso. Ver Diana grávida dele, me magoou muito, admito, mas ela nunca havia dito, tampouco dado esperanças que algum dia me visse com outros olhos. Olhei a vista da janela, logo abaixo o jardim de casa. Meu irmão já havia se sacrificado tanto para terminar de nos criar, nunca faltou nada tanto para mim, quanto para o Aries, ele foi mais que um irmão, suspirei em busca de ar puro, as flores brotam no nosso jardim, e apesar de sempre termos um jardim nunca prestei a atenção a ele, porque sempre estive pensando em como ser melhor que Max sem ser, não há como ser melhor quando aquela pessoa faz tanto por nós. Ele vai envelhecer sem saber que tem um filho, não posso negar que sua vida profana não é tão ruim, mas temo que poderia ser melhor, a cada dia que pas
— O que você fez? — Gritei alto ao escutar o que Apolo me disse. — é foi um pouco complicado, mas eu tinha que esclarecer essas histórias, nunca entendi o motivo que o Luigi nos odiava, ele esta nos oferecendo vinte por centos dos negócios, você já tem dez, com vinte como pedido de desculpas se torna trinta, mas eu não posso aceitar, afinal é você que administra tudo isso.Suspirou apertando as temporas. — E você o que tem a me dizer? — John recuou com a minha expressão. — Eu... eu... vi a Diana lá. — Apolo gargalhou ao ver um homem grande, forte como John recuar e guagejar. — Apolo onde você me colocou. — Reclamou entre dentes lhe olhando. — Você a viu? Acha mesmo que eu quero que o pai da Diana me dê vinte por cento dos seus negócios por caridade? Apolo? — Afirmou sendo cínico a minha frente.
— Eu não consigo olhar para sua cara depois de escutar tudo, como você pode tanto? Você é meu irmão, não preciso te perguntar se sabe o quanto eu sofri, você esteve o tempo inteiro do meu lado, acompanhou meu sofrimento, a minha dor, as noites que eu passei em claro, drogado, bêbado, as brigas que entramos apenas para amenizar, diminuir, esquecer tudo que eu estava sentindo, eu me pergunto que ser humano é você. — Engoli a saliva com dificuldade com as palavras do meu pai para meu tio.—Você não sabe o quanto eu sofri com você, mas eu jurei a nosso pai em seu leito de morte que eu nunca revelaria, Luigi, e hoje eu quebrei a minha promessa. Hoje eu percebi que eu o amo mais do que eu imaginei, acha que eu não sofri? Acha que não pesava andar pela casa te vendo afogado nas bebidas? Consumindo drogas, recusando as mulheres que vinham em sua procura? Você nunc
Diana estava ali diante de mim dizendo o mesmo que sentia, mas meu irmão naquele momento parecia ter instalado o estilo possessivo em seu cerebro, que nos olhava de uma maneira. Nos abraçamos, a amizade parecia estar restaurada. — Não vamos poder ser amigos como antes, seu pai e seu futuro marido não vai gostar. — Franzou o rosto em desgosto por isso.— Mas todas as vezes que eu te ver, vamos conversar, mesmo que sem abraços, sem contato físico. — Sorri ao escuta-la, apertei sua mão na minha. — Eu senti sua falta Diana. — Fechou os olhos afirmando apertando a minha de volta, — Eu também senti a sua. — Max nos olhava de um jeito como um carrasco. — O que faltava para admitir, para abrir a boca e dizer de uma vez, suspirou nos olhando. — Já que os novos amiguinhos do jardim de infância se reencontraram, estarei lá em cima, Apolo eu estou
— Nervosa pra o casamento? — Perguntei a mulher a meu lado pegando a almofada das mãos de um segurança. — Obrigado, não, eu estou bem, irei casar em casa então não tenho motivos para me sentir nervosa. — Assenti, indo ao licor enchi uma taça pequena com ele. Bebi de uma vez.— Eu tenho que ir Max, já fiz o que eu tinha que fazer aqui. — Segurei seu braço vendo o segurança se aproximar. — Dispensa eles, vamos a meu escritório. — Seus olhos vagaram em meu rosto em busca de respostas. — O que eu vou fazer no seu escritório? — A encarei sem lhe responder, desci meus olhos para seus lábios. — Max eu sai de casa sem falar pra meu pai, eu vou me casar em cinco dias. — Engoli a saliva desejando seus lábios, sua boca.— Não pense besteiras Diana, quero lhe falar o que eu acho da proposta do se