Os meses passavam, e apesar de ter motivos para sorri, para agradecer a nossa liberdade de certa forma tornavasse limitada, é praticamente impossível não estar em algum lugar seja em Madrid, em Pais, onde estivéssemos que ao olhar para meu pai num concerto, numa peça de teatro que ele não estivesse receoso olhando em volta, a sua mão sempre esteve sobre a minha, acariciando, segurando com firmeza, a verdade é que eu senti sua falta todos os anos que estivemos separados.
Mas ele sofreu uma perda que de fato não havia perdido. Ao escuta-lo conta-me sobre cada momento, cada aventura vivida com a minha mãe, hoje lhe entendo, nunca houve amor com meu Tio Thales, sempre fora apenas por carência, e com minhas perguntas excessivas sobre meu pai, ela se estressava, é evidente que sim, e comigo que já nasci com os genes dos Donatello não era fácil, nunca seria. Sempre o olho sorrindo
— MAX qua... quando você chegou? — Estremeci ao ver Max de pé saindo do banheiro, o telefone em minha orelha, meu pai gritava comigo, mais uma vez exigindo que eu fosse até Apolo, eu tinha que tentar engravidar com ele. — A um tempo, pode continuar se quiser, pelo menos assim eu sei um pouco sobre você. — Respondeu sem alterar a voz, eu me questionei quanto ele escutou, engoli a saliva com dificuldade ao vê-lo terminar sua frase, apenas desliguei o celular temendo o pior.Entrou no closet vestiu-se, deitou na cama, me aproximei dele devagar temendo sua reação, toquei seu corpo, acariciei devagar, ele apenas me olhou. — Meu irmão esta de partida para Paris, se deseja tentar com ele, tente ir mais depressa. — A um tempo, pode continuar se quiser, pelo menos assim eu sei um pouco sobre você. — Neguei lhe olhando. — A um tempo, pode continuar
Ao escutar o relato de Blanka, todo o sofrimento expresso em seu rosto senti-me possesso, a raiva me consumiu liguei para John mandei executa-lo, ela não tem culpa, mas apesar de sentir vontade de protegê-la, saber que teve relações com seu pai, mesmo que a força não havia mais chances, eu não sabia o que pensar lhe olhando sentada na cama. — Posso te enviar para umas das casas que escolher ou faça uma viagem, você escolhe. — Mal me olhou, focava no marmore negro no chão. — Eu quero que você morra Max, que você vá para o inferno. — Afirmei de pé. — Não precisa m****r, todos nós vamos morrer Blanka, quanto ao inferno estarei lá não se preocupe, para quem me relatou com tanto sofrimento o que passou ontem a noite, esta me cobrando, exigindo muito não sei o que pensar, mas é seu pai ele pode ser um monstro, mas seu pai. Mandei meus homens saber sobre a sua mãe... — Vai mata-la também? Ela sempre esteve ali apoiando a tudo. — Levantou vindo a mim com arrogância, lhe olhe
Olhei para meu pai a meu lado, diante da enorme residência ele olhava para frente meu braço em volta do seu me diz que eu não estou sozinha, não, não mais, mas por quanto tempo eu o terei? Me perguntei pela milésima vez em seis meses. Ele sabe que eu não amo o homem que eu vou conhecer, não faço ideia de quem seja, o que gosta ou que realmente faz.Mas aceitei conhecê-lo porque, porque simplesmente daqui a um tempo talvez meu pai não esteja mais comigo, serei apenas Diana Donatello, a filha de um homem que importante na máfia italiana que todos querem conquistar um pedaço, querer ter o poder em suas mãos, não estão sendo seis meses fáceis, tenho chorado muito não consigo controlar meus sentimentos, minha dor, minha insatisfação com o tempo, com o pouco tempo que tive e tenho para aproveita-lo a meu lado. Antony ainda é um beb&e
— Que porra é essa? — Recuei a dois passos, a sua mão tocou a minhas costas lhe olhei incrédula. — Esta explicado o motivo da minha reação quando lhe vi? — Assenti, eu estava estuperfata, imagine ele, ainda olhei para o quadro em seu quarto, vendo a mulher de cabelos longos loiros, a pele clara, os olhos negros, a boca vermelha identica a minha, o nariz, todos os detalhes, exceto os olhos e os cabelos. — Somos muito parecidas. — Sorriu de pé com as mãos nos bolsos. — Claro que por causa dos cabelos e os olhos meus pais ainda não perceberam, mas quando lhe vi caminhando se eu não a visse morta, lhe enterrado, indo a sua sepultura tantas vezes acreditaria que você é ela. — Estou boba, mas eu não sou, eu só tenho dezenove anos a sua esposa me parece mais velha, mais elegante, mais educada. — Sorriu fraco a meu lado. — A Olívia era tudo, tocava piano mostrando-se uma musicista de primeira classe, equitação era o seu segundo hobbie, fora convidada muitas vezes para ser capa
Desde a última vez que vi Diana, grávida na recepção do hotel de longe mas a vi, nunca mais a vi. Apanhei por ter seguido os Donatello, se ela sabe do que seu pai fez não tenho ideia. Era melhor manter-se longe deles para minha segurança. Mas a cada vez que eu fugia, parecia ser perseguido pela peste. Nosso segundo encontro aconteceu em Bali, uma ilha da Indonésia. Diana já estava com seu filho nos braços, passou com uma fila de seguranças em cada lado fazendo sua proteção, a mulher a seu lado era mais séria e mais fechada que um armário de paredes. Ambas conversavam, enquanto Diana segurava o pequeno em seus braços numa manta azul. Engoli em seco vendo que o filho do meu irmão crescia em berço de ouro dos Donatello, com o amor e o carinho deles, com a alternativa de que Max nunca saberia da existência do seu herdeiro, não vi problemas ele não saber, se soubesse, se vangloriaria na vida. Arrumei minha bagagem pronto para partir, quando a porta do quarto fora ab
A notícia se espalhou rapidamente pela cidade. As pessoas me olhavam aflitas, temendo que o pior acontecesse, eu nem mesmo tenho noção de quem seja este Henrique Martínez, o vi apenas uma vez quando criança, mas pela fama do seu pai, e em pouco tempo a frente dos negócios deles, lendo sobre eles, dá para perceber que este Henrique não é um homem de rodeios, não é um homem que conversa por mais de trinta minutos se não houver interesse.Casar-se com Diana, não era apenas ter uma mulher, ele se casa com a máfia italiana tendo todo controle dos negócios dos Donatellos, o que movimenta a economia de quase sessenta por centos da nossa cidade, vivemos submerssos ao controle dos Donatellos por vinte anos, mas este dinheiro, este controle sempre esteve aqui, um estrangeiro no poder, não garante que vamos ter este dinheiro circulando aqui, mas sim na Espanha. Alé
— Apesar de saber que és uma Donatello ainda me surpreendi com a sua maneira de lhe dá com o filho do Ângelo. — Olhei para meu pai sentado a minha frente. — Ele ainda não superou a morta da esposa, papai. — Assentiu enrolando os dedos. — Sim eu sei, foi uma perda dolorosa, ele ainda não olha para a sua filha sempre que esta em um lugar quando a garota chega ele sai. Olhei pela janela, a menina não tem culpa mas as pessoas sempre procuram alguém para culpar. — Ele disse que a pequena não virá morar na Itália, conosco, pensei que se trouxesse ela seria uma boa compania para Antony em suas fases de crescimento. Ambos podem crescer juntos, ir se habituando como irmãos. — Não acredito que demore muito para que o Antony tenha irmãos, você é muito bonita e o jovem rapaz sabe disso, não foi contra a nossa vontade depois de ter lhe visto em momento, seus pais me alertaram sobre uma possível rejeição, ficaram surpreso quando eu não me movi do lugar para busca-la, apenas disse
Não há mais motivo para haver segredos entre mim e Max, vê-lo mergulhado em trabalho, procurando se ocupar para não pensar no que pode acontecer com a união dos Donatello aos Martinez, me deixa um pouco confuso. Ver Diana grávida dele, me magoou muito, admito, mas ela nunca havia dito, tampouco dado esperanças que algum dia me visse com outros olhos. Olhei a vista da janela, logo abaixo o jardim de casa. Meu irmão já havia se sacrificado tanto para terminar de nos criar, nunca faltou nada tanto para mim, quanto para o Aries, ele foi mais que um irmão, suspirei em busca de ar puro, as flores brotam no nosso jardim, e apesar de sempre termos um jardim nunca prestei a atenção a ele, porque sempre estive pensando em como ser melhor que Max sem ser, não há como ser melhor quando aquela pessoa faz tanto por nós. Ele vai envelhecer sem saber que tem um filho, não posso negar que sua vida profana não é tão ruim, mas temo que poderia ser melhor, a cada dia que pas