Ismail resolveu tirar férias em família, para aproveitar o que restava do verão. Voltar para a ilha da Sardenha, embora para uma área diferente como Ogliastra, trouxe de volta à minha cabeça as memórias em um fio inesquecível. Estar todos na família acabou sendo um pouco de calor que derreteu o gelo forjado por bolas curvas em nossas vidas.A felicidade estava florescendo, o meio termo das coisas estava no lugar, e isso era como estar dentro do nosso próprio conto de fadas. Não havia nenhum vestígio de um medo consumidor, nem havia insegurança torcendo nosso presente. O sol…A arena…E as ondas do mar batendo na praia. Nada mais quente do que sentir tudo de uma vez, apegado à alegria dos meus filhos. Isaac e sua irmã fizeram castelos de areia. Como foi bom vê-los tocar, apreciar a cena mais inocente dos dois, se divertindo juntos. Minha linda Lizzy ostentava um maiô rosa, mas Isaac não ficou muito atrás, a palidez foi substituída em sua tez por um bronzeado. Queria tirar uma foto,
O interior da enorme casa rústica, era um lugar aconchegante também. Um lugar alegre, pitoresco, cheio de calor absoluto. Era bom vagar cada centímetro, ou ficar na varanda respirando a brisa do mar. Fiquei enfeitiçado com a ilha, o momento, os dias que passaram sem nuvens cinzentas. E não, não foi uma satisfação transitória, a nossa não estava mais vendo contratempos. Mergulhei o conteúdo do copo nos lábios, tomando o que restava do refrescante suco de limão. As crianças ainda estavam cochilando e Ismail ainda estava segurando o telefone no ouvido, atendendo uma ligação internacional. Sentado ali eu estava olhando para ele, um ângulo ideal de admirá-lo perfeitamente. Uma mensagem no WhatsApp fez meu telefone tocar. Kelly estava me perguntando sobre as crianças, querendo saber como tudo estava indo. Além disso, ele me deu a boa notícia de uma data definida para seu casamento. Ela e Sean decidiram por um décimo oitavo de outubro. A data parecia um pouco distante, considerando que eu
O jantar estava bom. Ismail não era mais tão ruim em cozinhar, é claro que ele deixou a coisa mais difícil para mim. Mas foram esses momentos que se tornaram incomparáveis, e ele nos uniu, momentos só dele e Meus, de mais ninguém. no final cuidou de lavar a louça; Isaac o ajudou. De minha parte, levei Lizzy para a cama ficando com ela por um tempo, porque não podia recusar seu doce pedido de que eu lesse uma história para ela. Sem mais delongas, procurei na internet uma interessante, das que tinha em casa no papel, esquecemos de fazer as malas. Por sorte, encontrei seu favorito online e contei a ela sobre isso. No processo, eu a vi balançando a cabeça, lutando para não fechar os olhinhos, ela queria ouvir tudo mesmo já sabendo de cor. Ele me interrompeu algumas vezes, questionando como costumava, a decisão da jovem princesa em rejeitar o príncipe. Quando estava lendo para ela lembrei de dar uma resposta, talvez a Brenda também, mas ela não concordou com a resposta, perguntou de novo
Pelo olho mágico descobri o dono da torneira na madeira. Não tive vergonha de abrir a porta, minha intuição dizia que…Estudei. Olhos negros, profundos como os de uma águia; me intimidando sem ter dito uma única palavra. Um cavalheiro com abundantes cabelos grisalhos, embora eu tenha encontrado um reflexo distante da escuridão em seus fios. Meus olhos caíram na bagagem dele, meu coração virou, já amarrei tudo.Ele era o pai de Ismael. - Olá, Marian Lombardi-me apresentei estendendo a mão, sem saber que seus costumes recusariam a saudação. Minha voz tremeu. Corri o risco.—Não tenho palavras para expressar o quanto estou feliz em conhecê— la, doce menina - " ela falou com o sotaque árabe marcado em suas palavras. Apesar de tudo ele lidou bem com a nossa língua. Ele se inclinou beijando a palma da minha mão —. Posso te dar um abraço? Como dizer não a ele. Abracei-a tomando a iniciativa. Pude sentir uma certa familiaridade, aquela confiança instantânea envolvendo a União. - Fin
"Quando eu pedi, você recusou, e nem pensou nisso quando papai te convidou para almoçar", comentou ela sem deixar vestígios de aborrecimento na voz. Joguei junto com meu amado captor. - Não me diga que está com ciúmes. Eu não podia recusar, além de não resistir a pizza e meu bebê e eu estávamos morrendo de fome — desabafei, era minha desculpa. - Estou morrendo de fome agora, florecilla. - ronronou me abraçando por trás, suas mãos brincalhonas já executavam a travessia para os meus seios. E meu eu interior ardia, um fogo delicioso e implacável que já me derretia como uma folha de papel. Pobre das minhas cinzas que se rendiam diante dele, diante de seus dedos ansiosos acariciando todo o meu corpo sem parar. - Ismael-gemi prendendo a respiração. Em que momento o frescor começou a nos deixar por causa de um calor escaldante? - Eu quero tudo de você, Marian Mitsubish-ele mordeu o lóbulo da minha orelha. Havia um vórtice dentro do meu corpo, me levantando. E foi só o começo.- Não,
Ismail e eu convidamos algumas pessoas. Entre a lista estavam: Kelly, Sean, até os pais do meu amigo; Anastasia, Caden seu advogado, Luca Belgramo que estava morando atualmente em Roma. Convidei também a Gabriela, primeiro ela recusou, e meu chefe acabou convencendo-a a pegar o avião juntos. Marcus, Sengei e Marc não poderiam faltar. Claro Brenda e Mohammed que já estavam conosco. Dois dias antes, consegui me comunicar com a Marina, a verdade é que fiquei muito empolgado por ela estar presente no evento. Infelizmente, a loira estava grávida, estava prestes a dar à luz. Então ele não poderia entrar em um avião, ele não seria capaz de comparecer. Eu a parabenizei e concordamos em entrar em contato mais tarde. Um dia antes recebi a castanha, da mão de seu noivo bonitão que me abraçou com efusividade. Santorini era de Veneza, e ele foi para os Estados Unidos muito jovem, por isso não conhecia Ogliastra, amava a ilha. Sem falar em Kelly, que depois de insistir muitas vezes, o levou para
Inigualável. Perfeito.Inequívoco. Fui levada por Brenda para Ismail, o amor da minha vida, não tinha olhar para mais ninguém, só olhos para ele. Empoleirado perto do oficiante, sob o arco de flores exóticas, ao fundo o mar. Ele vestia um terno de linho azul claro, sem gravata, legal. Usando sapatos leves. Cristo! Lizzy e Isaac, meus meninos, estavam lá com ele, segurando os anéis, depois de terem passado na minha frente deixando o caminho sortido com pétalas escarlates, na areia. Respirei, pensando que desmaiaria diante do panorama incomparável, a paisagem atrás, o vento leve movendo meus cabelos, o trovão das ondas batendo na praia. Eu era a mulher mais sortuda, me sentia privilegiada. Quando chegou a hora dos votos de casamento, depois que o oficiante disse algumas palavras, mergulhei no brilho vivo daqueles olhos azuis, mais intensos com o brilho do sol. - Aconteceu naquele outono, eu estava sozinho, e você veio dando nuance, cor à minha vida. Não havia mais escuridão, a lua
Fiquei um pouco nervosa fazendo o jantar com a Brenda. Ismail não me deixou terminar de picar os legumes. E com seu olhar de bronca, obedeci indo para a sala. Com meu estado avançado, eu estava pior do que um médico colocando restrições, mas ele tinha razão. Ele estava fazendo isso por minha causa. Deitei no sofá olhando meus pés, eles estavam inchados. Não aconteceu comigo quando estava grávida do Isaac, também essa barriga era maior. Suspirei. Nem todas as gestações foram iguais. - Mãe, diz à Lizzy que não vamos ter um gato. - meu filho apareceu com o óbvio aborrecimento na voz. A mulher em questão o seguiu de braços cruzados. - Vou pedir para o Papai me comprar um gato, ou pode ser um cachorrinho—" comentou decididamente. - Ei, princesa, você não pode pedir isso ao Papai, machucaria muito o seu irmão. Ele é alérgico aos dois animais. Vem cá…"Eu te disse—" ele apontou o dedo para ela. - Vou ficar triste, quero um gatinho - " insistiu, sentando perto. - Pense em outra coisa q