InvernoDeixei de ser outra criança do orfanato Wilstermann para ocupar a cadeira vazia na mesa dos Lombardi. Não me sinto à vontade aqui, tudo está longe do que eu conheço. Não sou mais o menino de sete anos, há dias completei dezesseis anos e ainda não me acostumei. Parece que não nasci para dar reciprocamente ou devolver o amor que eles me dão, talvez seja egoísta e uma admissão malagradecida da minha parte, mas confesso que tive melhores momentos na solidão do que com a companhia de três pessoas.Um deles é Donato, meu "meio-irmão", toda vez que estamos na mesa ele me olha mordaz, me odeia desde que cheguei, me considera o intruso que ele odeia por roubar a atenção de seus pais. Por isso faz da minha vida um inferno eterno.Como se eu realmente me importasse em ser o centro das atenções.Lia, admito que tem sido boa comigo, assim como Adriano, mas não me entendem como gostaria.Ontem Donato chegou em casa depois de beber, o pior é que ele entrou no meu quarto e enroscou as mãos em
PesoO tempo passou e o inevitável surgiu. Senti —me um monstro desejando —a em silêncio, de pensá-la sem pudor-enterrou o rosto em suas mãos, envergonhado. Esforcei-me por fazer bem o papel de tio, juro. Mas à medida que crescia tudo se torcia, aproximar-me dela significava uma tortura. Eu a amava tanto, mas não da maneira certa, então decidi me afastar fingindo mitigar os maus pensamentos. Deixei de acompanhá-la durante as refeições, de iniciar até a mais tola conversa com Mariané, inclusive uma vez cancelei as férias de Verão, acreditei que só assim evitaria fazer uma loucura. Não serviu de nada a evasão que, segundo eu, extinguiria a intensidade dessa perigosa atração. Porque tudo foi ao mar quando a encontrei bisbilhotando no meu quarto e dormi com ela.Com pesar voltou a sentar-se e com medo inspecionou o rosto dos dois, a consternação cruzando as feições de sua irmã, enquanto seu pai parecia inexpressivo. A fatalidade atravessava sua corrente sanguínea com um afã imparável, o m
DeclaraçõesCom folga, ele se abrigou. Sair por aí, andar sem rumo, ao menos lhe tiraria da cabeça o intenso pensar, isso acreditava.Saindo evitou um alvoroço, se Brenda a pegasse, óbvio que não a deixaria sair. A mulher procurou Mariané ao meio-dia e supôs que estaria do lado de fora. Ele achou adequado permitir-lhe um tempo de solidão. Ele começou a preparar o almoço cortando algumas cenouras e batatas. Mas depois de um tempo, se eu não voltasse, então iria buscá-la.Ele brincou com seu celular, confuso. Ele parou de girar o aparelho em seu colo. Ao longe, avistou um casal tirando fotos. A cena mais assustadora que ele já viu. Continuou observando o que acontecia ali, o menino ajoelhou-se diante da jovem mulher e tirou do bolso Oh oh por Deus. Era uma proposta de casamento, percebeu de repente com os olhos arregalados. Ao pareceu deu-lhe o sim, porque deram-se um beijo longo e apaixonado antes que ele se incorporasse de novo e lhe pegasse a mão para lhe pôr o anel.Desviou os olhos
- Por que me ligaste? - cuspiu magoada. Não faças as coisas mais difíceis, Ismaíl. Vou pendurar…- Não! - implorou. Mariané estava prestes a fazê —lo, mas mais uma vez o coração mandava -. Por favor, ouve-me. Senti falta de ouvir a tua voz, diz-me cómo como estás, florzinha?- Melhor sem você, é o que você quer ouvir, não é?- Você também costumava ser ao meu lado, se bem me lembro. - ele disse em um sussurro distante que se sentiu tão perto quanto sofreu.Ela bufou com raiva por não esconder seus sentimentos. O coração batia ferozmente em seu peito, ela queria escapar de sua caixa torácica, desesperadamente e isso a desequilibrava.- Devias saber, és um idiota. Pens por que você pensou que eu queria passar férias? - ele rugiu com raiva e ressentimento que fervilhava dentro dele. Afastaste - me, soltaste-me, partiste-me em pedacinhos o coração e pretend pretendes emendá-lo com viagens, tola educação e luxos cada que te dê a vontade? É absurdo que você tenha comprado uma casa na Itália
DestruiçãoOs anos haviam passado deixando um vestígio, quase invisível, de resquício e opressão. A dor não parecia mais forte, insuportável ou esmagadora. Mariané parecia florescer aos dezoito anos, de novo fresca, imarcescível. O caminho pelo qual ela estava indo, um caminho reto sem bolas curvas que a fizessem tropeçar. Estava a pouco de se formar, de abandonar o lugar onde forjou tantos momentos bonitos. Deitada de costas na cama, ela se visualizou ao lado de Kelly na faculdade; ambas haviam conseguido ficar em Columbia. A ideia parecia perfeita, Embora assustadora às vezes, eu sabia que a responsabilidade era o dobro, até o triplo. Mas o que mais rondava em sua cabecinha era finalmente se soltar de Ismaíl. Ele se esforçou tanto que no final ganhou uma bolsa de estudos na prestigiada Universidade. O que significava que ele não teria mais que pagar nada.- Nem imaginas! - gritou sua companheira aparecendo com um enorme sorriso.Claro que imaginava, com aquela cara de boba e o olha
GraduaçãoA diretora de Rosewood decidiu fundir a festa de formatura com a dos meninos do último ano do colégio interno masculino Shamberg. A notícia causou alvoroço, por todos os lados o assunto tornou-se o tema de conversa de todas as meninas. Algumas comentavam o quão bonito eram os jovens de lá, além de imponentes e sexy.Até ouviu a Marlene dizer à Kelly como eram ardentes. Ele se afastou antes de testemunhar as duas encharcando o chão de baba. Se antes havia euforia e planos de ficar linda naquele dia, agora mais-para chamar a atenção do sexo oposto.Ao contrário do resto, ele não tinha intenção de flertar com ninguém. Chegando o dia de amanhã, obteria seu diploma e compareceria à festa com relutância. Eu gostaria que ele pudesse se esgueirar, a celebração noturna não o atraía. Mas a castanha não lhe permitiria, nem Andrea que lhe prometera maquiar o rosto, declarando orgulhosa de si mesma que como ela nenhuma o fazia melhor.- O que pensas tanto?- Parece que estava a fazê-lo?
Desconhecido- Aaron, meu nome é Aaron Wahlberg-apresentou-se, Mariané foi percorrida por uma espiral de emoções. Não sabia o que dizer, de tentar temia tropeçar em suas próprias palavras e ficar diante dele, uma tola.- D-desculpe-me, estraguei sua camisa, que idiota Eu sou, desculpe…Em seguida, ele alcançou um par de guardanapos nas proximidades e tentou limpar a bagunça causada. Ela não imaginou colocar as mãos em um estranho, mas estava tão nervosa que não reparou nisso. O jovem a deteve, agarrando-a cuidadosamente pelos dois braços.- Pára, por favor, não é nada. Cómo qual o teu nome? - ele tentou conversar, minimizando o incidente.- Eu Mari Mariané Lombardi. - conseguiu dizer recuperando paulatinamente o fôlego.- Italiana Italiana?—Não, meus pais eram-explicou esforçando-se para que não lhe falhasse a voz.- Ah, eu entendo, é por isso que seu sobrenome. Quer conversar um pouco? - inquiriu de repente, ficou meditando em sua pergunta, algo indecisa.—Não, Não acredito, minhas
Seus pulmões trabalharam arduamente, FL ele flertou? Era provável que ele estivesse namorando com ela, ele ficou com medo de que fosse verdade. Ele não planejava isso, não era sua intenção procurar um flerte naquela noite. Pelo menos ele poderia correr no caso de o jovem Wahlberg tentar outra coisa, porque suas pernas sem aqueles saltos altos se moviam com tranquilidade. Não nos esqueçamos da adrenalina imperiosa que se sente ao nos expor ao perigo e, embora Aaron não estivesse sendo exatamente az Aleatório, perigoso, não o conhecia totalmente, ele não podia prever qual seria seu próximo passo.Eu gostaria que ele pudesse ter o poder de ler mentes, então ele saberia o que aconteceria em sua cabeça. Conhecer as intenções pelas quais ele se aproximou dela naquela noite, de que ele fosse tão fofo e amigável, mal conhecendo-a.- Não quero ser ousado, mas você está linda, nunca vi uma mulher tão deslumbrante como você. - confessou levantando-lhe o queixo, sem Distância e meio, perto de seu