Fui provocar Sara e eu que precisei de um banho gelado depois. Essa mulher definitivamente mexia comigo. Precisei sair rápido de perto dela, senão pegaria Sara em meus braços e não me responsabilizaria pelos meus atos. Nunca alguém tinha mexido tanto comigo. Parecia que nossa química era do tipo explosiva.Eu teria que tomar muito cuidado para não me apegar a ela. Era só seguir a regra dos 3 meses que eu ficaria bem, como sempre acontecia. Mas sabia que, em algum momento, eu não resistiria à Sara. Era muita tentação para mim, ainda mais quando ficava brava. Sei que ela não resistiria também. E testei minha teoria indo até a sala enrolado apenas na toalha.Sara ficou de boca aberta e encarando, sem piscar, meu corpo ainda molhado. Vi em seus olhos uma mistura de surpresa, curiosidade e desejo... muito desejo. Ela estava petrificada no lugar. Fui me aproximando e seus olhos castanhos foram se arregalando, como se estivesse presa em seu corpo imóvel, sem poder correr de mim dessa vez. Est
Ele estava vestindo somente a toalha e nada mais. Fiquei boquiaberta e sem reação. Nunca tinha visto um homem sem camisa tão bonito, musculoso e definido. A água ia escorrendo pelo peitoral e deslizando por seu corpo. Desejei tocá-lo e deslizar por ele, como aquelas gotas faziam. Nunca tinha tido a oportunidade de ter um homem para ir além dos beijos. Já tinha beijado alguns rapazes, mas algo bem sem-graça e temporário. Eu nunca levava à frente, nem quando eles imploravam. Não vi graça em nenhum deles… até hoje.Pela primeira vez, um homem me chamou tanta atenção. Até porque era homem de verdade; os outros não passavam de meninos. Theo fazia meu corpo se acender sem nem ao menos me tocar. Ele me provocava com o olhar e me fazia ter sensações nunca antes experimentadas.Me sentia uma mulher moderna e não pretendia me guardar para o casamento, somente não tive oportunidade de me entregar a alguém. Ninguém havia me despertado essa vontade. Mas agora meu corpo estava sedento pela descober
Ah, não... Sara estava chorando quando saí do banheiro já vestido. Será que a decepcionei com minha saída abrupta? Não podia negar que tinha sido a melhor noite da sua vida, mas estaria ela já tão apegada assim? Não quis ser rude, apenas precisava me recompor. Eu precisava consertar isso. Não podia fazê-la chorar, ainda mais depois da noite incrível que ela me proporcionara.– Ei... Deixa eu explicar... Eu não quis sair assim tão rápido. É que... É que... – Eu estava me embaralhando em minhas palavras. Como explicaria que tinha saído correndo para não se apegar a ela. Estava encantado por aquela mulher que tinha um lado avassalador e outro doce e sensível. Era a mistura certa em uma mulher.– Ahn...? Do que você está falando? Acha que estou chorando porque você me deixou sozinha na cama depois de tudo o que fizemos? – Ela começou a rir. Me senti um idiota preocupado com os sentimentos dela, enquanto Sara fazia chacota de mim. – Não se preocupe, senhor CEO... Eu não pretendo me casar c
Que grande burrada! Como eu pude mencionar o nome do pai dele? Agora eu teria que me safar dessa confusão em que me meti.– Ora, acha mesmo que eu iria trabalhar com alguém sem antes investigar a vida dela inteirinha?Ele ainda estava com cara de desconfiado, mas deixou passar. Soltei o ar em alívio. Corri para refazer minha mala e colocar minhas coisas naquela minúscula que ele tinha me emprestado.A Ferrari dele era linda! Fiquei pasma com a exuberância daquele carro. Agora entendi por que ele fez questão de se gabar. Era toda preta, com bancos de couro vermelho. Realmente só havia dois lugares na frente. O carro era tipicamente de um homem que gostava de chamar a atenção das mulheres. Revirei os olhos.Pegamos a estrada em direção a Concord. Ao sair do vibrante e movimentado bairro de Back Bay, lotado de prédios e urbanismos, começamos a entrar em uma paisagem rural típica de fim de outono. Estávamos em meados de novembro, e as árvores já exibiam flores amareladas ou avermelhadas e
A noite tinha sido incrível. Mas, mais incrível ainda estava sendo ver Sara de pé no meu conversível, de braços abertos, curtindo o vendo batendo contra seu rosto. Vendo-a assim, consigo perceber que o rosto, antes de menina, agora refletia uma bela mulher. Parecia que a atitude e as feições dela tinham mudado completamente. Será que perder a virgindade tinha mesmo tanto impacto assim para uma mulher? Não acreditei que tinha sido o primeiro homem de Sara. Sorri ao pensar que ninguém nunca a tocou como eu. Para sempre, seria o primeiro.Olhei para ela enquanto descansava a cabeça no banco do carro, sorrindo. Meu coração pareceu bater mais forte. Consegui ver a doçura por trás da Pinscher raivosa que ela costumava ser. Parecia genuinamente feliz. Enchi meus pulmões de ar e alegria. Estava assim porque a havia proporcionado a melhor noite de sua vida, tinha certeza.Chegamos à fazenda e meu pai estava trancado no escritório. Levei Sara a seus aposentos para descansar. Depois a apresentar
Estava no escritório de Theo, sentada atrás daquela mesa enorme de madeira, fazendo tudo o que ele havia me pedido para adiantar do trabalho. Estava tão concentrada que me distraí com a papelada e as ligações e esqueci o restante do mundo. De repente, escutei uma batida na porta do escritório, e ela começou a se abrir devagar. Tom surgiu por trás e perguntou:– Você tem um minuto?Meu coração quase saiu pela boca. Senti minhas mãos ficaram suando e foi difícil manter um sorriso mesmo que amarelo no rosto. O ar parecia preso em meus pulmões.– Cla–claro… Pode entrar, sim.Era muito difícil ser simpática com quem destruiu a vida do meu pai. Me senti traindo–o só por estar próxima desse canalha. Meu pai estaria decepcionado se soubesse onde eu estava nesse momento e quem estava parado à minha frente. Mas essa seria a chance que eu teria de vingar meu pai, e eu não a perderia por nada.– Sarah Walker, não é mesmo?– Sim, isso mesmo.– Por acaso, conhece Valter Walker?– Você sabe que sim!
Corri para casa para tentar entender o que havia acontecido. Maria tentava acalmar meu pai, oferecendo chá de camomila, mas é óbvio que ele não queria e brigava com ela, como uma criança teimosa e birrenta. O cenário era de puro caos.– Pai, o que aconteceu? Por que Sara saiu daquele jeito e ainda levando meu carro?– Eu não sei. Essa menina é maluca! Me fez acusações absurdas. Falou calúnias sobre meu pai. Me ofendeu de todas as formas possíveis. Onde foi que você arrumou essa assistente? Mande ela embora imediatamente. Não quero ela na minha empresa de jeito nenhum.– Mas o que ela falou exatamente para o senhor, pai? – Eu já estava impaciente querendo entender a situação, mas ninguém parecia querer me explicar direito.– Pergunte a ela. Tem a coragem de vir até minha casa para me atacar. Vê se pode! – Meu pai estava abismado. E eu sem entender o que dera em Sara para fazer algo do tipo com ele. Tudo bem que ela era uma baixinha brava, mas nunca a vi faltar com respeito com ninguém,
Me senti livre como nunca dirigindo aquele carro. Era muito potente. Tinha que tomar cuidado porque qualquer acelerada ele arrancava em uma velocidade absurda. Como era quase fim de tarde e o dia já tinha esquentado mais, abaixei a capota para sentir o vento no rosto. Eu precisava que o vento levasse embora toda aquela raiva que senti daquele canalha que ficou difamando meu pai. Acelerei um pouco mais. Já conseguia quase sorrir agora.Me lembrei da cara de assustado dele quando eu o acusei de matar meu pai. Vi uma tristeza genuína em seu semblante. Talvez o crápula ainda tivesse algum coração por baixo daquela carcaça de pedra, insensibilidade e arrogância. Mas isso não mudava o destino trágico do meu pai nem a vida sofrida que levara. Eu precisava me vingar daquele velho.As pessoas ao redor me olhavam surpresas. Acho que nunca viram uma mulher dirigindo um carro esportivo desse tipo. Uma mulher em u