— Coloque uma roupa limpa. Vamos pra Nova Orleans. — falei pra Samantha enquanto jogava a mala com algumas roupas dela e minhas em cima da cama.
— Fazer o que lá?
— Descobrir que tipo de coisa tem dentro de você.
— E em Nova Orleans tem alguém que vai ajudar? — ela falou se levantando sem vontade.
— Vamos consultar um médico.
— O que? Um médico do mundo místico?
— Se os humanos têm, por que nós não?
Ela foi pro banheiro se trocar e eu desci com a mala. As meninas estavam a minha espera. Era manhã
THOMASSam e eu pegamos um táxi até a pista de avião particular.Eu não fazia ideia do que nos esperava lá. Não sabia se daria certo. Mas precisávamos tentar. Eu não podia deixar que Samantha morresse. De novoA viagem até lá demorou quase vinte horas. Romênia era cidade Vizinha da Grécia, um pouco mais distante de onde estávamos— Eu não tenho um pressentimento muito bom. — Disse Samantha quando pousamos.— Eu não tenho um pressentimento bom desde que você voltou dos mortos. — respondi. — Sem ofensas. Mas foi no mínimo estranho, depois de eu ver você parar c
THOMASJá haviam se passado alguns meses desde que deixei Sam e a crianças. Não deixei completamente, eu só não sabia como resolver aqueles problemas.Eu sou uma pessoa ruim. Nosso começo foi horrível, tudo que a fiz passar foi no mínimo grotesco. Eu não sei como ela ainda voltou, depois de tudo…Mantenho contato com a Constance pra saber como vão as crianças. Eles parecem crescer tão rápido que me dá até medo. Eu sei que ela deve estar me achando horrível por deixá—la sozinha com eles, tendo toda a responsabilidade de duas crianças pra si. Quando eu deveria estar lá fazendo a minha parte.Acontece que, Samantha foi um presente pra mim. Apesar de ter sido um presente roubado, maltratado, que eu fiz mal antes de tu
SAMANTHANaquela noite.Eu estava sentindo minha pressão muito baixa, meu corpo estava imóvel e fraco, era como se eu estivesse paralisada do pescoço para baixo. Porém, minhas pálpebras estavam pesadas. Eu não conseguia abrir os olhos. Como uma apneia, onde um demônio te segura em cima da cama, até que tenha conseguido sugar toda a sua energia então recuperada durante o sono. Eu mal conseguia respirar. Não lembrava muito bem o que havia acontecido, mas ainda com consciência, mesmo que com os olhos fechados, eu sabia que estava viva, pois respirava.Eu não podia enxergar, mas podia ouvir muito bem o que se passava ao meu redor. O local onde eu estava tinha barulho de água, cheirava a umidade e terra molhada. Eu podia ouvir sons de gaivotas distantes, árvores se movendo com a
SAMANTHAQuando chegamos até a mansão, estava tudo exatamente como deixei. Nada havia mudado de lugar. Exceto o fato de que não tinha mais a presença de Constance. E Godoph aparentemente estava em umas férias prolongadas, como disse Thomas no caminho de casa.Eu expliquei tudo que sabia, e o que a Sra. Deveroux havia me dito. Ele ficou confuso e disse que iria atrás dela. Pra ter outras respostas. Tentar encontrar Caroline, talvez.Mas tudo o que eu queria era estar com ele naquele momento e depois ir o quanto antes para onde as crianças estavam. Queria todos perto de mim. Eu já não aguentava mais sempre estar separada de alguém. De quando as coisas darem certo de um lado, desmoronar do outro. Ou nunca dar certo de lado nenhum.Interrompendo meu devaneio, algo dentro da minha barriga me deixava nauseada. E
SAMANTHAUm pouco mais tarde eu ouvi o barulho de um carro parar em frente à mansão e buzinar.— É o Chuck. — disse Clara dando um pulo do sofá.Eu pulei junto e ela caminhou rápido até a entrada pra ir ajudar Chuck colocar os meninos para dentro. Eu fui atrás dela e saímos juntas. Avistei Chuck logo de primeira. Ele estava debruçado no banco traseiro tirando o cinto de segurança das crianças.— Mamãe… — ouvi Lucas dizer.— Já conversamos sobre isso, Luke. Mamãe viajou. — disse Chuck sem perceber que eu estava ali há poucos metros de distância.— Não, papai. Mamãe… — Amanda apontou na minha direção. Fazendo Chuck se virar devagar.Assim que ele me viu ficou paral
SAMANTHAExpliquei com calma e cuidado para Clara o que havia acontecido, pois ela ouviu tanta gritaria lá em baixo que ficou preocupada. E a última coisa que queríamos era preocupá—la com alguma forma.Ela deixou meu quarto arrumado enquanto estávamos todos resolvendo meu problema lá em baixo. E quando subi a noite para dormir estava tudo limpo.Depois de colocarmos as crianças pra dormir, nós fomos tomar banho para fazer o mesmo.Coloquei uma camisola e deitei. Enquanto aguardava Thomas que estava no banheiro terminado o banho.O telefone dele tocou e eu o ouvi abrir o vidro do box sem desligar o chuveiro para atender. Era incrível como eu
SAMANTHACada palavra dessa mulher me dava um ódio inimaginável. Que porra ela tava fazendo no quarto de hotel dele? Eu posso achar errado? Posso. Apesar de Chuck ter acabado de sair daqui do meu quarto. Mas ele precisa estar por perto ele é pai das crianças também. E não estávamos fazendo nada demais.É, talvez meu marido também não esteja fazendo nada com ela, eu é que estou com ódio dela ainda.— Misty, peça ao meu marido pra me ligar assim que der, por favor. Preciso falar com ele urgente.— Peço sim. Qual o assunto? — perguntou ela.Que porra é essa? Ela precisa saber o assunto que eu vou tratar commeumarido?— Isso importa? Como
SAMANTHANa manhã seguinte nós fomos até a mansão. Ela já não era mais segura. Mas Thomas trouxe um pessoal pra limpar tudo e vasculhar a casa pra ver se encontravam alguma coisa que pudesse colocar meus irmãos em risco. Não encontraram nada além de corpos. Então logo todos voltaram pra lá. Thomas colocou seguranças por fora da mansão e pegamos nossas roupas que estavam lá para levar pra casa nova. Quando entrei na nova casa, achei incrível. Ela era maravilhosa. Muito iluminada e tinha os tetos bem altos. Assim como a casa de Plaka.Nós dividimos os quartos e colocamos o quarto dos meninos ao lado do nosso. Também havia bastante segurança na casa. E o que antes eu não gostava, hoje achava necessário. Porque não estávamos mais s