1803THOMAS
Estávamos em 1803, poucos anos antes da Grécia declarar independência. Nossas roupas não eram tão práticas e agradáveis, nossos cabelos eram grandes… Sempre tínhamos que fazer viagens de navio quando precisávamos ir longe. Thomas Bruce recrutou alguns garotos na época, com a idade de 17 à 20 anos, para levarmos uns monumentos e artefatos gregos muito valiosos até o outro lado do continente. Nós, garotos saudáveis e fortes (como dizia ele), deveríamos tomar conta dos objetos, e os proteger com a própria vida se preciso. Ele não disse de quem deveríamos proteger os objetos, mas como pagava bem, e precisávamos de dinheiro, Todd e eu não pensamos duas vezes e aceitamos.<
SAMANTHAJosh finalmente estava se recuperando. Em poucos dias ele ia pra casa. E também já tinha dito que iria morar com Brian. Eu achei melhor assim, ele, pelo menos, estaria seguro. Já que Brian morava em Boston. Longe dessa merda toda.A bala que atingiu Josh foi diretamente pra ele, e por minha culpa. E eu sei que era pro Ty também. Deus sabe o quanto eu estava agradecida por ele estar bem.Coloquei um feitiço de ocultação na Clara e nas crianças. Assim elas estariam mais seguras.Eu tinha acabado de falar com Mandy por vídeo chamada. Luke estava dormindo. E não quis acordá—lo. Ela parecia saudável, e bem feliz, apesar de eu não estar lá. Mas eu não via a hora de poder viver com eles sem preocupação alguma.Decidi sair pra almoçar. Eu estava hospedada no Qua
SAMANTHAThomas saiu há algumas horas pra tentar procurar por Rebecca. Ela não estava aqui quando voltamos, assim como a cabeça do meu irmão no corpo dele.Como Chuck teve coragem de fazer isso? Que tipo de monstro ele é pra acabar causando tanta dor a mim. E por que?Eu estava com Todd no andar de cima da casa. Thomas disse que seria bom se não ficássemos separados um do outro. Já que Chuck poderia atacar novamente a qualquer momento.Josh já estava longe com Brian. E Clara estava a salvo com as crianças ainda com o feitiço de ocultação.Então eu não precisava me preocupar com eles. Mas meu irmão… Tyler… ele Não merecia isso. Mas Chuck vai pagar. Nem que seja a última coisa que eu faça. Ele pode me levar junto. Mas assim
Estávamos todos na sala de estar da mansão Woodhouse. Tyler, Rebecca e eu. O corpo frio de Samantha estava no sofá. Coberto até o pescoço. Sua pele estava extremamente pálida. Eu não sabia o que estava acontecendo, eu não conseguia acreditar que ela não estava mais respirando. Isso não podia ser verdade e não tinha nada que me fizesse pensar que aquilo era pra valer. Chuck estava finalmente morto. Sua alcateia já não era mais um problema pra nós. Mas não sabíamos como Sam foi parar assim. Eu tentava tirar da minha cabeça o fato de eu não ter a impedido de fazer tudo que fez hoje. A culpa era minha por ela estar morta agora. Eu deveria ter sido pulso firme, a trancado num porão se fosse preciso. Pelo menos ela ainda estaria comigo, viva e bem.— O que vamos fazer com o c
THOMAS— Como você... - eu estava sem palavras.— Longa história. Por que tá quebrando tudo aqui? Também acho essa casa horrível, mas... não é pra tanto. Parece até que alguém morreu. — ela gargalhou.— Onde diabos você se meteu, porra? — berrei.— Olha a boca. — falou com a voz irritante. — O importante é que estou bem.— Bem? Você está bem?! — Parti com ódio pra cima dela e agarrei seu pescoço a imprensando contra a parede. — Vadia, desgraçada! Você deixou Sandy sozinha! — eu apertei seu pescoço com mais força
THOMASQuando me virei pra sair do quarto e deixá-la dormir um pouco. Ela me chamou. Seus olhos ficaram pretos de novo, mas dessa vez só por um segundo, e logo voltaram ao seu azul normal.— Thomas, vem cá. — disse ela com a voz normal. Ela não parecia a mesma apavorada do que há alguns minutos.Eu caminhei em sua direção e me sentei ao pé da cama, esperando que ela começasse a falar. Samantha tirou completamente a toalha que eu a havia coberto por causa do frio. E não pude evitar em olhar que seu corpo estava todo manchado de tinta preta ainda. Pois do jeito que eu a peguei do chão ela ficou. Ela pulou em cima de mim, como se estivesse sedenta. Nem parecia a mesma pessoa que estava tentando me expulsar o dia in
— Coloque uma roupa limpa. Vamos pra Nova Orleans. — falei pra Samantha enquanto jogava a mala com algumas roupas dela e minhas em cima da cama.— Fazer o que lá?— Descobrir que tipo decoisatem dentro de você.— E em Nova Orleans tem alguém que vai ajudar? — ela falou se levantando sem vontade.— Vamos consultar um médico.— O que? Um médico do mundo místico?— Se os humanos têm, por que nós não?Ela foi pro banheiro se trocar e eu desci com a mala. As meninas estavam a minha espera. Era manhã
THOMASSam e eu pegamos um táxi até a pista de avião particular.Eu não fazia ideia do que nos esperava lá. Não sabia se daria certo. Mas precisávamos tentar. Eu não podia deixar que Samantha morresse. De novoA viagem até lá demorou quase vinte horas. Romênia era cidade Vizinha da Grécia, um pouco mais distante de onde estávamos— Eu não tenho um pressentimento muito bom. — Disse Samantha quando pousamos.— Eu não tenho um pressentimento bom desde que você voltou dos mortos. — respondi. — Sem ofensas. Mas foi no mínimo estranho, depois de eu ver você parar c
THOMASJá haviam se passado alguns meses desde que deixei Sam e a crianças. Não deixei completamente, eu só não sabia como resolver aqueles problemas.Eu sou uma pessoa ruim. Nosso começo foi horrível, tudo que a fiz passar foi no mínimo grotesco. Eu não sei como ela ainda voltou, depois de tudo…Mantenho contato com a Constance pra saber como vão as crianças. Eles parecem crescer tão rápido que me dá até medo. Eu sei que ela deve estar me achando horrível por deixá—la sozinha com eles, tendo toda a responsabilidade de duas crianças pra si. Quando eu deveria estar lá fazendo a minha parte.Acontece que, Samantha foi um presente pra mim. Apesar de ter sido um presente roubado, maltratado, que eu fiz mal antes de tu