Todos ficaram apreensivos, esperando a bolha de fúria de Naiara explodir por descobrir que não poderia salvar Agares, mas ao contrário do que todos imaginaram a menina sorrio. O sorriso amplo tomou o seus lábios de uma forma linda, endireitou-se no sofá e olhou para os pais com a esperança borbulhando em seus olhos, não entendendo o porquê de seus pais olharem de volta para ela como se estivesse enlouquecendo.
— Mas se precisamos de um convite dEle, está tudo resolvido então.
— Não entendo. – A voz suave, mas firme de Amarantha preencheu o lugar. Élida que estava sentada no braço de uma poltrona, bufou se jogando contra o assento, pior do que uma criança, quando seu tempo no brinquedo se acaba.
— Só eu acho que essa menina endoidou? – Ela perguntou em meio ao bico, realmente brava. – Até quando vão ficar segura
Não acho issoTodos ficaram apreensivos, esperando a bolha de fúria de Naiara explodir por descobrir que não poderia salvar Agares, mas ao contrário do que todos imaginaram a menina sorrio. O sorriso amplo tomou o seus lábios de uma forma linda, endireitou-se no sofá e olhou para os pais com a esperança borbulhando em seus olhos, não entendendo o porquê de seus pais olharem de volta para ela como se estivesse enlouquecendo.— Mas se precisamos de um convite dEle, está tudo resolvido então.— Não entendo. – A voz suave, mas firme de Amarantha preencheu o lugar. Élida que estava sentada no braço de uma poltrona, bufou se jogando contra o assento, pior do que uma criança, quando seu tempo no brinquedo se acaba.— Só eu acho que essa menina endoidou? – Ela perguntou em meio ao bico, realmente brava. – Até qu
Diego cumpriu a sua promessa, pois rapidamente retornou com uma farta bandeja com frutas, pães e suco, Agares se alimentou com dificuldade, não sabia o porquê, mas estava demorando demais para se curar, os lábios ainda inchados e cortados, por causa da surra que Miguel lhe deu, doía muito ao abrir a boca para comer. Seu corpo ainda tremia de ódio, todas as vezes em que lembrava da cena, Miguel era um covarde, que fez quatro anjos segurarem Agares para então poder saborear a dor que os socos e chutes lhe traziam, Agares conseguia ouvir os ossos se quebrando e sentir a pele rasgando, mas não emitiu um único som e muitas vezes sorriu com desprezo, o que deixou Miguel ainda mais enfurecido. O resultado de tudo aquilo, foi um corpo quase todo enfaixado, olhos inchados e roxos e cortes profundos. Mas estava grato de estar se alimentando, mesmo com dificuldade.Sua cabeça estava em ebulição, a imagem
— Me chamo Agares.— Ótimo, estamos evoluindo, temos um nome. Prazer Agares, agora coma e se comporte, não queremos que Miguel ou aquele recém chegado encontre motivos para continuar lhe espancando, esses hematomas todo estão acabando com a sanidade de Diego.Ele precisava pensar rápido, não estava gostando de parecer um lesado na frente dela, mas sua beleza realmente abalou a forma de pensar do demônio.— Onde está Diego? – Foi a coisa mais inteligente que ele conseguiu dizer.— Prefere o Diego do que há mim? – Ela levou as duas mãos ao peito, fingindo estar chocada.— Não, claro que não – Ele começou a explicar rapidamente, despertando uma crise de riso no anjo. – Pare com isso! – Disse com a voz firme e carregada de autoridade – Se não fosse tão linda...A frase morreu no
Estavam deitados sobre o pouco de tecido que havia sobrado do outro acampamento, Yekun envolvia Naiara em suas asas a aquecendo da noite fria, ela estava aconchegada a ele, deitada em seu peito, em um sono profundo.“— Agares?Naiara estava novamente naquele lugar, afastado dela, sentado no alto de uma grande pedra, viu Agares rindo e conversando com o que parecia ser um anjo, não conseguia ver o rosto, somente as grandes e imaculadas asas semi aberta, a cena lhe parecia errada de alguma forma, ele estava tão descontraído, relaxado, Agares estava feliz. Caminhou um pouco mais rápido e a imagem à sua frente foi se revelando, ao lado dele estava uma mulher linda, seus cabelos loiros caiam em cachos perfeitos e o sorriso, seria capaz de provocar a guerra entre os homens mais sábios. Por alguns segundos Naiara ficou parada os olhando, conversavam e trocavam pequenos empurrões em meio a risadas.<
Azazyel já estava andando e tendo Mohini ao seu lado, o corpo de Naiara enfim ganhou vida e ela se moveu alguns passos parando os anfitriões.— Como posso receber seus cuidados quando acabou de ameaçar me matar?— É verdade, ameacei. – Ele sorria a olhando com uma intimidade que provocava arrepios em Naiara e despertava a proteção de Yekun que agora estava colado a menina – Mas algo me diz que essa luta será interessante e sabe o que é melhor minha jovem – Ela revirou os olhos quando o ouviu – Algo me diz que podemos vencer.Naiara olhou para Yekun, sua face deixava claro que ele não estava entendo nada do que acontecia ali e o pequeno V se aprofundava entre seus olhos. Eles seguiram os dois, com Naiara sempre atrás de Yekun, quando pararam em frente a uma porta que mais parecia ser a entrada de uma prisão, Mohini a abriu apresentando a eles um grande
Em questão de minutos estavam os quatro no centro da sala da morada de Heylel, não precisaram andar até lá, um pensar de Mohini os levou.— E não é que ela conseguiu. – Exclamou Heylel surpreso ao se deparar com eles. Estava sentado em uma das poltronas com um livro nas mãos.— Posso lhe dizer que sua pequena herdeira chama a atenção de uma forma muito positiva meu amigo.Azazyel afastou-se, indo ao encontro de Heylel, que de pronto colocou o livro de lado e levantou-se o recebendo em um abraço.— Acredito que sim, afinal lhe tirar de seu reino é um feito para poucos hoje em dia. – Heylel sorrio observando os três que ainda estavam no centro da sala, seu olhar prendendo-se à Mohini. – E pelo que noto, alguém encontrou um coração em você.A cada palavra dita, Naiara sentia-se ainda mais confus
— Vocês me deixam com dor de cabeça. – Claro que a vontade de Naiara era simplesmente sumir daquele lugar, toda aquela conversa sobre resgatar ou não, aproveitar da situação ou não e ainda colocar Agares e Yekun em uma balança, era desgastante demais. Mas havia prometido que iria se conter e não mais sumir quando perdesse o controle.Aquele sem dúvida foi um dos jantares mais tensos da vida de Naiara, passaram mais duas horas entre tramas, truques, artimanhas e armadilhas, claro que a vida pessoal dos três envolvidos, foi amplamente discutida o que deixava o frágil temperamento de Naiara, preso a um fio. Quando enfim, todos se retiraram para seus quartos e nada ficou decidido e muita coisa sem contexto algum, havia sido dita, ela caminhou o mais rápido possível para seu quarto, toda aquela conversa, contar ao pai sobre as perdas que sofreu, ter que apaziguar o ódio que
— Eu não sei! – Ela gritou pela decima vez desde o momento em que acordou.Seu quarto estava lotado e Naiara já estava em pé se trocando, sem se preocupar com quem a estava vendo, ela jamais se acostumou com o jeito que todos ali trocavam de roupa, sem precisar tirar as peças, havia muita coisa humana ainda dentro dela. Yekun a ajudava, colocando em suas mãos peças que ela não conseguia encontrar, quando toda a situação acalmasse, ela iria colocar ordem em seu coração, não dava mais como negar a forma que sentia-se em relação a ele, até mesmo a forma como ele a olhava, lhe trazia calma. Sorrio em agradecimento e Yekun retribuiu o sorriso, entendendo mesmo sem nada ser dito o que existia entre eles.— Temperamental essa sua menina não meu amigo?— Ainda não viu o pior lado dela meu caro, é para encher qualquer pai d