Isabelle
— Eu não vou conseguir — Eu balbuciei observando a lista de tarefas que Gwen tinha deixado comigo antes de sair para o aeroporto.
Eu estava na cozinha da pousada, tomando café da manhã enquanto o céu permanecia escuro do lado de fora, apesar de já passar das oito horas.
Stefan, o primo de Gustaf, tinha levado Danny para fazer uma festa do pijama com o filho, que tinha a mesma idade do meu sobrinho, assim, ele sentiria menos a ausência dos pais.
Zachary estava bastante consternado quando partiu, e eu esperava que ele,
conseguisse resolver seus assuntos familiares sem grandes danos, apesar de saber que aquilo era praticamente impossível com todos os envolvidos.
— Ela quer mesmo que eu corte uma árvore? — Eu continuei lendo a lista.
— Você está falando com um pedaço de papel? — Eu me sobressaltei com a voz de Gustaf vinda da entrada.
Eu me virei em sua direção, vendo o homem caminhar despreocupado pela cozinha, abrindo os armários e geladeira.
— Não, eu estou falando sozinha — eu o corrigi, estranhando quando ele pegou alguns ovos na geladeira.
— Eu poderia te chamar de maluca, mas acho que todos falam sozinhos em algum momento — ele deu de ombros antes de se abaixar e pegar uma panela sauté em um dos armários.
Aquela estava longe de ser a cozinha de um restaurante, mas era grande o suficiente para atender as necessidades da pousada.
— O que você está fazendo? — Eu me estiquei, tentando descobrir o que mais ele pegou no armário.
Gustaf me lançou um olhar divertido por cima do ombro, apenas para me lembrar o quanto ele era bonito e toda nossa atração inicial, isso até eu surtar com a ideia de sequestro e ele implicar com a história do Papai Noel.
— Seu café da manhã — ele piscou.
Aquela informação me surpreendeu, eu deixei a lista de tarefas de lado, dedicando minha total atenção ao homem.
— Não precisa se preocupar, eu posso fazer isso.
Gustaf colocou um pouco de leite de um Bowl, antes de adicionar farinha, separando a clara da gema de alguns ovos.
— Eu jamais permitiria isso, você está de férias, Isabella, o café da manhã é por minha conta — Ele garantiu, sem desviar sua atenção da tigela, onde colocou alguns cubos de manteiga.
Ele não usa nenhum tipo de medida?
— Como você aprendeu a cozinhar? — eu estiquei o pescoço para ter uma visão melhor quando Gustaf começou a mostrar os ingredientes com um fouet.
— Da mesma forma que você, na faculdade.
Ele colocou uma panquequeira no fogo para aquecer enquanto quebrava mais ovos em um segundo bowl.
— Então você é um chef? — isso explicava sua habilidade na cozinha.
Gustaf deixou os ovos de lado, indo até o fogão, despejando pequenas porções da massa de panquecas na panquequeira, antes de pegar um pedaço de salmão na geladeira, cortando em cubos em seguida. Assisti-lo cozinhar estava sendo um espetáculo à parte, ele era muito habilidoso e a única maneira de melhorar, era se ele cozinhasse sem camisa!
— Longe disso, eu sou um cozinheiro. Nunca alcancei a posição de chef antes.
Ele virou as pequenas panquecas, antes de colocar a panela sauté no fogão, derretendo alguns cubos de manteiga nela.
Eu não estava acostumada a apenas observar enquanto outra pessoa cozinhava, e tive que usar cada grama do meu autocontrole para não me levantar e me juntar a ele.
— Então, como um cozinheiro suéco acabou no Polo Norte? — eu tentei conhecê-lo melhor.
Naquele momento eu me interessava em saber tudo sobre o homem à minha frente, mas ele se limitou a sorrir, sem me olhar diretamente. Por um momento eu pensei em repetir a pergunta, mas quando ele se virou para colocar as panquecas em um prato, eu pude ver que seu rosto, antes tão alegre e espontâneo, estava coberto por uma sombra de culpa, por mais que ele tentasse disfarçar.
— Chega um momento que nós precisamos de novos ares — ele me deu um sorriso sem graça, fazendo com que eu desistisse imediatamente do assunto.
Eu compreendia aquela sensação, foi ela que fez com que Zachary, Gwen e eu deixássemos a Pensilvânia e nos mudássemos para Missoula quando entramos juntos na faculdade, deixando nossas famílias para trás.
Gustaf tirou os ovos do fogo, colocando uma porção em cima de cada panqueca, antes de me entregar um prato com duas.
— Pankakkor com ovos mexidos e salmão defumado. A especialidade da casa — ele colocou o prato na minha frente.
O aroma que vinha do prato era delicioso, e eu não pude evitar o roncar do meu estômago.
— Então, essa é a sua especialidade — eu o provoquei antes de pegar um garfo que ele tinha me oferecido com o prato, provando um pouco da refeição.
Eu fechei os olhos suspirando diante da explosão de sabores que aconteceu na minha boca.
Ele é bom nisso!
— Não, essa é a especialidade da pousada — ele me corrigiu, parecendo se divertir com a minha reação.
Gustaf não demorou em pegar o outro prato e se acomodar ao meu lado na bancada.
— E qual a sua especialidade? — eu virei meu rosto para observá-lo.
Mas, ao invés de me responder, ele se limitou a piscar um olho pra mim, fazendo meu coração disparar antes que eu caísse na gargalhada.
— Ahh meu Deus! — eu cobri a boca com a mão, ainda rindo.
— Eu não falei nada! Nem imagino o que se passou nessa sua cabeça — ele se defendeu, se segurando para não rir.
Eu voltei minha atenção para meu prato, ainda rindo, deixando o silêncio reinar entre nós por alguns segundos.
— Então, eu ganhei um cozinheiro particular? — eu o provoquei, voltando a comer.
— Bom, se a pousada estivesse aberta eu faria o café da manhã para todos os hóspedes, mas por enquanto, você é a única aqui, então pode-se dizer que sim.
— Você é o cozinheiro da pousada? A propósito, você precisa me passar essa receita depois.
— Não exatamente, eu ajudo os Monaghan no café da manhã, em troca, eles deixam eu morar na casa de hóspedes. — ele apontou uma pequena cabana pela janela da cozinha.
Eu estreitei os olhos para enxergar um pouco melhor, a cabana tinha um tamanho que para mim, era quase inabitável, mas talvez eu não estivesse conseguindo ver direito, já que estava quase encoberta pela escuridão.
— Meu emprego de verdade é como cozinheiro em um restaurante em Fairbanks. Eu entro às três da tarde e não tenho um horário certo para sair.
— Eu conheço essa rotina — eu suspirei pensando em minha vida em Miami, onde tudo girava em torno da cozinha do Le Petit Cuisine.
Nós voltamos a comer em silêncio, até que Gustaf o quebrou.
— Quando cheguei aqui você estava discutindo com um pedaço de papel, qual o problema?
Eu olhei para a lista, suspirando ao me lembrar do tanto de tarefas que eu teria que realizar até a volta dos meus amigos.
— Gwen me deixou uma lista de coisas que precisam ser feitas antes do início da...
— Temporada da cabana do Papai Noel — Gustaf completou.
— Eu juro que não entendo, já não existe a casa do Papai Noel? — eu suspirei entregando a lista para ele.
— Sim, mas a cabana do Papai Noel é algo mais íntimo, não tem o lado comercial que existe na casa do Papai Noel, que conta com uma grande loja para artefatos natalinos. É como se fosse realmente o lugar onde o Papai Noel vai descansar e tomar um chocolate quente depois de trabalhar o dia inteiro fazendo os presentes — ele explicou enquanto lia a lista.
Ótimo, montar um lugar acolhedor para o Papai Noel, como se eu tivesse experiência em fazer isso!
— Eu vou estragar tudo — eu gemi em frustração.
— Não é tão difícil, no site tem fotos para você usar como referência.
— Gustaf, eu nunca decorei uma árvore de natal sequer! Como você acha que eu vou conseguir montar a cabana do Papai Noel sozinha? — eu o encarei.
Ele me encarou por um momento, parecendo em dúvida sobre o que me dizer.
— Tudo bem, é bastante coisa, e nós temos três dias para terminar a decoração, mas nós trabalhamos sob pressão o tempo todo, certo? Tudo o que precisamos é de um bom plano de ataque, você é chef, é acostumada a fazer isso diariamente — ele me encorajou.
Foi quando eu prestei atenção em sua frase.
— Nós?
— Eu vou te ajudar, não se preocupe — ele sorriu me entregando o papel — E então, chef, aqui está a lista, qual é o plano de ataque?
Confesso que ouvir aquele homem me chamando de chef amoleceu minhas pernas por um momento, mas eu logo me recuperei.
— Eu não tenho experiência o suficiente para assumir o cargo de chef nesse momento, então talvez você deva ficar responsável pelo plano de ataque… Chef — eu devolvi a lista a ele, sem quebrar o contato visual.
Nós ficamos com o olhar preso um no outro pelo o que pareceu uma eternidade, eu sentia meu coração bater com força no meu peito, impulsionado pela atração que eu sentia por ele, até que Gustaf quebrou o contato visual.
— Você não faz ideia do quanto eu quero escutar alguém me chamando assim em uma cozinha — ele brincou, parecendo um pouco desnorteado enquanto observava a lista.
Eu também desviei o olhar, tentando acalmar meus batimentos cardíacos enquanto Gustaf se levantava.
— Esse é o plano de ataque, Stefan vai trazer Danny por volta das onze horas, então isso nos dá cerca de duas horas de trabalho sem uma criança hiperativa correndo no nosso meio. Por sorte, Zachary e Gwen prepararam as suítes do papai Noel e da mamãe Noel antes de sair, então temos que nos preocupar com o saguão e o lado de fora.
Gustaf declarou com convicção, me surpreendendo ao demonstrar total controle da situação.
— Então enquanto o Danny não está, nós vamos limpar a área da lareira e separar as caixas dos enfeites, por sorte conseguimos terminar de montar o cantinho do Papai Noel até às duas e meia, quando eu tenho que sair para trabalhar. Então você vai poder tirar o tempo para matar a saudade do Danny, preparar o jantar para ele e o lanche para o menino levar para a escola amanhã, ele precisa dormir por volta das nove horas, alguma dúvida?
Eu continuei encarando o homem à minha frente, mais uma vez sentindo aquela atração quase irresistível me puxando em sua direção.
Acho que ele me excitou!
— Isabella? — Gustaf me chamou novamente ao não receber nenhuma resposta.
— Sim, chef — eu balbuciei, voltando a mim.
— Então, vamos?
— Vai na frente, eu vou lavar a louça, te encontro em cinco minutos — eu ofereci um sorriso sem graça, precisando de um momento sozinha para me recuperar.
Gustaf me analisou por alguns segundos antes de assentir, me deixando sozinha na cozinha.
IsabellaTudo bem, Isabella, você ainda tem três semanas para ficar aqui, não precisa atacar o cara assim de uma hora pra outra, por maior que seja a tentação, até porque nesses três dias estaremos bastante ocupados.Com aquele pensamento em mente eu fui até Gustaf no saguão, ele estava carregando todas as caixas para longe da lareira, separando algumas.Eu me mantive em silêncio, encostada em uma coluna de madeira, observando a forma como os músculos de seus braços se destacavam com o esforço, mesmo ele vestindo uma camiseta de manga comprida.— Você vai me ajudar ou só vai ficar me olhando? — ele perguntou ao se abaixar para pegar mais uma caixa, me dando uma visão privilegiada.Eu poderia me sentir envergonhada por ter sido pega espionando, mas eu não me importei muito.— Eu estou tentada a continuar olhando — eu o provoquei, recebendo uma risada em troca.— Essas caixas aqui são da decoração da lareira, pensei em decorar tudo, e no fim, só colocar as poltronas no lugar — ele apont
Isabelle Quando Gustaf e eu finalmente voltamos para a pousada já passava da hora do almoço, eu fiz um sanduíche rápido para nós dois antes de voltar a decorar a lareira.— E como você conheceu meus amigos? — eu perguntei para o rapaz enquanto separava as meias para pendurar na lareira.— Fazia pouco mais de dois meses que eu tinha chegado no Alasca, eu estava ocupando o sofá do meu primo, já que não conseguia uma casa para alugar — Gustaf começou a narrar, pegando uma das meias da minha mão.Eu senti um arrepio percorrer meu corpo quando sua pele encostou na minha, me recriminando por aquela reação. Eu preciso começar a me controlar perto dele!— Um dia, eu estava voltando de uma casa que tinha ido visitar e eu vi essa garota magra com um menino literalmente amarrado nas costas ajudando um rapaz a carregar uma caixa grande para dentro da casa — não pude evitar de sorrir ao lembrar o quanto Gwen era dependente do Sling no primeiro ano de Danny.Aquilo parecia que tinha acontecido há
Isabelle— Hey, você não deveria dar atenção para a melhor tia do mundo? — eu chamei atenção do meu sobrinho, que veio correndo em minha direção.Gustaf se levantou, voltando sua atenção para o nosso trabalho anterior enquanto eu dava atenção para Danny.Eu sentia tanta falta daquele garotinho e só de pensar que eu teria poucas semanas ao seu lado antes de voltar para Miami, fazia meu coração se apertar.— Então, acho que agora vocês dois vão me deixar trabalhar sozinho? — Gustaf reclamou enquanto eu andava com Danny no colo, e ele me contava todos os detalhes da sua noite.Eu e meu sobrinhos trocamos um olhar cúmplice.— O que você acha, Danny? Vamos deixar ele arrumar tudo sozinho? — eu perguntei para o menino, que logo olhou para o tio com uma expressão pensativa.— Sim!— Eu também acho que ele está fazendo um bom trabalho — eu sorri para Gustaf.Voltei a caminhar com o menino no colo, já me cansando por conta do seu peso, quando senti a presença de Gustaf atrás de mim, para confi
Isabelle Quando terminei já tinha passado da hora que Gustaf me avisou que Danny deveria dormir e eu me sentia exausta.Me preparando para mais uma batalha, eu fui até a sala onde o menino pulava no sofá.— TIA, NÃO! — O que? — eu me assustei com sua reação repentina.— Venha rápido, você vai se queimar! — ele acenou para que eu subisse no sofá.Meu primeiro instinto foi seguir sua instrução, subindo no sofá.— Do que você está falando, Danny? — A lava é muito quente, vai te queimar — Ele pulou para o outro sofá.— Lava? — Sim, o chão está coberto de lava, você não está vendo? Lava. Minha mente levou alguns segundos para processar o que estava acontecendo.— Danny, já passou da sua hora de dormir, você pode brincar amanhã — eu ponderei.— Agora! — ele gargalhou fugindo de mim.Como fazer uma criança hiperativa dormir? Eles não deveriam ter me deixado sozinha com ele, eu não sei o que fazer!— Um trato, se eu te pegar, você vai para a cama sem reclamar — decidi tentar.— Não vale
Gustaf O pequeno sorriso que surgiu no rosto de Isabella foi o bastante para iluminar o ambiente. Desde a primeira vez que os Monaghan me mostraram uma foto dela, eu a considerei uma bela mulher, mas não esperava que pessoalmente ela fosse ainda mais bonita, além de engraçada e interessante.Eu me interessei por ela assim que a vi na área de desembarque, e para minha surpresa, ela parecia corresponder. A tensão que nos envolvia sempre que estávamos sozinhos era quase palpável, e ontem, antes do Danny chegar eu estava prestes a calar a voz da minha consciência que gritava que me envolver com ela seria uma péssima ideia.Zachary e Gwen sempre falaram o quanto consideravam a jovem chef como uma verdadeira irmã, apesar de não terem nenhum laço sanguíneo, e depois do que aconteceu com Katherine há quase dois anos, eu aprendi a lição. Eu não poderia colocar nossa amizade em risco mais uma vez.Mas confesso que aquela convicção se esvaia cada vez que olhava para ela.— Então, qual foi o pro
GustafIzzy demorou mais do que eu esperava para terminar de se arrumar, Danny já tinha ido ao encontro de Stefan quando ela voltou, preparada para enfrentar o clima negativo do lado de fora.Ela permaneceu em silêncio enquanto caminhávamos até o carro, ela continuou daquela maneira durante alguns minutos enquanto eu dirigia até a fazenda de Pinheiros que tinha nos arredores de Fairbanks, até que eu decidi quebrar o silêncio.— Você está bem? Ela abaixou a cabeça com um sorriso fraco no rosto.— Você vai acreditar se eu disser que sim?— Não, mas eu vou entender que você não quer falar sobre o assunto — eu dei de ombros, lançando a ela um breve olhar.Após um longo suspiro, Isabella voltou a olhar pela janela, encarando a escuridão do lado de fora. Por um momento eu pensei o quanto devia ser estranho para ela sair de Miami onde é sempre ensolarado e acabar em um lugar onde tem apenas quatro horas de luz durante o inverno. Às vezes, nem isso.— O que eu deveria responder pra ele? Seus
GustafNão demorou para que estivéssemos no carro mais uma vez, dirigindo de volta para a pousada, já com a árvore em nossa posse.— Eu não esperava que aquele cara me conhecesse — Izzy comentou após alguns segundos em silêncio.— Quase todo mundo aqui te conhece. Seus amigos falam muito sobre você — eu expliquei.— Nada disso aqui é o que eu esperava — ela admitiu com um suspiro.Nós passamos alguns minutos em silêncio, até que eu decidi aproveitar a oportunidade para sanar de uma vez minha curiosidade sobre a vida dos meus amigos.— Você disse que sua história era um conto de fadas perto da história do Monaghan?Por um momento eu pensei que ela não me responderia, mas Izzy começou a narrar em seguida.— Após algumas semanas depois que nós nos conhecemos, Zachary passou a frequentar minha casa, nós sempre fazíamos as tarefas juntos e eu também conheci a Katherine. Assim como você, eu pensava que os pais dele tinham morrido, então eu não tocava no assunto.Eu segurei o desejo de inter
GustafNós passamos as horas seguintes montando todo o cenário do lado de fora, nós arrumamos o trenó e as renas em uma das laterais da pousada, enfeitamos as janelas e a varanda da frente, tudo isso enquanto conversávamos sobre a nossa rotina na cozinha.— Então, essa garota fez que eu saísse da cozinha apenas para reclamar que o prato dela estava com um gosto insuportável de peixe.Izzy estava terminando de enfeitar a cerca da varanda enquanto eu observava o tanto de neve acumulada na parte mais baixa do telhado. Eu teria que cuidar daquilo.— E qual era o problema com o prato dela? — eu perguntei, inclinando a cabeça e estreitando os olhos para enxergar melhor através da luz do sol refletida em alguns pontos congelados.— O problema é que ela odiava peixe e tinha pedido um prato de Salmão. — Você está falando sério? — Eu voltei a encará-la com surpresa.— Fica melhor. Ela me pediu para tirar o gosto de peixe do Salmão — Izzy revirou os olhos, me fazendo gargalhar.— Eu vou buscar