Chegaram em casa bem rápido, mas para ambos foi como se tivesse durado uma eternidade.A viagem fora calada, Amália morria de frio, mas fazia de tudo para disfarçar. Mas nada foge da percepção dos olhos canídeos de Gideon.Ele pegou o seu terno que descansava, no assento do carro, e colocou nos ombros dela.que sorriu surpresa. — Agradeço Gideon!Todo o corpo dele vibrou pelo jeito carinhoso que ela o chamou.A forma como ela se dirigiu a ele na boate lhe deixou estressado, mas quando ela o chamou pelo nome foi uma sensação boa, como se fosse o certo a ser feito.Ele escolheu não responder, por não saber o que estava acontecendo.A necessidade de protegê-la, é surreal. — Tome, agradeço pelo casaco e pela carona. — Amália falou entregando nas mãos dele seu terno, porém ele não aceitou. — Fique com o casaco, amanhã você devolve, e disponha. Tenha uma boa noite Amália. — Pra você também. — Ela murmurou, e foi em direção à sua casa, com um sorriso imenso na face.O porquê diss
Amália saiu desesperada querendo um lugar para se esconder e chorar. Isso sempre acontecia quando ela se lembrava do Jonas, da maldade que ele a fez sofrer. — Não Amália, não faça isso consigo mesmo. Seja forte! — Ela disse para si, antes de chegar até Pablo. — Oi chato! — disse disfarçando. — Oi chata! Está cedo, quer ir para onde? — Pablo falou, reparando a tristeza que sua amiga tentava esconder, mas sem nenhum sucesso. Ele não sabe o que aconteceu com ela, mas sabe que foi algo grave, ele sente isso. O segurança entende que não é da sua conta, mas a vontade de ajudá-la sobressai a qualquer entendimento. — Eu vou para casa. — Certo, então vamos! E será que tem alguma merenda para um pobre amigo faminto? Amália riu da cara dele de sofrimento. — Lá tem uma torta de frango, só para você! — Caio vai morrer de inveja. — Pablo falou rindo, enquanto dirigia. — Ei, não farei isso para você esfregar na cara dele! Não quero brigas. — Você sabe
— Droga, mil vezes droga. — Gideon falava totalmente fora de si, querendo socar alguém.Ele pensava no quanto ela foi intrometida, se metendo em sua vida. Agora ele estava lá, pensando em todas as palavras que foram ditas naquela maldita hora e querendo destruir sua própria casa.Gideon foi até seu bar e serviu-se de whisky, na verdade ele queria beber a garrafa toda, mas se controlou a tempo. — Maldita!O melhor é demiti-la...Para ele é o certo a se fazer, ela já não é bem-vinda em sua casa, não depois de hoje, de tudo que lhe falou.Gideon bebeu a noite toda. Como dormir, se a sua mente não para de trabalhar um só minuto? Então o mesmo resolveu ficar em casa, até facilitaria a sua vida em ter que conversar com ela.Ele ligou para o escritório e pediu para remarcar suas reuniões para outro dia. Ficaram surpresos e preocupados. Afinal, o Lobo Negro nunca faltou em todos esses anos.Gideon é muito bom no que faz e gosta do reconhecimento.Para ele somos o que fazemos repetidamente
Ângela interceptou a aproximação de Gideon — Não senhor Russell, ela precisa descansar... Mais tarde vocês conversam. Senhora Mariana, Amália me pediu para ficar por lá, por uns tempos, até ela achar outro emprego. A senhora permite? — A governanta perguntou cabisbaixa, com dor no coração, por vê Amália nesse estado. — Não, ela não pode. A senhora o olhou atônita. — Mas senhor ela não tem para onde ir... — Ela falava, mas foi interrompida por ele. — Não, porque ela tem sua casa, ela não será demitida, não se preocupem. A mesma respirou aliviada, mas a tensão voltou, quando lembrou, o que ele fez. — Amália pode aparentar ser forte, mas ela já sofreu demais, por favor, não a maltrate, senhor Russell. Se ela faz alguma coisa é para ajudar, jamais prejudicaria alguém intencionalmente. Gideon escutava atentamente. — O que aconteceu a ela? Vocês sabem então me digam. O que fizeram com a Amália? — Você deve perguntar a ela, somente a ela. — Mariana falo
— "Gideon a ferida sara, mas o ferido nunca mais será o mesmo...” Foi o que Amália disse quando eles conversaram naquela mesma noite. Lembrar dessa conversa já não dói tanto, como antes. Será o sinal de que as suas feridas estão sarando? Que ele está se abrindo para coisas novas? Bem, o juiz não sabe, apenas sente que gosta dessa sua nova versão. Aquele dia não sai da mente do grande Lobo Negro, foi a conversa mais difícil que já teve na vida. — "Por que tem tanta raiva? — Amália perguntou séria. — "Eu não tenho raiva Amália, não seja maluca!" — Ele disse não querendo ser grosso, mas falhando miseravelmente. — "Desculpa, eu".... — Gideon tentou se desculpa, mas ela o cortou seca. — "Não me peça desculpas homem, só seja sincero. Diga-me, por que tem tanta raiva e de quem?" Ele se sentiu derrotado e se sentou novamente, com sua cabeça entre as mãos. — "Eu a perdi... O que eu tinha de mais precioso. Você me pergunta de quem tenho raiva... Eu tenho raiva de
Amália se sente contente como há muito tempo não se sentia. A sua conversa com Gideon foi dura, no entanto ela acredita que de alguma forma tocou o coração dele. Espera realmente que mude suas atitudes e brinde os lábios de sua mãe com um belo sorriso. Porque ao dela,o mesmo já trouxe. Ela estava em casa, envolvida nos seus afazeres diários, quando alguém bateu à porta. Atendeu pensando ser um dos seguranças a chamando. Ela tinha esperança, que fosse um deles, informando que Gideon quer vê-la. Passaram-se uma semana desde a conversa e eles ainda não se viram. — Meninos? — Exclamou surpresa,e ao mesmo tempo feliz. Não era a pessoa que esperava, mas compensou a decepção. — Flor do meu jardim. — Declamou Mica ao entrar na casa, saudando Amália com um abraço apertado. — Eu também quero! — Max falou ciumento. Ela desgrudou de Micaelsom e foi abraçar Maximiliano da mesma forma. Um abraço forte de saudades. Eles não se viam há algum tempo. — Vocês sumiram. — E
— O que foi? — Ela perguntou confusa. — Eu não deveria está fazendo isso, não desse jeito. Eu... Preciso ir. — Disse colocando-a no chão e se afastando, mas Amália segurou o seu antebraço fortemente. — Gideon? — Ela tentou falar, mas ele não deixou. — Não meu ébano, não faça isso... Eu... — Ele não terminou de falar, segurou o rosto dela e a beijou ardentemente. Foi um beijo rápido, mas que a deixou mole que nem gelatina. Amália estava encostada na parede, suas pernas estavam bambas, na verdade ela estava com medo de cair caso se mexesse. — Daqui a meia hora, mandarei um segurança vir buscar suas coisas. — Gideon falou antes de sair apressado, como se fosse o certo a se fazer. — Tá bom! — Ela disse, mas ele não a havia escutado, pois já havia saído. Ainda estava encostada na parede, respirando com dificuldades. — Nossa... Nossa... Nossa, eu já disse nossa? Ela falava sozinha e rindo. Resolveu dar um passo se desgrudando da parede, mas acabou caind
Ela pensou cuidadosamente, antes de respondê-lo. — Coloco a munição! — Isso mesmo, mas tenha cuidado ao manusear a arma, mantenha a mesma sempre apontada para baixo. Agora verifique se ela está carregada.Amália olhou Caio confusa. — Mas acabamos de carregá-la! — Não importa o que acabamos de fazer, sempre que você pegar uma arma verifique se ela está carregada. Não importa o momento, sempre verifique. Entendeu? — Sim, sim perfeitamente. — Ótimo, agora mantenha a corrediça no fundo da arma enquanto pratica o lado correto de segurar. Pratique ela carregada e sem estar carregada. É importante para saber diferenciar ambas as situações.Depois de praticar por uns vinte minutos, Amália disse que já havia se acostumado. — Mantenha o dedo fora do gatilho sempre que mexer com a arma. Em hipótese alguma aponte para alguém, nem de brincadeira, isso pode ser considerado um crime.Ela fez uma carinha de azeda. — Jamais faria isso. — Disse por fim. — Que bom, a