O meu coração batia em uma frequência absurda. Era possível ouvir o pulsar incomodo nos meus ouvidos. A corrente de adrenalina que se proliferava por todos os meus membros deixava-me em estado de alerta. Os meus músculos tornavam-se cada vez mais tensos e o meu estômago embolado.
Essa era a hora.
Tínhamos de sair naquele momento.
— Hora de correr! ─ Ernest disse.
Assenti que sim com a cabeça e antes de engolir a seco, pus meu corpo para fora, arriscando-me em direção ao carro que nos aguardava.
Um disparo sucedeu à minha frente, quase atingindo minha cabeça. Minha cabeça!
Congelei por um instante, em choque.
Miserável.
— Vamos... Vamos... Vamos... ─ Gritou Ernest atrás de mim, empurrando-me e atirando com a arma dele quando outros disparos ecoaram por entre nós.
─ Não é hora de parar! ─ Gritou no meio do fogo cruzado. ─ Você está maluca? ─ Puxando-me e correndo a trilha suicida até o SUV.
Onde e
O sol tentava com fracasso transpor as nuvens. A manhã surgia cinza e penosa. O céu parecia que desaguaria a qualquer momento quando os dois carros pretos de Raymond ultrapassaram a entrada da Marina de Manhattan. Ernest e eu estávamos a distância suficiente para não levantar suspeitas e permaneceríamos assim até que algo acontecesse. Deduzíamos que Raymond estivesse no carro da frente e o carro de trás fosse apenas uma escolta.Sendo cautelosa, pisei no pedal de freio do carro e passei a observar o que estava acontecendo antes de prosseguir.Precisava saber o que estava por vir.Ernest abriu o porta-luvas do carro de repente e começou a revirá-lo de pressa, como se tivesse procurando por algo.─ Droga... ─ Ernest resmungou. ─ Não tem nada aqui... ─ Ele deu de ombros ─ Toma isso ─ disse, oferecendo-me óculos escuros.Enviesei o olhar em resposta. Por que diabo
Na infância, quando o meu pai me perguntou pela primeira vez o que eu queria ser quando crescesse, lembro-me de responder: quero ser médica. A minha mãe, Lauren Murray, era médica e me lembro de tentar ser igualzinha a ela. Eu queria ser a sombra dela. Mas isso mudou quando, no dia do meu aniversário de doze anos, ela fora assassinada dentro da nossa própria casa, na minha frente. O meu pai estava fora do país a trabalho, e os criminosos nunca foram pegos pela polícia e isso transformou toda a trajetória da minha vida. A partir daquele momento, desejava tirar vidas e não mais salvá-las. Senti, ali, que a minha infância tinha ficado para trás, e aos poucos, o ballet foi deixado de lado ao ser substituído pelo quimono. A boneca fora trocada por uma pistola e as brincadeiras já não eram mais tão delicadas. A pobre menina indefesa, cuja mãe morreu numa ten
Gostaria de, primeiramente, agradecer a todas as pessoas que se mobilizaram a ler meu livro quando ele era apenas um esboço numa plataforma gratuita. Vocês, sem dúvida nenhuma, fizeram a diferença na minha vida e me ajudaram a chegar ao fim dessa história. Obrigada por todas as leituras, pelas palavras de motivação que me deram vontade de prosseguir quando eu já não tinha mais vontade.Um obrigada mais do que especial à Camila Sampaio, por ter me indicado a Buenovela para essa publicação, e por ouvir todas as minhas ideias e ser o meu “rascunho no watsapp”. As minhas ideias, com certeza, são melhores quando as conto para você. É um sonho realizado em escrita; à Sanny, minha coeditora na Buen, por ter me escutado e me ajudado a levar essa publicação a diante, e, a minha Irmã, Thainá Miller, por ter lindo e ter amado desde o in&ia
A única razão de sermos tãoApegados em memórias,é que elas não mudam mesmoque as pessoas tenham mudado.─ Dean Winchester,SupernaturalEu vou deixar abaixo o link do meu perfil noinstagram.Acesse efique por dentro de atualizaçõese informações sobre as minhas histórias.Acessem o perfil: @tamaramillerautoraou no Link:https://www.instagram.com/tamaramillerautora/link para acessar
Todo mundo tem um passado sombrio do qual deveria se envergonhar, mas devo dizer que, foi graças ao meu passado obscuro que hoje sou uma Agente Especial. Para mim, tudo não passou de uma questão de escolha, já que nós podemos escolher cometer, ou não, os nossos erros, e eu tinha consciência disso, só que depois de um tempo, você acaba percebendo que algumas coisas que pareciam ser indispensáveis, não passam de simples superestimações. A vida e a morte são superestimadas, e quando você passar a entender como as coisas realmente funcionam por aqui, tudo muda, inclusive a sua concepção de mundo.Certos caminhos podem, e, sem dúvida nenhuma, vão moldar quem é você. Eles vão esfriar seu coração e te transformar em um ser mais racional e pragmático, ou então, em um dos maiores pesadelos da sociedade.
Uma arma é letal, e uma bala é capaz de mudar tudo. Pensar nisso me leva a concluir uma coisa: a vida é uma corda bamba, e suas ações determinam o ritmo que ela balança. Se você não estiver pronto para abrir os braços e buscar se reequilibrar, você cai, e isso vai custar a coisa mais importante que existe para um ser humano. A vida. O fato de você estar vivo, já é o bastante para morrer.Todos nós somos o resultado das escolhas que fazemos ao longo das nossas vidas. Isso quer dizer que, suas escolhas definem você e moldam o seu caráter. Decisões são tomadas a cada instante, por todo o mundo, e para cada uma boa, existe uma ruim.Eu gostava de pensar que estava trabalhando para um propósito maior e esperava que estivesse mudando pelo menos, uma pequena parcela do mundo.Antes de tanto sofrimento, eu podia jurar de pés juntos que
2 ANOS DEPOIS. — BROOKLIN, NOVA YORK.— Uma dose de Whisky, por favor. — Pediu um homem ao se aproximar do balcão, apoiando os cotovelos sobre o mogno.A voz dele soou quase inaudível ao misturar-se no ar com o som das batidas frenéticas de uma versão remix da música Black Widow.Por isso, encarei-o por algum tempo em meio à baixa luz. Ele deveria ter cerca de vinte e sete a trinta anos. Alto, teria provavelmente, um metro e oitenta e cinco ou noventa de altura. Sua expressão era séria e beirava o mal humor. Os cabelos iam de um tom loiro escuro para o castanho jogados de uma forma sexy, mas bagunçada eram maiores no topo da cabeça e curto dos lados, fundindo-se à barba cheia que preenchia ao redor da sua boca e maxilar anguloso, uns poucos tons mais escuros que os cabelos. Olhos verdes expressivos, num tom quase acinzentado, destacav
Senti os primeiros lampejos de consciência. Em seguida, uma dor abrasadora se espalhou por cada parte da minha cabeça. Meus lábios estavam rachados e ressecados. A língua colava no céu da boca, junto à sensação horrível de ter poeira por todas as minhas vias. Minha mente estava em torpor. Grogue e submersa em uma mistura de dor física e sono incontrolavelmente pesado.Minhas pálpebras tremiam relutantes em obedecer aos comandos emitidos pelo meu cérebro. Com muito esforço, abri os olhos, mas tive de fechá-los, no mesmo instante. Não parecia ser possível controlar o peso da sonolência que insistiam em mantê-los assim, afogados da inércia de um pesadelo. Os músculos que compunham minha estrutura corporal pareciam moles demais para sustentar todo o meu peso. Podia senti-los dormentes sob a pele.Que merda é essa? O que es