THEO Possessivo para amar
THEO Possessivo para amar
Por: Celmesquita
Theo

Após o enterro da mãe, Maysa se vê desolada e sem saber o que fazer. O último ano não foi fácil e no final, Marisa Richat não resistiu. Filha de mãe solo, não tinha mais ninguém com quem pudesse contar.

Entre o trabalho e os estudos, Maysa tinha somente uma amiga em que podia confiar. Mas Samela Parker estava fazendo estágio fora da cidade e Maysa se viu só para lidar com toda a situação.

Theo Montenegro chegou a Chicago onde está localizado o primeiro prédio da Lamarctec fundada por seu pai a mais de vinte anos.

Seu carro acabou a gasolina na periferia da cidade e ele não via nenhum posto de gasolina a vista.

Entrou em um restaurante enquanto aguarda alguém de sua equipe para pegá-lo, resolveu almoçar por ali.

O lugar era simples e muito limpo, talvez por isso estava lotado.

- Boa tarde Sr. Bem vindo!

Uma garçonete o recebeu na entrada.

- Obrigada. Gostaria de almoçar.

Theo tem cabelos e olhos negros, um metro e oitenta e cinco de altura em um corpo distribuído proporcionalmente. As pessoas presentes não podem deixar de notar sua presença. Especialmente as mulheres que soltaram pequenos suspiros enquanto os olhos se recusam a afastar da Bela figura. Filho mais velho de Luiza e kalel Montenegro, era a réplica perfeita do pai em todos os sentidos.

- Por favor aguarde um momento, vou ver se consigo uma mesa.

Percorrendo os olhos pelo local Theo avista uma linda mulher solitária em um canto. Sem esperar a atendente de aproxima.

- Com licença, posso me sentar aqui?

A jovem balança a cabeça em afirmativa sem levantar os olhos. Seu prato quase intocado na mesa e seu jeito triste chamou a atenção de Theo.

- Desculpe, está tudo bem com você?

- Está sim, obrigada.

A jovem mulher se levanta, pega a bolsa e se prepara para sair.

- Com licença.

Theo não pode deixar de notar os olhos vermelhos da bela mulher. Porque uma mulher tão linda estava tão triste? Mal havia tocado na comida e estava indo embora.

- Olha se eu te incomodo, posso esperar vagar outra mesa.

- Tudo bem! Eu não tenho apetite.

Olhando a mulher se afastar, ele tem certeza que já ouviu aquela voz. Mas onde?

Logo a mesma atendente que o recebeu vem anotar o pedido e ele perguntou ainda olhando a mulher triste andando na rua.

- A moça que saiu agora não parece bem. Você a conhece?

- Ela mora nas redondezas. Enterrou a mãe ontem pelo que fiquei sabendo.

- Entendi.

Ele sentiu o seu coração doer pela pobre moça. No final a sua tristeza era luto.

Na manhã seguinte, Theo está na Lamarctec revendo alguns contratos, no entanto, uma das pastas estava incompleta.

- Marcus esse contrato está incompleto, pela data devia estar fechado.- falou para o assessor. - Veja o que aconteceu.

- Sim Sr Montenegro.

Pouco depois Marcus volta com uma cara ruim.

- Sr, a assistente responsável não aparece na empresa alguns dias.

- E quem é ela?

- Maysa Richat.

- A esquisita ?

A imagem da mulher gordinha de longos cabelos negros, rosto manchado de espinhas e aparelho nos dentes lhe veio a mente. Era tão sem graça que cansava a visão.

Depois de pensar um minuto, ordenou ao assistente.

- Avisa ela que quero os documentos ainda hoje. E, me chama a Letícia.

- Sim Sr. Com licença.

O assistente saia e a secretária entra.

- Me chamou Sr Montenegro?

- O que aconteceu com a Maysa?

- Ela não tem vindo a empresa há três dias. Não sei por quê. Ultimamente vive faltando e o Sr Lucas a cobre.

- Manda descer para o departamento pessoal.

- Talvez o Sr. Devesse falar com o Sr Lucas.

- Não tem necessidade. Aqui não é creche que funcionário trabalha na hora que quer. Pode demitir.

Theo havia acabado de voltar do almoço quando bateram a porta.

- Sr Montenegro, a Maysa está aqui com os documentos.

- Manda entrar.

Devagar a moça entra e sem levantar a cabeça Theo ordena.

- Pode deixar aqui na mesa. Espero que esteja tudo aí.

- Está, sim. Sr. E aqui está...

- Pode se retirar, vá ao departamento pessoal resolver o seu desligamento.

Maysa fica no lugar ainda exitando. Ele nem olhou a documentação que ela trouxe.

- Saía!

A mulher assustada se vira no momento em que ele levanta a cabeça. Mas ao lembrar dos papéis se volta para pegar.

- Devolve isso!

Theo se levanta em um passo puxa o braço dela que solta um grito de dor. Os documentos vão para o chão enquanto a mulher se afastar correndo.

- Você???

Theo ficou paralisado no lugar. Maysa a esquisita era a bela e triste mulher do restaurante. "Mas como?"

Theo pega os papéis e ao abrir a porta, Maysa já está no elevador, chocado Theo vê que a lateral da sua cintura está sangrando. As portas fecham-se e ele olha os papéis nas suas mãos.

O primeiro era o atestado de óbito de Mariza Richat, o segundo era o atestado de afastamento do trabalho de Maysa por haver doado um rim para a mãe. Atordoado Theo fica paralisado no lugar, só depois de alguns minutos ele reagiu.

Maysa desceu do elevador no primeiro andar mal conseguindo andar de tanto dor. Após ser puxada pelo braço de forma violenta, ela sentiu os pontos abrirem jno mesmo instante. Agoniada já saiu da sala do chefe pedindo uma ambulância.

Ao passar pela portaria do prédio, se sentou no meio fio rezando para a ambulância chegar logo. Por fim não suportou a dor e desmaiou.

As pessoas que retornavam do almoço a empresa, não entenderam o que havia acontecido.

No momento em que Theo sai do elevador, vê Maysa sendo colocada na ambulância.

"Meu Deus o que eu fiz?"

- Marcus pega o carro, vamos atrás da ambulância.

Theo orientou e foi direto para falar com os paramédicos.

- Leve ela para o melhor hospital de Chicago

No Justicia Latina, em Illinois ele colocou-a no melhor apartamento e exigiu os melhores médicos. Pediu um check- up completo de Maysa e não saiu do seu lado nem por um instante.

- Qual o estado dela Dr Wendel?

- Os pontos todos romperam. Estão muito recente e ela não fez o repouso nescessário.

- A culpa foi minha. Exigi a sua presença na empresa sem saber a sua condição.

Pela primeira vez ele se arrependeu de não ter ido falar com Lucas. O remorso e a preocupação o estava consumindo.

- Além disso, ela está desidratada e não deve estar se alimentando adequadamente.

Theo ficou consternado com essa informação. O que essa menina estava pensando, só Deus para saber.

- Marcus quero toda informação sobre Maysa o mais rápido possível.

- Vou pedir na empresa.

- Fora dela também. Quero saber tudo sobre ela.

Em menos de duas horas, Marcus trouxe o dossiê de Maysa.

- Algum parente? - Theo pergunta ansioso.

- Nenhum Sr. Era só ela e a mãe. Trabalha na empresa desde os dezesseis anos. Cursava administração, mas parou ano passado quando a mãe adoeceu. Trabalhava de dia e passava as noites no hospital, mal ia em casa nos últimos cinco meses.

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