Saboreando o beijo

Ao sair do hospital, Theo novamente a conduz pela mão e abre a porta do carro para ela.

- Vou te levar para almoçar.

- Sr Montenegro não precisa se incomodar.

- Faço questão. Afinal há vários dias você não sai de casa.

Ele dirigiu até um ponto afastado e estacionou em frente a um grande muro. Ninguém dava nada pelo lugar. Mas ao entrar o ambiente era muito agradável. As mesas colocadas em uma área aberta com vista para o lago Michigan dava uma sensação de calma e prazer.

- Poucas pessoas vêm aqui. Eu adoro esse lugar.

Theo explica puxando a cadeira para ela.

- Obrigada Sr Montenegro.

- Por favor me chama de Theo

- Eu não acho apropriado.

- Maysa não me faça me sentir um velho. Sou só três anos mais velho que você.

O garçom trouxe o cardápio nesse momento e pelo forma que conversou com Theo, ela percebeu que ele era um cliente frequente.

- De uma olhada no cardápio, o peixe daqui é ótimo.

Quando Maysa correu o olho pelo menu, ficou chocada com os preços.

- Não estou com muita fome.

Antes que ela terminasse, Theo interrompeu. Pois percebeu a mudança no seu olhar.

- Vamos experimentar um salmão com salada e rizoto de camarão. E leve e você vai gostar.

Maysa assentiu com a cabeça envergonhada.

Logo a comida chegou e Theo foi logo servindo para ela.

- Experimenta e vê se gosta. Se não gostar pedimos outra coisa.

A forma como ele a servia e falava se inclinando para ela dava a impressão que era um casal. Ela estava muito sem graça.

- Muito bom. Nunca comi um salmão tão gostoso.

Theo se sentiu muito feliz, era a primeira vez que passava tanto tempo ao lado dela sem discutir.

- Se gosta podemos vir mais vezes.

Maysa não soube o que responder. Esse era um raro acontecimento na sua vida. Talvez ele só estivesse atencioso porque se sente culpado. Em uma situação normal ele jamais a olharia duas vezes.

Quem dirá levá-la para almoçar.

- O Sr tem sido muito atencioso. Mas sei que é muito ocupado. Não precisa se preocupar comigo.

- Não estou preocupado. E realmente pelo prazer da companhia.

O coração dela acelerou tanto que parecia bateria de escola de samba. Ele estava realmente flertando com ela?

Foi um esforço tremendo para ela manter a compostura.

- E muito gentil de sua parte.

Após o almoço se dirigiram ao carro e novamente ele abriu a porta para ela, deu a volta rápido e foi a ajudar a afivelar o cinto.

Seu rosto estava muito perto. Maysa prendeu o ar de nervoso, no momento seguinte os lábios de Theo pousaram nós seus.

Assustada ela ficou sem reação e congelou no lugar. Os beijo foi gentil e rápido. Mas foi o suficiente para deixar sua mente uma bagunça.

- Sr Montenegro o que está fazendo?

- Saboreando o beijo de uma linda mulher. - Responde com um leve sorriso. - Tive vontade de fazer isso desde o dia que te encontrei naquele restaurante.

O queixo dela caiu, sem palavras ela manteve o olhar firme para fora do carro. Se o olhasse não saberia o que fazer. No restaurante, ela o reconheceu e envergonhada saiu rápido de lá naquele dia.

- Desculpa, eu deveria ter me controlado. Não quero te ofender de novo.

- Tudo bem, foi só um beijo. Podemos ir agora?

Mas aquele beijo foi para Theo uma provação. Ele não estava satisfeito e queria mais, muito mais.

Já Maysa que queria por uma distância segura entre eles, sentiu o muro que vinha construindo começar a ruir. Se fosse em outra época, seria a mais feliz das mulheres.

Depois desse dia, Theo estava cada dia mais gentil e atencioso. Já não a estava evitando como antes, pelo contrário ansiava por chegar em casa para a acompanhar as refeições. Porém não fez nenhum avanço com medo de a assustar.

Uma semana passou voando e eles tinham acabado de almoçar, quando ela comunicou.

- Eu vou voltar para casa hoje a tarde. Queria te agradecer por tudo.

O coração de Theo pulou várias batidas. Ele não quer que ela se vá.

- Não tenha pressa, espere mais uns dias.

- Eu já incomodei demais. Já está na hora de ir para casa. A vida tem que seguir de qualquer forma.

- Não vai ainda. Tenho uma reunião importante agora. Vou levar você para jantar hoje e a gente conversa.

Com medo de ela dizer não, ele sai rápido. Era a forma que tinha para ganhar tempo.

Maysa já havia arrumado suas coisas e só esperou até agora porque achou que deveria agradecer antes de partir. De qualquer forma aquela não era sua casa. Pegou suas coisas e se foi.

Eram quase sete da noite quando Theo ansioso chegou em casa para a levar para jantar.

- Catherine avisa a Maysa que estou esperando.

- Sr. A Sra Maysa foi embora após o almoço. Ela disse que o havia comunicado.

A governanta o informou constrangida.

O humor dele ficou azedo no mesmo instante. Mal humorado subiu para o quarto e ficou sentado pensando. Por fim, Pegou a chave do carro e saiu batendo a porta.

Meia hora depois estava batendo à porta dela.

- Sr Montenegro, você não respondeu minha mensagem.

- Que mensagem?

- Te enviei a tarde para saber onde te encontrar para jantar.

Theo pegou o telefone, havia uma mensagem de um número desconhecido que ele não se deu ao trabalho de ler.

" Sr Montenegro, estou voltando para casa. Me envie a localização e horário para o jantar"

Ela não se recusou a jantar com ele. Uma ponta de esperança brotou em seu coração.

- Porque não esperou por mim?

- já estava tudo pronto e de qualquer forma tinha que voltar para casa.

- Eu fico preocupado com você aqui sozinha. Poderia ter esperado mais um pouco.

- Eu vou ficar bem, não se preocupe.

- Maysa você não entende? Eu quero você!

Ele a puxou para seus braços e a beijou loucamente. Só interrompeu o beijo quando ambos já estavam sem fôlego.

- Vamos jantar! Se ficar aqui não vou conseguir parar de te beijar.

Maysa ficou sem saber o que dizer. Depois de exitar um pouco, subiu as escadas e se arrumou para sair.

Ao descer as escadas, Theo a pegou novamente em seus braços a beijou longamente antes de sair.

No carro ela não teve coragem de olhar para Theo e se manteve em silêncio olhando pela janela.

- Eu gosto de você Maysa. Quero passar mais tempo com você para nós nos conhecermos melhor.

Sua voz interrompe o silêncio incômodo dentro do carro.

- Não sei se é uma boa idéia Sr Montenegro.

- Por favor Maysa, me chama de Theo.

- Depois de tantos anos e estranho para mim.

- Eu quero te namorar, e não vai ser legal minha namorada me chamar de Sr Montenegro.

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