Quando as portas se abriram, Kuattin e Daniel partiram na liderança do exército Snake, com seus escudos, espadas e arcos à prontidão, com muitas cobras aos seus pés se rastejando.
Lentamente, um grupo de soldados do imperador, que gritavam algumas palavras indescritíveis como forma de sinal de alerta, surgia à frente dos Snakes.
– Muralha de escudos, homens! – Berrava Kuattin, puxando Daniel e se jogando no amontoado dos seus soldados.
Os homens das extremidades urravam e pressionavam seus escudos à frente do seu peito. Os do meio do amontoado levantavam seus escudos, e os arqueiros ficavam atrás dos escudos das extremidades. O exército tomava um formato de tartaruga, com uma grande casca de escudos metálicos.
– Se segurem! – Berrava Daniel, apertando-se entre seus soldados.
– Pum! Pum! – Ecoava o impacto de diversas flechas atingindo os escudos.
Após o impacto, Daniel estava
Após muitos dias, o rei Sírius se encontrava em seu palácio, sentado em seu trono com suas pernas cruzadas. Pi estava enrolada em seu pescoço, lambendo seus dedos carinhosamente. Enquanto isso, ele observava os nobres à sua frente, sentados, discutindo as futuras tarefas do reino. – Temos que queimar os corpos dos soldados da Águia Vermelha. – Falava um nobre, apontando o dedo a Sírius. – Nossa prioridade é aumentar o comércio do nosso reino. – Comentava outro, apontando para seu colega. – Precisamos abrir o comércio com o reino Leonilo e Repitale, são os reinos mais fortes, bem comoos únicos que estão libertos há muito tempo do imperador. – Comentava um terceiro homem se levantando de sua poltrona à frente da mesa. Sírius bufava com seus lábios, em sinal de desgosto. Rapidamente, pulava de seu trono com um salto segurando Pi, que permanecia fortemente ao seu pescoço. – Em falar em Repitale, p
Sírius continuava apoiado em sua espada, perdido em seus pensamentos por longos minutos. Suas lágrimas escorriam nas ranhuras e nos desenhos de sua espada, enquanto sua cobra apenas o abraçava carinhosamente. Aos poucos, ele ficava sonolento, com seus olhos fechados e pensativos, e então adormecia, com sua testa encostada sobre suas mãos, que agarravam a espada de prata metálica. ******* – Por que chora, meu amado Sírius? – Falava Grazi à frente de Sírius. Sírius levantava sua cabeça lentamente e uma imensa marca avermelhada em sua testa surgia. Devido à posição sobre sua mão, seus olhos lacrimosos e seu nariz irritado, estava ele, tristemente, com seus lábios trêmulos cobertos de suas lágrimas. – Eu só quero ser um bom rei como meu pai… – Falava Sírius tristemente. – Mas também quero vingá-lo! – Completava o rei Snake, apertando sua espada. – Sírius, S
Após longas horas, o dia amanhecia. O tempo estava nublado, frio e com neblinas por toda a parte. Muitos soldados do reino Snake estavam em período de troca de turno, entre as muralhas e as rodas feitas pelo reino, alguns camponeses se levantavam e ajeitavam suas mercadorias para venda, outros ajeitavam suas plantações e poucos continuavam dormindo. Por mais cedo que estivesse, Sírius permanecia em pé na varanda do seu palácio, apoiando seus braços sobre os muros dela, observando o começo da movimentação nas ruas. – Daqui a sessenta luas, espero que consiga estar com o meu plano totalmente completo. – Sussurrava Sírius para si mesmo. – Bom dia, Sírius. Psixim. – Falava Pi, aproximando-se de Sírius. O rei Snake permanecia calado, observando o horizonte, com os camponeses despertando e começando a trabalhar. Entretanto, Pi se arrastava no chão até chegar na perna direita de Sírius, subia no corpo dele
Soldados Snake corriam em direção às muralhas, com grandes estacas de madeiras em suas costas. A grande maioria dos soldados prevalecia reforçando a segurança do reino, batendo martelo, amarrando cordas e fazendo pontas de segurança com armadilhas por toda a muralha do reino. Enquanto ocorria toda a movimentação do exército, o rei Sírius estava nos hectares destruídos da floresta das cobras, com uma leve roupa de seda verde, limpando o chão de cinzas com uma enxada de madeira, ao redor de muitos camponeses que faziam o mesmo, cavando, retirando toda a cinza e colocando em grandes sacolas feitas de folhas de árvores. Por muitos dias, essa tinha sido a rotina de muitos camponeses, nobres e o rei, enchendo sacolas e mais sacolas de folhas de árvores com cinzas e pedaços de madeiras carbonizadas, armazenando tudo em silos para caso precisasse de algo. Sírius estava à frente de um silo do seu reino, com sua roupa suja d
Os dias se passavam lentamente. Com as muralhas reforçadas, Kuattin liderava a segurança do reino Snake, Daniel e Jason eram responsáveis pela rota de mercado entre o reino Snake e Leonilo. Lia administrava a compra e a venda de matéria-prima e de bens dos camponeses, além de cuidar da importação e da exportação entre os reinos. O rei Sírius estava sobre seu trono, sentado tradicionalmente com suas pernas cruzadas, sua cobra Pi entrelaçada em seu pescoço e a folha amarelada sobre sua perna direita. Enquanto isso, observava os nobres à sua frente, conversando entre si e discutindo o futuro do reino. – A floresta está crescendo rapidamente, rei Sírius. – Falava um nobre, sorridente. – Nosso mercado está desenvolvendo, estamos voltando a crescer. – Comentava outro homem. – Fico feliz. – Comentava Sírius, sorridente. – Ó, meu rei. Com todo esse crescimento do reino Snake, acho que todas as nossas famílias merecem mais
– Essas paredes são feitas de espinhos. – Falava Sírius tocando cautelosamente a ponta de seus dedos nas finas pontas de espinhos. – Cuidado, Sírius. Esses espinhos expelem veneno. Psixim! – Sussurrava Pi suspirando. O rei Snake parava de tocar nos espinhos e caminhava para frente, adentrando entre eles. Com passos cautelosos e lentos, Sírius caminhava pelo corredor de espinhos, com o pequeno pedaço de sua espada que lhe sobrava em suas mãos firmes, atento a todos os ruídos a sua volta. Nesse momento, uma grande gargalhada infantil ecoava pelos corredores, levantando os cabelos de Sírius, que ficava assustado com os risos. – Que diabos é isso? – Sussurrava Sírius com sua voz trêmula. Pi não respondia, apenas alisava a bochecha do seu amigo, como se estivesse protegendo de algo tenebroso. Os dois estavam atentos, com o calor da luz que brilhava sobre suas cabeças e o medo de tocar em algum espinho a
Os dias passavam suavemente, o reino Snake crescia aos poucos com o mercado aberto para comercialização com o reino Leonilo, a produção interna dos camponeses e os benefícios que a floresta das cobras entregava para o povo. Todos os dias, o rei Snake se encontrava com os nobres no salão do trono e discutia novas formas para o crescimento do seu reino. Uma vez por semana, consultava o general Kuattin e analisava os mapas de riscos de um possível ataque surpresa e uma vez por mês se encontrava com Lia, para consultar o saldo de produção e gastos do reino. Poucas vezes se deparava com Daniel e Jason, que faziam as rotas mercatórias até os Leonilos, e em todas as viagens, não tiveram nenhum contratempo com o império da Águia Vermelha. Ao passar dos dias e semanas, Sírius começava a entender como funcionava a joia da criança e observava ser um artefato bastante útil para sua jornada. Sírius se encontrava
– Minha filha, minha amada filha. – Falava o imperador Lucius, enrolando seus dedos nos cabelos loiros e encaracolados de sua filha. O castelo do imperador estava com o clima sombrio, com nuvens carregadas, escurecendo o céu, fazendo o dia virar noite. Guardas do imperador corriam por todo o reino da Águia Vermelha, alguns puxando carroças de animais e escravos, outros cobrando impostos, enquanto uns circulavam o castelo, protegendo-o. As pessoas do império não estavam felizes, o mercado estava se restringindo diminuindo a economia do reino, algumas pessoas morriam sem motivos pelo imperador e qualquer um era caso para prisão de Bacu. – Tun! Tun! – Ecoavam passos de um soldado por todo o corredor do castelo. – Pow! – Ressoava o som da porta do salão do trono sendo escancarada por um soldado, com sua armadura desgastada, a face completamente ferida e seus cabelos sujos. Lucius beijava