As estrelas do céu escuro e noturno brilhavam como pequenos vagalumes a milhões de quilômetros de distância; as gramíneas do chão estavam bastante ressecadas como sempre e alguns zumbidos de monstros próximos dos soldados Snake eram ouvidos.
Sírius estava na dianteira do exército, sendo acompanhado por Carmel e por Daniel, na completa escuridão das planícies, tendo a única iluminação as cabeças de fogo de seus cavalos carregados de malas em suas celas e tendo como companhia, também, o zumbido constante dos cascos ecoando constantemente.
– O que é aquilo? – Perguntava Sírius, enquanto levantava sua sobrancelha e apontava para frente.
– Não consigo enxergar muito bem, Sírius. – Respondia Daniel, apertando seus olhos amarelados.
– Parecem que são corpos secos, Sírius. – Respondia Carmel, aproximando seu cavalo do rei Snake.
– É melhor contornamos, então. – Falou Sírius, pensativo, tentando observar as feras.
O rei Snake com seus três mil soldados, galopavam freneticamente durante longos quilômetros em direção ao noroeste, por muitas horas. Entretanto, os cavalos de fogo começavam a reclamar, bufando labaredas de seus narizes e pulavam na tentativa de derrubar seus Cavaleiros. Dip continuava a galopar com Sírius, o cavalo não bufava pelas suas narinas de fogo e nem tentava o derrubar, era uma criatura resistente e forte, mas Sírius não se importava com isso no momento, sua mente estava sendo bombardeada de lembranças, da sua infância, das caçadas na floresta das cobras, das lembranças da cobra Pi e delas charmosas e agradáveis flores de Florinda. – O que eles fizeram com minha casa? – Sussurrava Sírius para si mesmo. – Sírius, veja! – Gritava Carmel galopando ao seu lado. As gramíneas estavam mais verdes, uma pequena floresta surgia distante à frente de Sírius, com suas árvores altas, de muitas folhas e
Sírius reunia todo seu exército e se juntava ao pelotão de Kuattin.– Fique de olho nele. – Falava Sírius a Jason.Jason sorria e encarava Kuattin a alguns metros à sua frente, falando com Carmel.Sírius caminhava em direção aos dois e, ao chegar, apalpava os ombros de Carmel e os apertava.– Tenho um plano de invasão para o reino Snake. – Comentava Kuattin, com suas bochechas avermelhadas e encarando Sírius.– Também tenho, mas me diga o que você tem em mente. – Comentava Sírius, cruzando seus braços.Após alguns minutos de conversar com Kuattin, Sírius concordava com a cabeça e dava um leve sorriso, concordando com os argumentos.– Então, daqui a alguns minutos, essa Lia irá pegar algumas flor
Quando as portas se abriram, Kuattin e Daniel partiram na liderança do exército Snake, com seus escudos, espadas e arcos à prontidão, com muitas cobras aos seus pés se rastejando. Lentamente, um grupo de soldados do imperador, que gritavam algumas palavras indescritíveis como forma de sinal de alerta, surgia à frente dos Snakes. – Muralha de escudos, homens! – Berrava Kuattin, puxando Daniel e se jogando no amontoado dos seus soldados. Os homens das extremidades urravam e pressionavam seus escudos à frente do seu peito. Os do meio do amontoado levantavam seus escudos, e os arqueiros ficavam atrás dos escudos das extremidades. O exército tomava um formato de tartaruga, com uma grande casca de escudos metálicos. – Se segurem! – Berrava Daniel, apertando-se entre seus soldados. – Pum! Pum! – Ecoava o impacto de diversas flechas atingindo os escudos. Após o impacto, Daniel estava
Após muitos dias, o rei Sírius se encontrava em seu palácio, sentado em seu trono com suas pernas cruzadas. Pi estava enrolada em seu pescoço, lambendo seus dedos carinhosamente. Enquanto isso, ele observava os nobres à sua frente, sentados, discutindo as futuras tarefas do reino. – Temos que queimar os corpos dos soldados da Águia Vermelha. – Falava um nobre, apontando o dedo a Sírius. – Nossa prioridade é aumentar o comércio do nosso reino. – Comentava outro, apontando para seu colega. – Precisamos abrir o comércio com o reino Leonilo e Repitale, são os reinos mais fortes, bem comoos únicos que estão libertos há muito tempo do imperador. – Comentava um terceiro homem se levantando de sua poltrona à frente da mesa. Sírius bufava com seus lábios, em sinal de desgosto. Rapidamente, pulava de seu trono com um salto segurando Pi, que permanecia fortemente ao seu pescoço. – Em falar em Repitale, p
Sírius continuava apoiado em sua espada, perdido em seus pensamentos por longos minutos. Suas lágrimas escorriam nas ranhuras e nos desenhos de sua espada, enquanto sua cobra apenas o abraçava carinhosamente. Aos poucos, ele ficava sonolento, com seus olhos fechados e pensativos, e então adormecia, com sua testa encostada sobre suas mãos, que agarravam a espada de prata metálica. ******* – Por que chora, meu amado Sírius? – Falava Grazi à frente de Sírius. Sírius levantava sua cabeça lentamente e uma imensa marca avermelhada em sua testa surgia. Devido à posição sobre sua mão, seus olhos lacrimosos e seu nariz irritado, estava ele, tristemente, com seus lábios trêmulos cobertos de suas lágrimas. – Eu só quero ser um bom rei como meu pai… – Falava Sírius tristemente. – Mas também quero vingá-lo! – Completava o rei Snake, apertando sua espada. – Sírius, S
Após longas horas, o dia amanhecia. O tempo estava nublado, frio e com neblinas por toda a parte. Muitos soldados do reino Snake estavam em período de troca de turno, entre as muralhas e as rodas feitas pelo reino, alguns camponeses se levantavam e ajeitavam suas mercadorias para venda, outros ajeitavam suas plantações e poucos continuavam dormindo. Por mais cedo que estivesse, Sírius permanecia em pé na varanda do seu palácio, apoiando seus braços sobre os muros dela, observando o começo da movimentação nas ruas. – Daqui a sessenta luas, espero que consiga estar com o meu plano totalmente completo. – Sussurrava Sírius para si mesmo. – Bom dia, Sírius. Psixim. – Falava Pi, aproximando-se de Sírius. O rei Snake permanecia calado, observando o horizonte, com os camponeses despertando e começando a trabalhar. Entretanto, Pi se arrastava no chão até chegar na perna direita de Sírius, subia no corpo dele
Soldados Snake corriam em direção às muralhas, com grandes estacas de madeiras em suas costas. A grande maioria dos soldados prevalecia reforçando a segurança do reino, batendo martelo, amarrando cordas e fazendo pontas de segurança com armadilhas por toda a muralha do reino. Enquanto ocorria toda a movimentação do exército, o rei Sírius estava nos hectares destruídos da floresta das cobras, com uma leve roupa de seda verde, limpando o chão de cinzas com uma enxada de madeira, ao redor de muitos camponeses que faziam o mesmo, cavando, retirando toda a cinza e colocando em grandes sacolas feitas de folhas de árvores. Por muitos dias, essa tinha sido a rotina de muitos camponeses, nobres e o rei, enchendo sacolas e mais sacolas de folhas de árvores com cinzas e pedaços de madeiras carbonizadas, armazenando tudo em silos para caso precisasse de algo. Sírius estava à frente de um silo do seu reino, com sua roupa suja d
Os dias se passavam lentamente. Com as muralhas reforçadas, Kuattin liderava a segurança do reino Snake, Daniel e Jason eram responsáveis pela rota de mercado entre o reino Snake e Leonilo. Lia administrava a compra e a venda de matéria-prima e de bens dos camponeses, além de cuidar da importação e da exportação entre os reinos. O rei Sírius estava sobre seu trono, sentado tradicionalmente com suas pernas cruzadas, sua cobra Pi entrelaçada em seu pescoço e a folha amarelada sobre sua perna direita. Enquanto isso, observava os nobres à sua frente, conversando entre si e discutindo o futuro do reino. – A floresta está crescendo rapidamente, rei Sírius. – Falava um nobre, sorridente. – Nosso mercado está desenvolvendo, estamos voltando a crescer. – Comentava outro homem. – Fico feliz. – Comentava Sírius, sorridente. – Ó, meu rei. Com todo esse crescimento do reino Snake, acho que todas as nossas famílias merecem mais