O reino Leonilo estava em caos, civis corriam para as ruas mais próximas das muralhas em busca de se refugiarem entre casas antigas, fogo surgia por todas as direções, corpos queimavam, eram ouvidos gritos dos soldados Leonilos e de rivais, paralelamente à areia ensopada de sangue.
O palácio do reino estava sendo atingido por flechas em chamas, alguns soldados lutavam na frente, mas um pelotão inimigo esmurrava a porta principal do palácio com grandes toras de madeira.
– Ahhhh! Pufff! – Ecoava o som dos soldados enquanto tentavam arrombar a porta.
No palácio, soldados Leonilos estavam de pé à frente da porta que estava sendo esmurrada, todos prontos para o ataque, com suas armaduras de prata reluzente e com suas espadas, acompanhados com escudos de leão.
– Homens! Preparar... – Gritava o rei Masalm, enquanto colocava seu capacete cônico.
Nina estava ao lado do seu pai, ambos com armad
A ponta metálica da flecha penetrava a coxa direita de Sírius, que rugia de dor como um monstro. Sua mão latejava, totalmente esfolada e ensanguentada, o sangue dos seus inimigos escorria por todo o seu rosto, seus olhos continuavam com o verde-esmeralda, brilhante e assustador, como uma fera, enquanto seu coração batia freneticamente, retirando seu ar. Os soldados Leonilos e da Águia Vermelha se mantinham paralisados, calados e assustados com os gritos de dor do rei Snake. Os dois lados seguravam seus escudos e apontavam suas espadas para o outro, entretanto nenhum dos dois exércitos movia um dedo. – Ahhhhh! – Esbravejava Sírius, enquanto com sua mão esfolada pegava no cabo da flecha e puxava rapidamente. – Eu irei matar cada um de vocês! – Gritava mais alto o rei Snake, enquanto jorrava sangue de sua coxa, com sua face coberta pelo líquido pastoso. – Vocês não sabem quem eu sou??? Eu sou o rei Sírius Snake! E todos você
Após a guerra contra a invasão da Águia Vermelha, os dias do reino Leonilo se passavam em período de reconstrução, com a determinação, com a inteligência e com a magia do próprio povo e dos soldados que erguiam novamente o seu reino. Os soldados enfeitiçavam as muralhas para mais segurança ao povo, alimentavam a vitória e galopavam por todo o reino procurando algum soldado do imperador. O povo reconstruía suas casas, alguns choravam pelos seus entes queridos mortos e outros carregavam os corpos dos soldados inimigos e amontoavam-os em carroças de madeiras. O palácio do reino começava a ser reconstruído por alguns nobres, com feitiços e com muito esforço. O rei Masalm estava com suas mãos sujas do pó branco das pedras que ele enfeitiçava e cortadas por causa da sua espada que rasgou a parede do seu palácio, sua testa totalmente suada e seus olhos cansados. A princesa Nina, com seus ca
As estrelas do céu escuro e noturno brilhavam como pequenos vagalumes a milhões de quilômetros de distância; as gramíneas do chão estavam bastante ressecadas como sempre e alguns zumbidos de monstros próximos dos soldados Snake eram ouvidos. Sírius estava na dianteira do exército, sendo acompanhado por Carmel e por Daniel, na completa escuridão das planícies, tendo a única iluminação as cabeças de fogo de seus cavalos carregados de malas em suas celas e tendo como companhia, também, o zumbido constante dos cascos ecoando constantemente. – O que é aquilo? – Perguntava Sírius, enquanto levantava sua sobrancelha e apontava para frente. – Não consigo enxergar muito bem, Sírius. – Respondia Daniel, apertando seus olhos amarelados. – Parecem que são corpos secos, Sírius. – Respondia Carmel, aproximando seu cavalo do rei Snake. – É melhor contornamos, então. – Falou Sírius, pensativo, tentando observar as feras.
O rei Snake com seus três mil soldados, galopavam freneticamente durante longos quilômetros em direção ao noroeste, por muitas horas. Entretanto, os cavalos de fogo começavam a reclamar, bufando labaredas de seus narizes e pulavam na tentativa de derrubar seus Cavaleiros. Dip continuava a galopar com Sírius, o cavalo não bufava pelas suas narinas de fogo e nem tentava o derrubar, era uma criatura resistente e forte, mas Sírius não se importava com isso no momento, sua mente estava sendo bombardeada de lembranças, da sua infância, das caçadas na floresta das cobras, das lembranças da cobra Pi e delas charmosas e agradáveis flores de Florinda. – O que eles fizeram com minha casa? – Sussurrava Sírius para si mesmo. – Sírius, veja! – Gritava Carmel galopando ao seu lado. As gramíneas estavam mais verdes, uma pequena floresta surgia distante à frente de Sírius, com suas árvores altas, de muitas folhas e
Sírius reunia todo seu exército e se juntava ao pelotão de Kuattin.– Fique de olho nele. – Falava Sírius a Jason.Jason sorria e encarava Kuattin a alguns metros à sua frente, falando com Carmel.Sírius caminhava em direção aos dois e, ao chegar, apalpava os ombros de Carmel e os apertava.– Tenho um plano de invasão para o reino Snake. – Comentava Kuattin, com suas bochechas avermelhadas e encarando Sírius.– Também tenho, mas me diga o que você tem em mente. – Comentava Sírius, cruzando seus braços.Após alguns minutos de conversar com Kuattin, Sírius concordava com a cabeça e dava um leve sorriso, concordando com os argumentos.– Então, daqui a alguns minutos, essa Lia irá pegar algumas flor
Quando as portas se abriram, Kuattin e Daniel partiram na liderança do exército Snake, com seus escudos, espadas e arcos à prontidão, com muitas cobras aos seus pés se rastejando. Lentamente, um grupo de soldados do imperador, que gritavam algumas palavras indescritíveis como forma de sinal de alerta, surgia à frente dos Snakes. – Muralha de escudos, homens! – Berrava Kuattin, puxando Daniel e se jogando no amontoado dos seus soldados. Os homens das extremidades urravam e pressionavam seus escudos à frente do seu peito. Os do meio do amontoado levantavam seus escudos, e os arqueiros ficavam atrás dos escudos das extremidades. O exército tomava um formato de tartaruga, com uma grande casca de escudos metálicos. – Se segurem! – Berrava Daniel, apertando-se entre seus soldados. – Pum! Pum! – Ecoava o impacto de diversas flechas atingindo os escudos. Após o impacto, Daniel estava
Após muitos dias, o rei Sírius se encontrava em seu palácio, sentado em seu trono com suas pernas cruzadas. Pi estava enrolada em seu pescoço, lambendo seus dedos carinhosamente. Enquanto isso, ele observava os nobres à sua frente, sentados, discutindo as futuras tarefas do reino. – Temos que queimar os corpos dos soldados da Águia Vermelha. – Falava um nobre, apontando o dedo a Sírius. – Nossa prioridade é aumentar o comércio do nosso reino. – Comentava outro, apontando para seu colega. – Precisamos abrir o comércio com o reino Leonilo e Repitale, são os reinos mais fortes, bem comoos únicos que estão libertos há muito tempo do imperador. – Comentava um terceiro homem se levantando de sua poltrona à frente da mesa. Sírius bufava com seus lábios, em sinal de desgosto. Rapidamente, pulava de seu trono com um salto segurando Pi, que permanecia fortemente ao seu pescoço. – Em falar em Repitale, p
Sírius continuava apoiado em sua espada, perdido em seus pensamentos por longos minutos. Suas lágrimas escorriam nas ranhuras e nos desenhos de sua espada, enquanto sua cobra apenas o abraçava carinhosamente. Aos poucos, ele ficava sonolento, com seus olhos fechados e pensativos, e então adormecia, com sua testa encostada sobre suas mãos, que agarravam a espada de prata metálica. ******* – Por que chora, meu amado Sírius? – Falava Grazi à frente de Sírius. Sírius levantava sua cabeça lentamente e uma imensa marca avermelhada em sua testa surgia. Devido à posição sobre sua mão, seus olhos lacrimosos e seu nariz irritado, estava ele, tristemente, com seus lábios trêmulos cobertos de suas lágrimas. – Eu só quero ser um bom rei como meu pai… – Falava Sírius tristemente. – Mas também quero vingá-lo! – Completava o rei Snake, apertando sua espada. – Sírius, S