Owen Santa Cruz " Em um determinado tempo, tudo que é envolvido pela escuridão.. acaba reluzindo e brilhando"Uma mulher não pode ser rara em tudo. É mau e impossibilita outras mulheres de terem uma chance no coração de um homem. Ela tem uma cor de pele que... uau, é uma joia; cabelos negros como a noite mais escura; um corpo incrível, digno de uma deusa. Agora, até o sangue tinha que ser raro? A sério, isso não está bem escrito. Deus não pode ter feito algo tão raro assim... ou pode? Acho que, quando Ele a criou, estava tão bem-disposto que ela saiu como saiu.Tal como é uma joia, também é uma rosa: encanta-te e fere-te quando quer.— Então... — Lara sorriu, e fiquei com um certo receio. Lara é tão instável quanto Sam e Arlissa juntas. — Tu e a minha filha, hã?— Hã? Eu só vim acompanhá-la. — Lara riu.— Está bem, acompanhá-la, sei. — Saiu a rir, deixando-me sozinho.Andei pela sala de estar e parei em frente a uma linda parede cheia de fotos, tornando o espaço iluminado e muito bon
Arlissa "Nos dias mais negros, em que o sol esconde-se nas nuvens.. ainda é possível ver uma fração de luz"Anos atrásO ar explodia nos meus pulmões, e os galhos rasgavam a minha pele como se fossem nada. O meu corpo doía por completo e estava prestes a ceder, até me lembrar do motivo pelo qual corria.— Vem cá, criança estúpida! — gritou ele, aumentando ainda mais a velocidade.O medo de que ele me agarrasse era o que me dava adrenalina para correr mais rápido. Não me importei com o frio nem com o facto de estar quase sem roupas; eu só queria fugir dele.— Pára, ou faço algo muito pior ao teu irmão gémeo! — Parei abruptamente e caí de joelhos.O meu irmão? Não, ele não. O monstro odeia-nos aos dois, mas castiga-me apenas a mim, e é assim que deve ser. Nunca ninguém tocará no meu irmão. Nunca.Presente Eu não me sentia mal ou fraca por chorar na frente dele, porque, ao contrário dos outros, não via pena, julgamento ou qualquer outra coisa negativa nele. Ele deu-me força para sair
Arlissa " É estranho, mas as vezes o estranho é bom."Apesar de estar concentrada no meu café, sei muito bem que tenho a atenção de todos os membros da minha família. Para eles, ver-me tomar café a esta hora é surpreendente, já que nunca tomo café aos fins de semana, sobretudo se acordo bem-disposta, como hoje.— Algum problema? — perguntei, pegando um pouco de pão com queijo para comer.— Tu estás a beber café? — revirei os olhos e bebi o meu café, que estava uma delícia. Afinal, a minha mãe faz um ótimo café.— Uau, mamãe, este café está incrível!— Está sempre. Tu é que nunca provaste — respondeu dona Lara, emburrada. Ri com a sua resposta.— É, mas agora vou provar sempre. Está uma delícia!Comi metade das coisas que estavam sobre a mesa e levantei-me. Peguei as chaves do carro e saí de casa. Hoje tirei o dia para mim. Precisava conectar-me comigo mesma, fazer coisas de que gosto e sentir-me eu, apenas eu.Peguei o carro — que preciso devolver ao Santa Cruz, já que tenho a minha
ArlissaElionor fuzilou-me com o olhar, e eu sorri. Se ela acha que sou daquelas pessoas que a temem, está muito enganada.Como o ambiente ficou pesado e fúnebre, decidi levantar-me para circular por aí. Peguei outra taça de vinho e comecei a interagir com algumas pessoas, maioritariamente mulheres.— Sua vagabunda. — O meu sangue ferveu ao sentir o braço de Elionor apertar-me e a sua voz venenosa no meu ouvido. — Eu vou destruir-te. Não restará nada de ti, sua negra vagabunda. — Soltei-me com tanta violência que quase derramei vinho no meu vestido.— Cuidado, Elionor. Eu não sou uma pobre negra que se acha inferior ou que não tem autoestima suficiente. — Resmunguei com raiva, usando o mesmo tom venenoso. — Tu não me conheces bem. Sou uma verdadeira cobra em pele de cordeiro e posso destruir-te, se assim o quiser. — Rosnei, e ela recuou por alguns segundos. Hesitou, e vi uma centelha de medo nos seus olhos, que tratou de esconder rapidamente.— Tu não és ninguém. Afasta-te do meu filh
Arlissa " Quando tudo parece certo e alinhado, é quando fica mais bagunçado"Puxou o meu corpo para ele e colou os nossos lábios, beijando-me com desejo e maestria, mordendo e puxando, instigando a minha intimidade a ficar húmida e muito desejosa por mais daquele corpo, daquelas mãos e daquela boca. Desejosa de tê-lo comigo, para mim e mais ninguém. Só meu.Puxei os seus cabelos com força, e ele beijou-me e mordeu-me com ainda mais intensidade, gerando uma onda de prazer imensa pelo meu corpo. Jesus, se só beijando ele é assim, imagina...Afasto esses pensamentos e acelero o ritmo da minha corrida até sentir os meus pulmões implorarem por ar, mas nem dou essa chance. Maldito Santa Cruz, maldito desejo, maldito amor ou seja lá o que for.Malditos sentimentos que me fazem acordar húmida nestas manhãs. Substituindo os pesadelos por sonhos que me fazem acordar húmida. Sonhos que não me deixam em paz e me obrigam a pensar no maldito Santa Cruz o tempo todo.Principalmente porque, nestes d
Arlissa"In the darkness we were waitingWithout hope, without lightTill from heaven You came running"Soltei a minha voz, e Samir olhou-me embasbacado. Eu raramente cantava, porque isso fazia-me lembrar muito a Sasha. Era uma das coisas que fazíamos juntas e que nos conectava para além da compreensão.Essa era a música que ela cantava para mim e para o Aiden quando nos colocava para dormir. Ela sempre dizia que tinha muito a agradecer a Deus, que Ele fez por ela algo que nunca iria esquecer.Eu nunca soube o quê, mas a Sasha falava disso com muito amor e orgulho. Então, sempre que ela cantava para nós, era como ouvir os anjos cantando." Praise the FatherPraise the SonPraise the Spirit, three in oneGod of gloryMajesty"Senti-me imensamente bem ao cantar e lembrar da Sasha. Foi libertador cantar enquanto o sol banhava o Hudson e se despedia de nós, prometendo voltar amanhã e iluminar-nos de n
Owen Santa CruzSentei-me com os gémeos, e os dois apertaram-me ainda mais.— É como se diz na tua língua... — Ele pensou por um instante e estalou os dedos. — Ah, sim, é impressionante ver como fica um homem longe do seu amor.Olhei para ele, surpreso, e ele riu.— Sou príncipe e, daqui a um ano, serei rei. Sou espetacular a observar as feições de cada pessoa.— Tu não gostas dela?— Gosto, mas não como tu. Arlissa é muito intensa para mim.Sorri com isso. A Rainha do Gelo não era para qualquer um.— Ela é uma mulher incrível e um ser humano com um coração de ouro. — O tom dele mudou, e ele encarou-me com seriedade. — Então, não sejas um idiota ao ponto de magoá-la ou perdê-la.O telemóvel dele tocou, e ele levantou-se para atender. Quem diria que eu receberia conselhos do homem que planeei matar vezes sem conta? A vida é complicada e curiosa, às vezes.— Está bem, obrigado. — Ele voltou e guardou o telemóvel. — Eles estão bem. Estavam juntos, não sei onde, mas estavam, e agora estão
Arlissa — Puta que pariu! — Caí da cama depois de ter água jogada no meu rosto e corpo todo, ficando encharcada da cabeça aos pés. — Enlouqueceste! — gritei, e a bruxa riu. Mesmo sem abrir os olhos, tenho total certeza de que foi a Sam que me acordou assim.— Irresponsáveis! — ela gritou.Abri os olhos, levantei-me do chão e verifiquei onde estou.— Ô. — Dormimos na minha sala de jogos, e todos fomos acordados com água, até os gémeos. — Eu posso explicar.— Começa.— A culpa é do Santa Cruz.— O quê? — Owen gritou e pôs-se à minha frente. — Tu é que disseste para a gente jogar, não eu.— Tu convidaste-te, eu não te chamei. — Gritei de volta, e ele ficou vermelho de raiva. — Devias ser responsável e mandar eles irem dormir, em vez de ficares viciado no jogo. — Acusei, e ele olhou-me de boca aberta.— Sua...— Chega, os dois! A culpa é dos dois. — Sam fuzilou-nos com o olhar, e encolhemo-nos.— Não volta a acontecer.— Acho bom. — Pegou nos gémeos e levou-os para o banho.— Vai vol