Olá, querido(a) leitor(a)! Sinta-se à vontade para deixar sua opinião e sugestões, elas serão levadas em consideração e me incentivam a continuar^^
– E então, o que eu faço? Perguntei ofegante, não conseguindo esconder a preocupação. – A proposta é tentadora, mas tem muita coisa em jogo. – Colocando em prós e contras, sim, há muito retorno prejudicial… – Carlota respondeu, um pouco menos ofegante. – Em contrapartida, os acionistas tradicionais ficariam bem satisfeitos, Gisela talvez até te deixe em paz, então seria útil para ambos, mas, a questão é: você confia nele? Fiz uma pausa, apoiando as mãos nos joelhos, não conseguia mais correr. Eu mesma havia sugerido aquela pequena maratona, mas percebi na primeira volta que estava sedentária demais para acomphná-la. – Trocamos alguns segredos, e eu chequei: se essa história se espalhar, ele vai se prejudicar porque a família tem um histórico de preconceito… – Expliquei enquanto abria minha garrafinha d'água. – Eu mesma vou preparar os documentos do acordo! Ela exclamou prontamente, esboçando sua melhor expressão de advogada séria. De repente, notei algo que não havia visto a
– Precisamos de uma autópsia! Carlota exclamou enquanto lia os documentos do caso de Ilana, soltou um suspiro e então, ergueu os olhos para mim. – E preciso da autorização da família dela para reabrir o caso. Conheço uma promotora que pode nos ajudar. – Nem sei como te agradecer… – Murmurei, percebendo que estava ocupando seu, já curto, tempo livre. – Não se preocupe com isso… – Ela retrucou, e esboçou um sorriso de canto. – Posso exercer o direito há anos, mas sempre estive muito focada na administração da empresa dos meus pais, então nunca consegui trabalhar em um caso, é bom para mim também. Concordei, balançando a cabeça positivamente, e como permaneci em silêncio, ela continuou: – Ótimo, mas agora, creio que você precisa ter uma conversa com sua irmã desajustada… – Resmungou, aparentemente, muito incomodada com essa parte, caminhou em direção ao seu carro e antes de entrar, ainda me encarou uma última vez. – Desculpe, não posso te ajudar com isso. Acenei positivamente de no
O gosto da vingança adocicou a minha boca, porém, não o suficiente para me proporcionar uma boa noite de sono. A situação com Madson, meu reencontro com Wolfgang e ainda relembrar o que aconteceu com Ilana foi demais para a minha mente já cansada. No fim, depois de muito revirar na cama, o dia amanheceu e fui trabalhar com olhos marcados por fortes olheiras. Mal cheguei ao escritório e já havia uma pilha de documentos me esperando sobre a mesa. Sentei diante deles, munida de uma grande caneca de café puro (é verdade, adulto vive de café, cachaça e ódio!), aquelas letras miúdas e frases rebuscadas em conjunto à minha visão embaçada eram o suficiente para convidar minha enxaqueca a dar seu ar da graça. Enquanto pensava comigo mesma que não era possível piorar, minha secretária interfonou, avisando que havia um homem me esperando na recepção. Pedi que ela o deixasse entrar no meu escritório, mas estranhamente, ele não aceitou, me obrigando a ir encontrá-lo.O homem que se apresentou com
Eu estava furiosa, queria destruir todos eles. Isso, em conjunto ao sentimento de objetificação, foi o que me levou a negar as propostas, tanto do meu ex-sogro, quanto de Richard. Pode ser estúpido e infantil, mas comecei minha vingança ligando para Axel e, sem modos algum, recusando seu plano. Ele ficou em silêncio por muito tempo do outro lado da linha, o suficiente para me causar uma satisfação enorme pois, me fez ter certeza de que havia frustrado e muito seu coração arrogante que, com toda certeza, nunca havia recebido um não. Fui sincera com Richard, e expliquei meus motivos, justificando também que isso não seria uma solução para seu “problema” a longo prazo, mas inteirei que poderia posar de namorada de vez em quando, e ele pareceu bem satisfeito. Tão satisfeito que quase imediatamente me convidou para um pequeno evento que ocorreria com seus antigos colegas de faculdade. Caminhamos pelo salão, conversando entre sussurros sobre quem eram aquelas pessoas, que por sinal tinh
Quando nossos olhos se encontraram, Wolfgang parou de tentar me ligar, e continuou me encarando, esperando por uma resposta e parecia ansioso. Na verdade, me fez lembrar da expressão que vi em seu rosto no dia em que descobriu que nossa empresa havia entrado em falência, era um semblante desolado. – Primeiro entre, você está todo molhado… – Pedi soltando um suspiro, estava cansada de tantos acontecimentos numa única noite. O puxei para dentro de casa, trancando a porta às suas costas. Lhe entreguei uma toalha, para que secasse ao menos os cabelos, e então, sentei no sofá com as duas mãos na cabeça, pensando no que faria com ele naquela situação. – Você realmente está namorando Richard Fox? Ele questionou repentino. – Que? Perguntei surpresa e ergui o rosto para encará-lo. – Os tablóides não param de falar sobre isso… – Wolfgang explicou, sua voz soando quase inaudível, como se não quisesse pronunciar aquelas palavras. Pisquei algumas vezes, tentando entender o que estava acontec
Ellie Foi Vivian quem me acordou naquela manhã, como normalmente acontece. Perguntei pela minha mamãe e ela esboçou um sorriso que não entendi. Quis perguntar o que estava acontecendo, mas achei melhor descobrir por mim mesmo. Soltei a mão dela, e sai correndo em direção ao quarto da mamãe. Ainda ouvi Vivian me chamando enquanto empurrava a porta pesada, mas parei no lugar, confuso. Quem estava na cama da minha mãe era a tia Madson. – Cadê a minha mamãe? Perguntei, olhando minha babá por cima do ombro. – Não está aqui? Ela perguntou quando me alcançou, mas não parecia estar falando comigo. Continuei caminhando pelo corredor, então lembrei do quarto de hóspedes, e me perguntei se ela estaria lá. Vivian continuava me chamando, mas não me importei pois, havia finalmente encontrado a porta do quarto de hóspedes. Puxei a maçaneta, precisando ficar na ponta dos pés para isso e então, vi mais uma coisa estranha. Era o meu papai, dormindo que nem uma pedra. Caminhei até lá, subi na cama
Christine (Algumas horas antes) – Então, sobre ontem… – Wolfgang começou a dizer, seu semblante um tanto desconcertado enquanto coçava a nuca, e seus olhos fugindo aos meus. – Você se lembra do que me disse? Questionei, cortando-o de leve. – De cada palavra! Ele respondeu, agora me encarando. – O que pretende fazer agora? – Preciso de um tempo para processar isso… – Eu disse, sendo sincera. Wolfgang ainda parecia inclinado a falar sobre o assunto, mas não o fez, por causa de uma ligação repentina que o obrigou a se afastar, pedindo licença para atendê-la, e depois de alguns minutos, franzindo as sobrancelhas enquanto falava com alguém na varanda, retornou com um semblante preocupado, dizendo que precisava voltar pois, algo havia acontecido na empresa. Despediu-se do filho, beijando seus cabelos igualmente loiros e antes de sair pela porta de entrada, ainda me lançou um olhar cheio de significado. O encarei indo embora, sentindo um gosto amargo na boca. Meu lado emocional gri
Atenção!! Os capítulos a seguir fazem mensão gráfica a violência, sequestro e desespero, prossiga com cuidado. Christine Meu desespero não podia ser colocado em palavras. Assim que a ligação foi encerrada, ainda fiquei alguns segundos em silêncio, estática, meu cerebro parecia ter parado, e como uma ferida profunda que demora alguns segundos para começar a sangrar, a ficha finalmente caiu e entrei em pânico. – O que aconteceu? Júlia questionou tentando me segurar. – Christine, me conta, o que está acontecendo? – Solta meu braço! Gritei de volta, a empurrando para longe. – Alguém levou o Ellie, oh meu Deus! Foi nesse momento que comecei a chorar copiosamente, estava em desespero, a dor em meu peito era tão forte que parecia ter recebido uma facada, era real e agonizante. Chorei tanto que duvido que Wolfgang tenha entendido o que eu estava falando quando liguei para ele. – Você disse que o buscaria… – Murmurei aos fungando. – Eles o levaram, Wolfgang! A essa altura, minhas pernas