Olá querido(a) leitor(a)! O que estão achando? Ansiosos?
Atenção!! Os capítulos a seguir fazem mensão gráfica a violência, sequestro e desespero, prossiga com cuidado. Christine Meu desespero não podia ser colocado em palavras. Assim que a ligação foi encerrada, ainda fiquei alguns segundos em silêncio, estática, meu cerebro parecia ter parado, e como uma ferida profunda que demora alguns segundos para começar a sangrar, a ficha finalmente caiu e entrei em pânico. – O que aconteceu? Júlia questionou tentando me segurar. – Christine, me conta, o que está acontecendo? – Solta meu braço! Gritei de volta, a empurrando para longe. – Alguém levou o Ellie, oh meu Deus! Foi nesse momento que comecei a chorar copiosamente, estava em desespero, a dor em meu peito era tão forte que parecia ter recebido uma facada, era real e agonizante. Chorei tanto que duvido que Wolfgang tenha entendido o que eu estava falando quando liguei para ele. – Você disse que o buscaria… – Murmurei aos fungando. – Eles o levaram, Wolfgang! A essa altura, minhas pernas
Wolfgang Ouvi o grito de Christine e meu sangue gelou. Eu já estava dentro do carro, então, sem avisar, dirigi rapidamente em direção a L&W Corporation. Entrei no escritório de Axel num tranco, arrastando os dois seguranças que tentavam me parar, mas quando cheguei em frente à porta, encarei cada um deles, deixando bem claro que, se não me soltasse, alguém sairia com dentes a menos, foi quando enfim, consegui seguir em frente. Irrompi pelas portas de vidro, e encontrei Axel flertando com sua secretária, senti meu rosto se contorcendo numa careta de nojo, pois, ele nem sequer se importou com a minha presença, sem contar que ainda mantinha o mau-hábito de ser infiel. Foi quando a minha paciência foi para o inferno e simplesmente chutei uma cadeira ao lado, causando um estrondo. Ao ver isso, a mulher saiu da sala toda desconfiada e tentando arrumar suas roupas amassadas. – Onde está a porr* daquele seu filho doente? Questionei entre dentes, tendo que me segurar muito para não agarrá-l
Atenção!! O capítulo a seguir pauta situações traumáticas que podem causar gatilhos como: cárcere, violência e morte, prossiga com cautela. Christine Acariciei os cabelos loirinhos de Ellie e tentei o acalmar, contendo seu corpinho trêmulo em meus braços, mesmo que instintivamente, sentisse que corríamos um grande perigo. Fui tirada dos meus devaneios quando ouvi a porta se abrindo, e um feixe de luz entrou no cômodo, causando um ardor em meus olhos. Quando enfim, me acostumei com a claridade, consegui identificar o que estava ao nosso redor, percebendo a silhueta de Joshua parado há alguns metros de nós. Depois de um tempo em silêncio, ele caminhou despreocupadamente em nossa direção, agachou-se à minha frente e segurou meu rosto com uma das mãos, me obrigando a olhar diretamente em seus olhos. – Olha só o ódio nesses olhos… – Disse casualmente, mas logo, abriu um sorriso, como se estivesse se divertindo. – Seja boazinha e siga o roteiro, sim? Eu teria cuspido em seu rosto se não
ATENÇÃO!! Este capítulo faz referência ao transtorno de estresse pós-traumático, por favor, se isto lhe engatilha algo ruim, prossiga com cuidado. Observei as ataduras que cobriam meus braços e soltei um suspiro enquanto vestia uma blusa de manga comprida, escondendo-os. As marcas e cicatrizes deixadas pelas queimaduras ainda me incomodavam muito, mas aos poucos estava tentando me acostumar, e acabava cobrindo-as para não engatilhar os traumas que Ellie ainda estava lidando. Desci a escadaria, ainda meio perdida em pensamentos, porém, fui tiradas dos meus devaneios quando notei Vivian saindo com Ellie, provavelmente se preparando para ir à escola. Meu peito se apertou e fiquei ansiosa, meus joelhos chegaram a perder as forças, ao ponto de precisar me segurar no corrimão para não cair. A verdade era que eu havia sido diagnosticada com transtorno de estresse pós-traumático, e estava me tratando com ajuda psicológica, juntamente a Ellie e Vivian. – Bom dia! Cumprimentei com um sorriso
– Gisela passou por cirurgia também, e está bem, só que foi presa… – Expliquei, procurando as palavras corretas pois, não tinha certeza do quanto o relacionamento deles havia amadurecido naquele meio tempo. – Joshua não foi encontrado, mas acredito que esteja vivo. – E Emil, está com os pais dela? Wolfgang, que até então apenas balançava a cabeça concordando, perguntou com um semblante preocupado. – Como ele está? – Não sei ao certo porque, mas ele está sob os cuidados de seus pais… – Respondi, um tanto sem graça pela falta de informações. – Tenho o visitado às vezes, ele parece estar se acostumando. Os olhos de Wolfgang dobraram de tamanho ao ouvir minhas palavras, e antes que eu pudesse impedir, ele já estava arrancando os acessos e levantando da cama, causando uma loucura de ‘bips’ nos equipamentos eletrônicos de monitoramento. O encarei confusa enquanto o via se vestir rapidamente, e quando percebi que ele realmente deixaria o quarto, me apressei para acompanhá-lo. Na recepção,
Dirigi por longos minutos, ainda incomodada com as palavras de Wolfgang, às vezes, o observava pelo canto do olho, imaginando que tipo de relação distorcida ele havia tido com o pai para estar tão desesperado, mas não tive coragem de enchê-lo de mais perguntas. Chegamos à mansão dos Ludwin com o tempo fechando, sinal de que uma forte chuva se aproximava. Wolfgang adentrou o local como um furacão, não houve cumprimentos ou mesmo uma mínima menção de respeito, ou explicação sobre o fim de seu coma, ele apenas olhou ao redor, procurando pelo filho. – Onde o meu filho está? Questionou assim que se deparou com a madrasta. – Wolfgang, por favor, se acalme… – Monik murmurou com um semblante preocupado, e ergueu as mãos, tentando acalmar o enteado. – Ele tem estado conosco, estamos cuidando bem dele… Wolfgang fez uma expressão de desagrado ao ouvir aquelas palavras, mas não respondeu, e ao invés disso, seus olhos recaíram sobre o primeiro andar onde o choro de uma criança podia ser ouvid
Decidi não contar a Wolfgang o que estava acontecendo, ele já tinha problemas demais para resolver, e de certo modo, eu já estava acostumada a lidar com situações como aquela sozinha. Já no hospital, descobri que Ellie havia sido levado pela professora porque estava ardendo em febre. Conversamos brevemente, e descobri que ele estava sendo atendido na emergência, mas infelizmente nenhum de nós poderia entrar no meio do procedimento. Esperei por longos minutos que pareceram uma eternidade, sendo atormentada por uma infinidade de pensamentos ruins que passavam pela minha cabeça, mas que foram interrompidos quando as portas da emergência se abriram e uma enfermeira irrompeu por elas, chamando por mim. Corri em sua direção e o encarei esperançosa. – Como ele está? Perguntei preocupada, apertando as mãos em sinal de oração, mesmo que fosse um movimento involuntário. – A febre foi estabilizada, mas precisará ficar em observação por causa da infecção alimentar… – Ela explicou sem muitos
Não soube o que dizer a ela, as palavras haviam desaparecido. E depois de um tempo, já dirigindo em direção ao apartamento de Wolfgang, pensei comigo mesma que era o melhor que eu poderia ter feito no momento, afinal, uma decisão com a cabeça tão quente – como estava –, tinha chances bem altas de se transformar num novo problema. Wolfgang não conseguiu esconder sua surpresa ao vir atender a campainha e se deparar comigo, piscou algumas vezes, como se não acreditasse no que via, porém, depois de algum tempo, sorriu amarelo e abriu a porta, dando espaço para que eu entrasse. O observei de onde estava e pensei comigo mesma que a paternidade lhe caia bem, na verdade, aos meus olhos, ele ficava ainda mais atraente com os cabelos despenteados, e as mangas da camisa amassada enquanto segurava uma criança semi-adormecida. – Sinta-se à vontade… – Ele disse, quase num sussurro para não acordar o bebê, sorriu de canto e começou a andar em direção ao que imaginei ser o quarto. – Irei colocá-