Zeca: [Carolina, você e o Sebastião terminaram mesmo?]Dimitri: [O Sebastião ficou tão irritado que nem sabe mais o que faz. Não fica brava, nós vamos dar uma surra nele por você.]Félix: [Carolina, quando tiver um tempinho, eu te convido para um jantar com o Sebastião.]Osvaldo: [Eu também quero ir. Tenho certeza de que vou conseguir fazer vocês voltarem.]Tomas: [Parem com isso! Casal brigar é normal. Olha vocês aí, fazendo tumulto à toa.]Ao olhar para essas mensagens, fiquei curiosa sobre o que eles tinham ouvido para me marcar no grupo.Esse grupo tinha oito pessoas no total: além dos que estavam falando, também estavam Sebastião, Pedro e eu.Pedro era o único que não tinha comentado nada, mas ele era, de longe, quem mais me conhecia.Então mandei uma mensagem privada para ele: [Pedro, o que foi que todo mundo ficou sabendo?]Entre essa turma de amigos, Sebastião era o terceiro mais velho e Pedro o sexto.Pedro respondeu quase que imediatamente: [O Sebastião postou algo no Instagr
Ele assentiu com a cabeça e começou a andar em direção ao parque de diversões, e eu o segui de perto.— Por que você saiu do grupo? — Perguntou ele enquanto caminhávamos.— O grupo é dos amigos de vocês, eu quase não falava nada lá. Além disso, quando eu estava presente, vocês nem podiam contar suas piadas mais pesadas. — Respondi com sinceridade, já que isso havia acontecido antes. Na época, foi o Sebastião quem os lembrou.Sebastião disse: [Galera, maneirem aí, minha esposa tá no grupo.]Aquela frase, “minha esposa", eu li várias vezes. Cada vez que lia, me sentia como se tivesse ganhado o mundo.Os pensamentos rodopiavam na minha mente até que a voz de Pedro me trouxe de volta à realidade:— Você pensa em tudo, hein? — Comentou ele.Não respondi nada, e logo ele parou diante de um carrinho de bate-bate.— Posso dar uma volta?— Pode, sim!Assim que dei a permissão, ele subiu no carrinho e começou a brincar, rodopiando.— Nossa, isso é bem divertido! — Disse Pedro, parecendo uma cria
George? Não era ele que dirigia táxi? Como ele virou o técnico de iluminação que eu tanto esperava?Naquele instante, senti como se estivesse tendo uma alucinação.— George, essa é a gerente Carolina! — Geovane fez as apresentações.George estendeu a mão para mim.— Olá, gerente Carolina.O tom de voz e o olhar... Era como se nunca tivéssemos nos conhecido.Eu ainda estava sentada, e da minha perspectiva podia ver sua mandíbula perfeitamente delineada e aquele... Pomo de adão que, por algum motivo, eu já tinha pensado algumas vezes.Ana me cutucou com o cotovelo, me tirando do devaneio. Só então me levantei e estendi a mão.Nossos dedos se tocaram brevemente, e ele logo falou:— Gerente Carolina, pode terminar sua refeição. Eu vou dar uma olhada no local.— Não, eu vou com vocês. — Respondi, já me preparando para sair. Mas George não se moveu.De repente, ele olhou para o homem ao lado dele.— Geovane, você já comeu? Eu ainda não comi nada. Tem algo para comer por aqui?Geovane deu um
Depois disso, Ana provavelmente iria inventar várias coisas sobre a relação entre George e eu, o que poderia nos deixar bastante desconfortáveis. Além disso, a atitude de George há pouco mostrava claramente que ele queria fingir que não me conhecia, então seria melhor manter nossa conexão em segredo.— Não conheço. — Neguei.— Mas você... — Ana começou, mas eu a interrompi.— Eu chutei.Ana mal tocou na comida. Era óbvio que sua cabeça estava em George. Normalmente, ela comia bastante, e hoje tinha pedido o prato favorito dela, Moqueca de Peixe.Mas diante de um homem bonito, até a comida perde o sabor.— Chutou? — Ana era do tipo que não deixava nada passar. — Como você adivinhou? Por acaso você lê mentes?Eu realmente não sabia como responder isso, mas se eu ficasse em silêncio, ela ia continuar imaginando coisas. Enquanto pensava numa desculpa para sair dessa situação, reparei num chaveirinho preso à bolsa de George. Era um coelhinho branco, muito fofo e adorável.— Aquilo ali. — A
Namorada?Dias atrás, ele estava saindo comigo, falando em casamento, e agora, de repente, já arrumou uma namorada?Ao lembrar que ele queria se casar comigo logo de cara, parecia que ele estava desesperado por uma mulher. Como eu o rejeitei, ele deveria ter encontrado outra imediatamente.Até que é bom assim. Agora posso lidar com ele sem me preocupar com mais nada.Rapidamente joguei minha caixa de comida no lixo e fui esperar por ele do lado.Ana apareceu em menos de dois minutos. Era óbvio que ela também não tinha terminado de comer, provavelmente porque o homem dos seus sonhos agora tinha namorada, e ela tinha perdido o apetite.— Ai. — Suspirou Ana assim que chegou perto de mim. — Bom homem nunca está disponível, nem para um flerte rápido.Eu ri com o comentário dela.— Ana, ainda bem que sua mãe te fez menina. Se fosse homem, você seria a pessoa mais infiel do mundo.Assim que terminei de falar, George começou a caminhar na nossa direção. Ele vestia uma camiseta preta, calças ca
De canto de olho, encarei seus olhos negros, e por um momento, senti um leve desconforto.Desviei o olhar e continuei andando.— Não, eu só não quero que as pessoas comecem a falar demais.— Ah… — Ele respondeu com uma única palavra, deixando-me sem entender ao certo o que ele queria dizer.Também não perguntei mais nada. Nós dois já éramos adultos e sabíamos muito bem os limites. Além disso, ele não parecia ser do tipo que fala demais.Seguimos em silêncio, o que deixou o ambiente um pouco constrangedor. No fim, fui eu quem quebrou o gelo de novo.— Quanto tempo vai levar para ajustar essas luzes?— Difícil dizer. — George respondeu.Lembrei da promessa que havia feito a Sebastião: — Vinte dias, tem que estar tudo pronto.George me olhou, e eu imaginei que ele fosse dizer algo, mas tudo o que ouvi foi um breve "hum".Ele tinha concordado?Depois disso, não havia muito mais o que dizer. Claro, eu poderia perguntar sobre dona Malena, mas preferi não mencionar.Se não fosse por ela, eu
— Carolina, você caiu de propósito, não foi?Eu não conseguia acreditar que Ana pensaria algo assim, especialmente agora que minhas costas ainda estavam doendo. Com certeza vai ficar roxo. Eu até quis levantar a camisa e mostrar para ela.Eu não era tão boba a ponto de me machucar por atração física.Revirei os olhos para ela, mas não a impedi de continuar:— Como é que foi ser abraçada pelo George? Os braços dele são tão fortes quanto parecem? O abraço é...— Ana! — Interrompi-a. — Você não tem mais nada de decente na cabeça?Ana percebeu que eu estava realmente irritada, e deu de ombros, mordendo os lábios. Ela ainda murmurou alguma coisa, mas tão baixo que eu nem ouvi.Com uma mão na parte dolorida das costas, saí da sala de distribuição.Foi só então que me lembrei de que George me chamou, mas no final, não perguntou nada e eu só passei vergonha e me machuquei.Achei que era melhor eu manter distância dele e lembrar que ele era apenas um cliente, nada mais.Além disso, só saímos pa
— Gerente Carolina. — De repente, a voz de George ecoou.Rapidamente voltei à realidade e me virei, sem saber desde quando ele estava atrás de mim. Ele estava acompanhado por Ana e o responsável pela elétrica.Não sei se era impressão minha, mas senti que George estava com uma expressão um pouco fria, o que me fez pensar que algo tinha dado errado.— George, você encontrou algum problema? — Perguntei.— O problema já foi passado para o eletricista corrigir. — Respondeu com uma voz fria.Soltei um “Ah”, prestes a perguntar o que fazer a seguir, quando ele disse:— Hoje não vamos testar as luzes.— Por quê? — Fquei surpresa.O responsável pela elétrica prontamente explicou:— A voltagem da linha precisa ser ajustada.Franzi a testa:— Quanto tempo isso vai levar?— Devemos resolver ainda hoje. — Respondeu ele.Soltei um suspiro de alívio. Tinha medo de que fosse demorar dias.— Tem mais alguma coisa que eu possa fazer? — Perguntei a George.— Não.Franzi as sobrancelhas ligeiramente. Ana