Capítulo 119
Assim que disse isso, senti George apertar ainda mais minha mão. Ele piscou algumas vezes, e algo em seus olhos brilhou por um breve instante antes de desaparecer. Então, ele me soltou.

Me afastei rapidamente, esfregando a mão que ele havia apertado com força.

— Corrigi todos os erros que você marcou no arquivo. Quer dar uma olhada agora?

George não se moveu. Continuava deitado na poltrona, de olhos fechados.

— Não precisa. Vai descansar.

— Ah... Boa noite. — Respondi, me virando para sair.

— Carina. — A voz dele me chamou de repente.

Eu congelei. Ele me chamou de quê?

Carina era meu apelido de infância. Só meus pais me chamavam assim, e depois que eles se foram, apenas Luana usava esse nome de vez em quando.

Mas eu tinha certeza do que ouvi. George me chamou de Carina.

Virei-me, surpresa, e o encarei.

— Você me chamou de quê?

— Nada. — Ele continuava de olhos fechados. — Só... Fecha bem a porta pra mim.

Fiquei parada por alguns segundos, tentando entender, mas depois fui embora, fecha
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