Capítulo 20

RUBY PORTMAN

A recepção da empresa estava um caos absoluto. Assim que passei pela porta de vidro, fui recebida por uma cena de completo pandemônio. Funcionários corriam de um lado para o outro, carregados de pilhas de papelada, com expressões de urgência gravadas nos seus rostos. O telefone da recepção tocava insistentemente, abafando ainda mais o som de chamadas vindas de outros setores. Alguns clientes, sentados desconfortavelmente nas cadeiras de espera, trocavam olhares impacientes, cruzando e descruzando as pernas em um claro sinal de irritação.

Aproximei-me do recepcionista, um jovem do novo turno que mal parecia ter 20 anos, e questionei a razão de todo aquele tumulto. Ele apenas me olhou de relance, a testa franzida e o telefone grudado ao ouvido, enquanto murmurava algo em um tom ansioso. Antes que pudesse repetir a pergunta, outro toque estridente ecoou, interrompendo qualquer tentativa de resposta. O garoto, com um aceno rápido de cabeça, apontou para o lado de fora do corr
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