Capítulo 14

HARRY RADCLIFFE

Assim que pisei fora do jato, mesmo com o cansaço martelando nas minhas têmporas e o corpo pedindo descanso, a minha primeira ordem ao motorista foi clara: ir direto ao restaurante onde Herodes havia marcado de encontrar-me. Eu não estava pronto para esse reencontro. Tudo o que queria era me afastar dessa realidade, jantar em silêncio, talvez tomar um diazepam e arrastar-me para uma cama, onde o sono, ainda que fragmentado, me envolvesse por algumas horas. Mas eu sabia que a conversa com Herodes não podia esperar.

Ainda não havia decidido se ficaria em Nova Iorque ou se voltaria para o país europeu. A tranquilidade da vida fora do caos americano era tentadora. Porém, voltar significava, de certa forma, enfrentar tudo o que deixei inacabado, inclusive a própria dúvida sobre o futuro da minha família. Steffan, Rosie, e até Luna, apesar da aparente frieza, estavam presos às minhas decisões. Eu era o elo que os mantinha unidos, o responsável por conduzi-los para onde fosse
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