Como ele poderia estar ali?O cara baixo era um empregado de Zaca e também um fugitivo, mas momentos atrás não estava ao lado de Zaca.Agora, ele segurava uma faca e avançava diretamente na direção deles!A ponta da faca estava a centímetros de distância. Larissa pensou em empurrar Walter e se afastar, mas Walter parecia antecipar esse movimento. Ele pegou a mão estendida de Larissa, puxando ela para trás dele.Então ele chutou a faca da mão do cara baixo.Infelizmente, a distância era curta e o ataque era repentino, o chute não foi certeiro, a faca do cara baixo não voou como Walter esperava, apenas desviou um pouco.Em seguida, o cara baixo, agindo como se estivesse enlouquecido, começou a balançar a faca aleatoriamente.No ditado “mesmo com habilidades excepcionais, ainda temia facas de cozinha”, contra uma pessoa fora de si, mesmo com grande habilidade, não havia vantagem. Em um terço de segundo, Larissa viu a faca perfurar diretamente a cintura de Walter!Suas pupilas se contraíra
Larissa primeiro olhou para os ferimentos no abdômen de Walter.Mas não conseguia ver claramente, estava tudo embaçado de sangue.Sua palidez era evidente devido à perda de sangue, destacando ainda mais seus olhos escuros e sobrancelhas negras.- Não é de se surpreender que o Professor Enrico tenha ido cuidar da Srta. Diana, já que ela está tão gravemente ferida. – Comentou Larissa.Walter observava ela com um olhar frio.- Você parece estar defendendo muito bem ele. – Disse Walter.Os médicos estavam prontos, segurando uma seringa de anestesia, se aproximaram da cama de Larissa.- A paciente, por favor, evite falar. Vamos começar a sutura. – Disse o médico.Larissa concordou com a cabeça e prendeu a respiração.- Não podemos esperar. Você ainda está sangrando e não sabemos se atingiu algum órgão interno. Avise a sala de cirurgia para se preparar. – Falou o médico ao lado de Walter.De acordo com a identidade de Walter, com certeza já havia sido comunicada o hospital com antecedência.
- Você me salvou por causa disso? – Perguntou Walter, imperturbável.- Sr. Walter, você não vai ser ingrato, né? – Retrucou Larissa, tinha medo de que ele tentasse negar.Walter soltou um riso seco, sua expressão era fria e distante. Ele não queria mais olhar para ela e se virou, segurando a ferida em seu abdômen.- Fique quietinha. Quando receber alta, eu a pagarei. – Disse Walter. Mesmo sendo apenas dois dias de internação, a ideia de dividir o quarto com ele por 48 horas era desconfortável para Larissa. Ela considerou pedir à enfermeira para trocar de quarto, mas Walter, percebendo o que ela estava pensando, acrescentando com frieza. – Oitenta por cento das pessoas na equipe estão hospitalizadas com ferimentos. Se você sair por aí sozinha, está querendo ser alvo para o Zaca? Larissa teve que desistir da ideia, se sentindo irritada.Entretanto, ao mencionar Zaca, a preocupação de Larissa se intensificou.- A mão... Aquela que estávamos procurando, mas nunca encontramos o corpo, né?
A expressão de Walter estava longe de ser agradável. Larissa, percebendo que não havia mais o que discutir, sentiu uma dor intensa no braço e apertou o botão para chamar a enfermeira.Ao chegar, a enfermeira examinou a ferida de Larissa.- A sutura certamente causará dor. Se não conseguir suportar, posso trazer um analgésico para você. – Disse a enfermeira.- Por favor. – Concordou Larissa.A dor física, ao contrário da dor psicológica, podia ser aliviada com medicamentos. Larissa preferia não suportar a dor física quando havia uma opção.Depois de receber o analgésico, Larissa se sentiu sonolenta e decidiu descansar um pouco. - Sua ferida também está doendo? Gostaria de um analgésico? – Perguntou a enfermeira, quando percebeu Walter na cama ao lado.- Não é necessário. – Respondeu Walter, com frieza.A enfermeira, com medo de sua aura intimidadora, não ousou falar mais e saiu do quarto.Walter, com uma expressão sombria, se sentou sozinho por um tempo antes de se virar para olhar Lar
Walter não atendeu, desligou a chamada e digitou na tela do celular. “O que foi?” Danilo, ileso, estava lidando com a situação, acabava de sair da delegacia.“Zaca disse que é apenas amigo comum daqueles caras baixo e alto, não tem contato há muito tempo e não sabe por que fariam uma coisa dessas.”Walter soltou um sorriso irônico.“Conversa fiada.”“Todo mundo sabe que ele está falando besteira. O problema é que não há evidências diretas provando que Zac instruiu eles, então a polícia precisa soltar ele por enquanto. Walter, eu acho que esse cara, apesar de não ter muita fama, é mais complicado do que imaginávamos.”, respondeu Danilo.“Ele comanda cachorros e policiais à paisana testemunharam.”, comentou Walter.“Ele diz que só assobiou casualmente, não treinou os cachorros. Ele não é de Aldeia das Cerejeiras, aqueles são cachorros de rua de Aldeia das Cerejeiras, provavelmente não ouviriam ele. De qualquer forma, ele está fazendo de tudo para se distanciar e agora não podemos tocar
Larissa não tinha ideia do que eles estavam falando antes, ambos pararam de falar sem combinar.Ela deu uma olhada em Walter e depois em Enrico, que estava ao lado da cadeira perto da cama, pensando em se levantar.Com o braço esquerdo machucado, Larissa não conseguia se apoiar no colchão. Enrico se levantou diretamente, apoiando seu ombro e colocando um travesseiro atrás dela para maior conforto.- Como está se sentindo? A dor passou? - Perguntou Enrico, ansioso, seu rosto foi recuperando a calma.- Tomei analgésicos, não dói. Como você veio parar aqui? A Srta. Diana está gravemente ferida? - Disse Larissa, balançando a cabeça.- A cirurgia correu bem, a anestesia ainda não passou, ela ainda não acordou. Deixei uma cuidadora no quarto, ela me avisará assim que ela acordar. - Respondeu Enrico. Larissa franziu a testa. Enrico percebeu que ela provavelmente queria que ele voltasse para cuidar de Diana, sem se preocupar com ela. Antes que ela falasse, ele falou. - O quarto da Diana fica
- Eu não gosto de ovos cozidos, será que um ovo poché tem o mesmo efeito? - Perguntou Larissa, soltando um risada de repente.Walter resmungou com um risinho. - Larissa. - Chamou Enrico, depois de ficar surpreso por um momento.- Eu disse várias vezes que estou bem, professor Enrico, você simplesmente não acredita, como se estivesse torcendo para que algo acontecesse comigo. - Disse Larissa, pensando por um momentinho e continuando. - Que tal eu escrever uma carta de garantia para você? Garantindo que estou bem? Ela não queria dizer, mas o que Enrico poderia fazer?Larissa pressionou de novo ele para ir ver Diana.Após alguns minutos de impasse, Enrico suspirou e se levantou.- À noite, eu vou trazer sua refeição. Ovo poché, certo? Eu me lembro. - Concordou Enrico.- Obrigada. - Agradeceu Larissa.Assim que Enrico saiu do quarto, seu rosto rapidamente se tornou frio, totalmente oposto à sua habitual gentileza e temperamento agradável.Walter, tranquilo, apoiou na cabeceira da cama co
Walter acabou sendo levado de volta à sala de cirurgia para a reconstrução da ferida.Danilo correu até lá, perguntando a Jéssica o que havia acontecido. Não era para ser apenas um ferimento superficial? Por que precisava de uma segunda cirurgia?- Eu também não sei. O Sr. Walter disse que não precisava que eu ficasse no quarto com ele, e naquele momento eu estava do lado de fora. - Respondeu Jéssica, hesitante.- Quer dizer que ele estava deitado no quarto e de repente a ferida se abriu? Ele não estava em um quarto sozinho? O que havia no quarto? - Questionou Danilo. - O Sr. Walter e a secretária Larissa compartilham um quarto... - Respondeu Jéssica.Danilo pensou que isso não fazia sentido.Até onde ele sabia, Larissa sempre estava sob controle de Walter, como um tigre na floresta, preso sob as garras de um falcão. O que poderia ter feito ela causar uma abertura na ferida dele?Danilo refletiu sobre isso, se dirigindo ao quarto e olhando pela janela para Larissa lá dentro.Larissa e