Larissa não tinha ideia do que eles estavam falando antes, ambos pararam de falar sem combinar.Ela deu uma olhada em Walter e depois em Enrico, que estava ao lado da cadeira perto da cama, pensando em se levantar.Com o braço esquerdo machucado, Larissa não conseguia se apoiar no colchão. Enrico se levantou diretamente, apoiando seu ombro e colocando um travesseiro atrás dela para maior conforto.- Como está se sentindo? A dor passou? - Perguntou Enrico, ansioso, seu rosto foi recuperando a calma.- Tomei analgésicos, não dói. Como você veio parar aqui? A Srta. Diana está gravemente ferida? - Disse Larissa, balançando a cabeça.- A cirurgia correu bem, a anestesia ainda não passou, ela ainda não acordou. Deixei uma cuidadora no quarto, ela me avisará assim que ela acordar. - Respondeu Enrico. Larissa franziu a testa. Enrico percebeu que ela provavelmente queria que ele voltasse para cuidar de Diana, sem se preocupar com ela. Antes que ela falasse, ele falou. - O quarto da Diana fica
- Eu não gosto de ovos cozidos, será que um ovo poché tem o mesmo efeito? - Perguntou Larissa, soltando um risada de repente.Walter resmungou com um risinho. - Larissa. - Chamou Enrico, depois de ficar surpreso por um momento.- Eu disse várias vezes que estou bem, professor Enrico, você simplesmente não acredita, como se estivesse torcendo para que algo acontecesse comigo. - Disse Larissa, pensando por um momentinho e continuando. - Que tal eu escrever uma carta de garantia para você? Garantindo que estou bem? Ela não queria dizer, mas o que Enrico poderia fazer?Larissa pressionou de novo ele para ir ver Diana.Após alguns minutos de impasse, Enrico suspirou e se levantou.- À noite, eu vou trazer sua refeição. Ovo poché, certo? Eu me lembro. - Concordou Enrico.- Obrigada. - Agradeceu Larissa.Assim que Enrico saiu do quarto, seu rosto rapidamente se tornou frio, totalmente oposto à sua habitual gentileza e temperamento agradável.Walter, tranquilo, apoiou na cabeceira da cama co
Walter acabou sendo levado de volta à sala de cirurgia para a reconstrução da ferida.Danilo correu até lá, perguntando a Jéssica o que havia acontecido. Não era para ser apenas um ferimento superficial? Por que precisava de uma segunda cirurgia?- Eu também não sei. O Sr. Walter disse que não precisava que eu ficasse no quarto com ele, e naquele momento eu estava do lado de fora. - Respondeu Jéssica, hesitante.- Quer dizer que ele estava deitado no quarto e de repente a ferida se abriu? Ele não estava em um quarto sozinho? O que havia no quarto? - Questionou Danilo. - O Sr. Walter e a secretária Larissa compartilham um quarto... - Respondeu Jéssica.Danilo pensou que isso não fazia sentido.Até onde ele sabia, Larissa sempre estava sob controle de Walter, como um tigre na floresta, preso sob as garras de um falcão. O que poderia ter feito ela causar uma abertura na ferida dele?Danilo refletiu sobre isso, se dirigindo ao quarto e olhando pela janela para Larissa lá dentro.Larissa e
Zaca tentou se levantar, mas Pietro deu um chute forte em seu peito, deixando ele sentindo como se suas costelas estivessem prestes a quebrar.- Vocês... Têm coragem de se identificar! - Gritou Zaca.- Você tem agido de domo arrogante por muito tempo em sua área restrita, achando que pode fazer o que quiser, desafiando tudo e todos? - Questionou Enrico, com calma, encaixando uma extremidade da barra de aço sob uma pedra. - Uma rã no fundo do poço, pensando que possui todo o céu, ousando fazer qualquer coisa, mexendo com qualquer pessoa e não tem uma perspectiva adequada. Zaca sentiu que o homem alto e forte que estava pisoteando ele era menos assustador do que o homem que falava com calma.- Você... Se você ousar me tocar! Eu garanto que você se arrependerá de ter nascido neste mundo. Você! - Disse Zaca, pálido, sua voz tremendo. Em seguida, ele soltou um grito. - Ahh! Pietro chutou a perna de Zaca para o espaço formado pela barra de aço e a pedra. Enrico não hesitou em pisar na bar
Lucas deixou a casa de Zaca e foi direto para o hospital.Ao percorrer o corredor, ele se deparou com Walter, que havia acabado de retornar à sala após ter suas feridas costuradas e estava sendo empurrado de volta para o quarto por uma enfermeira. Danilo estava ao lado da cama, conversando com Walter. - Walter, Danilo. - Cumprimentou Lucas. Ao se aproximar e ver a expressão de Walter, Lucas franziu a testa e fez um som de desaprovação, comentando. - As feridas de Walter são tão graves? Parece que eu fui leve demais. - O que você fez? - Perguntou Danilo, e logo especulou. - Você foi atrás do Zaca? - Sim, resolvi o problema em Aldeia das Cerejeiras. - Respondeu Lucas, entregando o contrato para Jéssica com um sorriso. - Eles se mudarão esta noite.- Como você fez isso? - Perguntou Danilo, curioso.- Não fiz nada demais, apenas fiz ele se ajoelhar para mim. - Disse Lucas. Eles chegaram à porta do quarto, e Larissa, que estava dentro, podia ouvir a conversa. Lucas continuou. - Eu chegue
Larissa ficou parada sem se mexer.- Depois de me deixar assim, não vai fazer nenhum gesto? - Pergutnou Walter, suspirando.- Que gesto você quer? Devo enviar flores para você? Sr. Walter, em vez de me pedir um gesto, por que não diz diretamente que “se você não me ajudar a pegar água, vou divulgar suas fotos”, assim eu faria isso de bom grado. - Respondeu Larissa.- Sim, se eu morrer de raiva por causa de você, vou imprimir suas fotos e colá-las em meu túmulo como uma foto memorial para que todos possam ver. - Disse Walter, rindo da provocação dela.- Você está maluco? - Larissa não pôde deixar de xingar.Walter apertou os lábios, não querendo brigar com ela. Ele abriu o cobertor, segurou a ferida no abdômen, parecendo querer sair da cama para pegar água, começou a se forçar a se levantar.Larissa observava ele, preocupada com a possibilidade de a ferida se romper novamente e ele precisar de outra ida à sala de cirurgia no meio da noite.Lucas estava ali, enquanto Walter estivesse sob
Larissa franzia a testa, se aproximando e ajudando Walter a tirar a roupa com uma mão.Seus cabelos caíam até o peito enquanto se inclinava, e Walter, sem avisar, virou a cabeça, captando o leve aroma que ela exalava. Quando ele levantou os olhos, encontrou a proeminente ponte do nariz dela, devido à proximidade, ele conseguia distinguir até os pequenos pelos na ponta do seu nariz.Mais abaixo estavam os lábios dela.Os olhos de Walter, ao seus cabelos deslizarem pelo ombro dele, começaram a escurecer. Ele estava pensando na última vez deles no quarto de limpeza.Naquela ocasião, ele estava irritado por descobrir que Severino estava observando ela em segredo, chegando ao ponto de ir vê-la. Então, quando eles transaram, ele meio que repreendeu ela demais e acabou não se entregando muito ao desejo, não tirou muito prazer disso.Isso fez com que ele se sentisse meio arrependido.Larissa percebeu que a temperatura dele aumentou um pouco. Afinal, eles estiveram juntos por três anos, então
Na noite passada, Larissa apenas fez uma higiene rápida no corpo, mas psicologicamente sentiu que não estava limpa, especialmente o cabelo com um aroma de terra. Ela aguentou o dia inteiro, mas não conseguiu mais.Ela pediu um plástico filme à enfermeira e envolveu a mão ferida, evitando água e movimentos desnecessários. Assim, podia usar o chuveiro para lavar o corpo.Mesmo que o quarto da enfermaria VIP fosse espaçoso, a qualidade do isolamento acústico deixava a desejar e o som suave da água no banheiro ecoava claramente.Walter estava na cama, em uma videoconferência com um cliente estrangeiro, distraído pelo som da água, sua atenção se dispersava.- Walter? - Chamou o cliente, do outro lado.Walter voltou a si, respondeu de maneira leve e pegou um gole de água já fria em um copo.O cliente, percebendo que ele estava usando um pijama hospitalar, não quis sobrecarregar ele. - Walter, se não estiver se sentindo bem, podemos encerrar aqui. - Disse o cliente.- Não precisa, continuemo