Carolina continuou a insistir, e a situação se tornou muito desfavorável para ela. Depois de desligar a chamada, Marcos olhou para trás instintivamente. Carolina estava parada na porta, claramente ouvindo a conversa entre eles. — Carolina... — Marcos tentou explicar. Os olhos de Carolina estavam vermelhos, e ela segurava firmemente a barra do vestido. — Vá para casa... Marcos sentiu uma dor no peito, mas ainda assim falou. — Sobre Cátia... dê uma lição nela e retire a queixa, certo? O velho da família Reis veio pessoalmente para Cidade C, se essa situação se arrastar, será prejudicial para você. O olhar de Carolina tremia, ela respirou fundo, segurando a angústia no fundo do coração. — Eu não... Ela nunca iria ceder. — Mesmo que Tiago e Augusto também paguem o preço? — Marcos não queria contar a Carolina, com medo de que ela ficasse preocupada. — O que você quer dizer... — Carolina deu um passo à frente, olhando para Marcos com medo. — As pessoas da família Reis já
Carolina estava em pé sob os faróis de alguns carros, com dificuldade para abrir os olhos. Apertando a faca de frutas que estava dentro da manga, Carolina recuou tremendo. Ela queria correr, mas suas pernas estavam pesadas, completamente fora de controle. Ela não conseguiria correr. Na verdade, ela poderia ter ligado para Marcos. Mas ela desistiu. Ela também não queria mais causar problemas para Marcos. — Carolina, você é muito capaz. — Pedro disse com desdém nos olhos, ironizando. — Com tantas mulheres que já dormiram com ele, Marcos ainda se atreve a ficar com você. Carolina recuou, tentando ignorar as provocações de Pedro. — Carolina, eu avisei, corra para longe. — Rui acendeu um cigarro, encostado no carro, observando friamente. Pedro se aproximou de Carolina passo a passo. Carolina sentia como se seu corpo estivesse caindo em um buraco de gelo. — Conseguir mandar Cátia para a delegacia, eu subestimei você. — Pedro riu sarcasticamente, puxou o cabelo de Caro
Carolina se esforçou para se levantar, balançando a cabeça. Não ia retirar a queixa. Pedro franziu a testa e deu um chute em Carolina, jogando-a para o lado. Carolina caiu no chão e começou a tossir por um bom tempo. Rui estava na porta, esfregando as têmporas, sem dizer nada. Carolina tossiu por muito tempo, sentindo o gosto de sangue na garganta. — Vou te perguntar mais uma vez, você vai retirar a queixa ou não! — A voz de Pedro era fria. — Não vou... — Carolina olhou para Pedro com raiva, a voz rouca, mas firme. — Carolina! Você acha que só porque Marcos está te protegendo, pode falar comigo assim? — Pedro perdeu o controle e agarrou o colarinho da blusa de Carolina, não suportando vê-la daquela forma. — Não quer retirar a queixa, é? — Pedro olhou para as pessoas atrás dele. O armazém tinha mais de dez seguranças, todos esperando. — Eles vão revezar para te estuprar, você acha que Marcos ainda vai te amar? — Pedro não estava apenas tentando assustar Carolina.
No Hotel. José tinha um sono leve à noite. Devido a algumas experiências passadas, ele havia sofrido de insônia por um longo período e precisava de medicamentos para adormecer. Na mesa de cabeceira, estavam os comprimidos para dormir que Afonso havia deixado, mas naquele dia José não os tomou. Sua mente estava sempre ocupada com Carolina... Era estranho, porque José nunca havia pensado que poderia se sentir atraído por uma mulher. Ela falava de forma tão indiferente, mencionando que havia perdido a audição de uma das orelhas. Disse que havia tentado se suicidar várias vezes. Sem chorar ou fazer escândalo, como se estivesse descrevendo uma pequena ocorrência. Ele olhou para o relógio, já era três da manhã. Esfregou as têmporas, sentindo-se irritado. Por que ele sempre se lembrava daquela mulher sem querer...? A tela do celular mostrava que havia uma chamada, mas no modo silencioso, o celular não vibrou. ... Nos subúrbios. Carolina tremia ao olhar para o celular
Cidade C era tão frio. Às três da madrugada, a temperatura mínima chegou a menos seis ou sete graus, até as poças de água estavam congeladas. Ela estava ali, descalça, esperando por ele há quanto tempo? — Não tenha medo, nada vai acontecer. A voz de José soou distante para Carolina, mas extremamente clara. Tão quente. Instintivamente, ela se aninhou nos braços de José, realmente era muito quente. — Carolina, mantenha-se acordada, você não pode dormir agora. — José pediu que Carolina ficasse acordada, ela havia perdido muito sangue e não podia dormir naquele momento. Carolina estava muito cansada. — Estou tão cansada... — Carolina disse com a voz embargada, as lágrimas quentes escorriam. Ela realmente estava tão cansada. — Até quando eu eu tenho que pagar por isso... — ela murmurou, como se perguntasse ao mensageiro do inferno até quando ainda teria que expiar para se libertar. — Você não tem culpa. Com todas as suas forças, Carolina tentou abrir os olhos ao ouvir
Isso provavelmente foi a vez mais firme de Daniel desde que se tornou assistente de Marcos. Ele realmente estava preocupado que algo acontecesse com Carolina... Pedro estava com uma expressão sombria, sorrindo de forma sarcástica. — Se você está tão agitado, parece que você está bastante satisfeito com ela. — Pff. — Daniel empurrou a pessoa ao seu lado e se sentou ereto. — Eu quero ver o ex-presidente. — O ex-presidente certamente não vai te ver. Antes que o jantar da câmara de comércio termine, o senhor Daniel deve ficar bem dentro do carro. Pedro arrumou a roupa e se preparou para sair do carro. — Você não tem medo de que o Presidente Nono descubra? — Daniel olhou para Pedro. — A ideia foi do velho da família Nono, eu só estou passando por aqui. Daniel, o que Marcos pode fazer com seu avô? — Pedro sorriu e saiu do carro. Daniel sabia que as pessoas que o impediam eram pessoas do Sr. Nono. Pedro realmente não tinha coragem ou habilidade para impedir o assistente de Ma
O olhar de José se fixou em Pedro, que estava não muito longe, ignorando Marcos e indo direto até ele. Para Marcos, ele já havia perdido, pois não conseguiu proteger Carolina. Marcos franziu a testa. — O que aconteceu com José? O secretário atrás dele murmurou. — Presidente Nono, eu acho que algo não está certo. Então, um estrondo! Todos olharam surpresos para José. Ainda bem que não era permitido a entrada de jornalistas no evento de negócios. José agarrou a gola da camisa de Pedro e desferiu um soco. Marcos franziu a testa, o que Pedro havia feito para deixar José tão fora de si? Ele não se importava nem com a própria imagem? Era um jantar da câmara de comércio, agredir seu próprio irmão era um assunto de família, mas isso não deixava claro que Pedro não poderia mais circular no mundo dos negócios? Pedro também olhou surpreso para José. — Irmão... José apontou para Pedro. — Você é um adulto e precisa assumir a responsabilidade por suas ações. O coração de Pedr
Pedro foi levado pela polícia, enquanto a câmara de comércio continuou. José ainda era a presença mais brilhante de toda a festa, inúmeras pessoas queriam se aproximar e fazer amizade com ele. No entanto, o rosto de José sempre expressava uma barreira de “não se aproxime”. Esse homem, que ocupava uma posição absoluta no mundo dos negócios, tinha uma aura de superioridade inata. — Presidente Santos, você tem interesse em tomar um copo comigo? — Uma atriz entrou e tentou conhecer José. As pessoas do círculo sabiam que José não se interessava por mulheres e era difícil de se aproximar, mas sempre havia os convencidos que queriam tentar. E se José se interessasse por alguém como ela? Isso seria uma grande oportunidade. A empresa de entretenimento sob o grupo Santos sempre foi a líder da entretenimento, todos queriam assinar contrato e se tornar artistas da empresa de José. — Desculpe, nosso Presidente Santos não bebe. — Afonso sorriu e se adiantou para proteger José do álco