Capítulo 96
Cidade C era tão frio. Às três da madrugada, a temperatura mínima chegou a menos seis ou sete graus, até as poças de água estavam congeladas. Ela estava ali, descalça, esperando por ele há quanto tempo?

— Não tenha medo, nada vai acontecer.

A voz de José soou distante para Carolina, mas extremamente clara.

Tão quente.

Instintivamente, ela se aninhou nos braços de José, realmente era muito quente.

— Carolina, mantenha-se acordada, você não pode dormir agora. — José pediu que Carolina ficasse acordada, ela havia perdido muito sangue e não podia dormir naquele momento.

Carolina estava muito cansada.

— Estou tão cansada... — Carolina disse com a voz embargada, as lágrimas quentes escorriam.

Ela realmente estava tão cansada.

— Até quando eu eu tenho que pagar por isso... — ela murmurou, como se perguntasse ao mensageiro do inferno até quando ainda teria que expiar para se libertar.

— Você não tem culpa.

Com todas as suas forças, Carolina tentou abrir os olhos ao ouvir
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