Capítulo 5
Carolina fugir do hospital enfureceu completamente a família Silva e Pedro.

- Eu sei, ela não vai devolver meu rim de bom grado. - Na cama do hospital, Luana acordou, com a voz embargada.

Cada palavra de Luana transmitiu a todos que Carolina lhe deveu isso.

Quando voltou para a família Silva, Luana Martins não concordou em mudar seu sobrenome, continuando a se chamar Luana Martins.

Ela sabia que, apesar de tudo, a família Martins a havia criado por vinte e um anos.

Que contraste irônico e marcante, Luana se tornou a verdadeira princesa gentil até os ossos, enquanto Carolina era a impostora maldosa e desprezível..

Na verdade, Luana era muito astuta. Ela mantinha seu nome para provocar constantemente os membros da família Silva, mantendo-os sempre culpados e compensando sem escrúpulos as mais de duas décadas de ausência.

- Luana, não chore, isso é o que ela te deve. - Rui franziu a testa, preocupado. - Ela não vai escapar!

- Irmão... - Luana chorou, abraçando Rui. - Estou com medo, Carolina saiu da prisão, será que Pedro vai me abandonar?

- Luana, o que você está pensando? Carolina envergonhou a família Santos em Cidade A, desonrou Pedro. Você acha que Pedro ainda vai querer ela? - Rui acariciou a cabeça de Luana para confortá-la.

- Mas, e se Carolina começar a falar, e se ela contar para o Pedro que... - Luana olhou para Rui, tentando sondar.

Na época, ela e Rui armaram para que Carolina passasse a noite com um homem desconhecido.

- Ninguém sabe quem é o homem com quem Carolina dormiu naquela noite. Você acha que alguém vai acreditar nas palavras dela? Fique tranquila, aquele filho ilegítimo é o ponto fraco de Carolina, ela não ousaria dizer nada. - Os olhos de Rui se estreitaram, ele precisava avisar bem a Calorina.

- É estranho, Carolina não dormiu com o homem que arranjamos para ela. Quem será aquele homem? Nestes cinco anos, Luana tem tentado descobrir, mas sem sucesso.

- Quem ele é não importa, o que importa é o resultado. A reputação dela já está arruinada, e Pedro agora é seu. - Rui deu tapinhas nas costas de Luana. - Descanse bem.

Luana assentiu, com um leve sorriso nos lábios.

Essa mulher, Carolina, roubou vinte e um anos de sua vida. Por que ela mereceria o amor de Pedro?

Ela estava determinada a fazê-la pagar, a fazer Carolina devolver tudo o que lhe devia!

...

Na área de demolição.

Carolina usava um boné que encontrou, olhando nervosamente ao redor antes de se esconder em um beco.

- Carolinha! - Uma voz emocionada a chamou, correndo em sua direção.

- Carolinha, fui se buscar ontem, para onde você foi? - Augusto olhava nervosamente para Carolina, os olhos avermelhados, a voz embargada. - Carolinha, esses cinco anos... você sofreu tanto.

Augusto sabia que as pessoas haviam injustiçado Carolina.

Mas, no julgamento de cinco anos atrás, Carolina se declarou culpada para protegê-lo e ao filho.

- Irmão... - Carolina desabou contra a parede, a voz embargada.

Ela não teve mais ninguém, não teve mais nada.

Agora, só tinha Augusto e o filho.

- Está tudo bem, está tudo bem agora que você saiu, vamos viver bem daqui em diante. - Augusto abraçou Carolina, batendo em suas costas. - Tiago está em casa nos esperando, esse garotinho é tão esperto, ele sabia desde cedo que você ia sair da prisão, ontem ele me puxou para te buscar.

Ao ouvir sobre o filho, toda a força de Carolina desmoronou instantaneamente, abraçando Augusto e chorando descontroladamente.

Cinco anos vivendo uma vida pior do que a morte, e pela primeira vez, ela chorava tão desamparadamente.

Augusto suspirou, permitindo que Carolina chorasse.

Ele sabia que ela havia sofrido muito na prisão.

Quando ela se acalmou, ele a abraçou e disse: - Carolinha, vamos para casa.

Ir para casa.

Ela ainda tinha uma casa?

Cinco anos atrás, Augusto disse a Carolina que, enquanto ele estivesse lá, ela teria um lar.

Felizmente, Augusto ainda estava disposto a aceitá-la.

- Mãe! - No final do beco, uma voz infantil e doce ecoou, um pequeno garoto vestido com roupas simples, mas limpas, estava lá.

Ao contrário das roupas de Augusto, remendadas e cheias de remendos, ele usava o macacão de trabalho de uma oficina mecânica, cheirando a óleo de motor. Era evidente que, embora Augusto fosse pobre, ele dava o melhor para o menino.

- Tiago... - Carolina falou com voz trêmula, nervosa, ficou parada, esfregando-se com força, com medo de estar suja e sujar o filho.

- Mamãe! - Tiago chorou, correndo para os braços de Carolina, se aninhando em seu colo. - Mamãe, eu e tio fomos te buscar.

Carolina abraçou o filho com força, lágrimas escorrendo silenciosamente.

Esta era a sua vida.

- Mamãe nunca mais vai te deixar. - Mas nem ela mesma acreditava nessas palavras.

Depois de doar um rim para Luana, quanto tempo mais ela poderia viver?

- Hmph, Carolina, você realmente está aqui, mãe e filho se amando tanto.

A voz gelada e irônica de Pedro veio por trás.

Carolina virou-se assustada, protegendo o filho. - Pedro... O que você quer fazer?
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