Capítulo 7
Pedrotinha medo de José, afinal, na família Santos e até em toda a Cidade A, ninguém não tinha medo dele.

- Leve-os para trás. - Pedro falou baixinho, instruindo a babá a levar Carolina para a casa dos empregados, com medo de que José ficasse irritado.

José tinha misofobia, depois de adulto se mudou de casa e raramente voltava, então sua presença hoje era incomum.

- Seu pequeno bastardo. - A babá rosnou, vendo que José havia saído da varanda, deu um chute em Tiago, derrubando-o no chão.

Carolina abraçou o filho com pânico, segurando-o firmemente, com a voz embargada.

- Não vamos ficar aqui, queremos ir para casa! - Dizendo isso, Carolina pegou Tiago para sair.

Tiago ainda era apenas uma criança, como Pedro poderia permitir que alguém fosse tão cruel?

- Carolina, é melhor você aceitar a situação. - Pedro agarrou o cabelo de Carolina, puxando-a de volta.

Tiago era forte, não chorou mesmo depois de ser derrubado pela babá, mas ao ver Pedro maltratando sua mãe, ele chorou:- Solte minha mãe.

- Pedro... Eu já concordei em doar um rim, o que mais você quer? - Carolina suplicou a Pedro, ele não poderia simplesmente deixá-la em paz?

- Carolina, se não fosse por você e sua mãe conspirando para trocar a vida de Luana, ela não teria uma depressão tão grave, e não teria quase morrido em um acidente de carro! - Pedro odiava Carolina.

Carolina baixou a cabeça impotente, essas feridas já eram um fato estabelecido, ela não podia mudar isso. - Eu não... Pedro, por que você não acredita em mim, eu realmente não conspirei com a família Martins, eu não sabia de nada.

Luana disse que durante todos esses anos na casa dos Martins, ela sofreu torturas e até inventou mentiras, dizendo que Augusto, como irmão mais velho, a molestava desde pequena, a machucava, a ameaçava, deixando-a com profundas cicatrizes, levando a um grave caso de depressão.

Todos acreditaram nas palavras de Luana, ninguém acreditou em Carolina e Augusto, porque foram os filhos dos culpados.

Augusto disse que a família inteira desejava o melhor para Luana, sua mãe, sentindo-se culpada, deu a Luana todas as oportunidades de estudo, trabalhando incansavelmente dia e noite para ganhar dinheiro e proporcionar uma vida melhor para Luana.

Augusto abandonou a escola aos dezesseis anos para ganhar dinheiro e melhorar a vida de sua irmã Luana.

Por causa da parcialidade de sua mãe por Luana, Augusto discutiu com ela descontroladamente, e só então ela revelou a verdade.

Ao ouvir a conversa escondida do lado de fora, Luana fugiu para a casa dos Silva e acusou Carolina de conspirar com a família Martins para planejar tudo.

Na verdade, Carolina só descobriu naquele dia que não era filha legítima dos Silva.

- Parece que cinco anos na prisão não te fizeram refletir. - Pedro empurrou Carolina, seu olhar cada vez mais repugnante.

- Não toque na minha mãe. - Tiago tentou proteger sua mãe, mas sabia que era pequeno demais para enfrentar Pedro.

- Papai!

De repente, Tiago chamou por pai e correu em direção ao homem que saía pela porta.

- ...

Na entrada, o rosto de José ficou extremamente sombrio.

A babá e Pedro também olharam assustados para José.

Ninguém não sabia na família Santos que José tinha misofobia, muito grave.

Ele odiava que estranhos se aproximassem dele, especialmente pessoas.

Esse garoto estava coberto de sujeira, até mesmo com as roupas sujas, como ousou...

Todos ficaram chocados, incluindo Carolina.

Sua voz tremia um pouco, nervosa e sem saber o que fazer, olhando para José. - Presidente José, desculpe, desculpe...

José, uma figura dominante no mundo dos negócios de Cidade A, e o único homem que poderia salvá-la.

Quando ela ela tinha um noivado com a família Santos, ela conheceu José na banquete da família Santos, esse homem era o pilar da família Santos, ninguém ousava provocá-lo.

Os rumores no mundo dos negócios diziam que José era implacável e cruel, e aqueles que o ofendiam não tinham um final feliz.

José não empurrou Tiago, mas olhou para baixo.

Esse garoto era incrivelmente esperto. Ele sabia quem era poderoso nesta casa e já estava se agarrando a ele, mostrando uma astúcia profunda. - Quantos anos você tem?

A voz de José foi baixa, se fosse uma criança comum, provavelmente já teria chorado de medo.

Mas Tiago não tinha medo.

- Tenho cinco anos. - Tiago respondeu claramente.

O olhar de José caiu sobre Carolina, que estava quase se ajoelhando, franzindo levemente a testa.

Ela era a filha mais nova da família Silva, sem vê-la há quase seis anos.

Na última vez que se viram, foi na banquete da família Santos.

Naquela época, Carolina foi a jóia da família Silva, com um sorriso cheio de inocência e bondade, mas após todos esses anos, ela foi torturada a ponto de parecer um fantasma.

- Presidente José, desculpe... - Carolina tentou levar Tiago embora, seus pensamentos eram confusos, sem saber como chamar a atenção de José.

Mas Tiago se agarrou firmemente a José, se recusando a soltar. - Papai!

Carolina ficou apavorada, com os olhos vermelhos tremendo, parecendo um coelho assustado que não se atreve a resistir. - Tiago, ele não é seu pai... Mamãe vai te levar para encontrar seu pai.

José tentou puxar a perna, mas o garotinho segurou com firmeza.

Seus olhos caíram novamente sobre Carolina, o leve aroma em seu corpo era muito familiar.
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