Dentro do quarto, todos ficaram instantaneamente chocados. Então, esta era a amante de Marcos... Não é de se admirar que ela não aceitasse os oito milhões, tendo dado a Marcos um filho ilegítimo, nem oito milhões, nem mesmo bilhões, seria difícil resistir. — Você pode sair agora. — Marcos pediu para Carolina sair. Carolina olhou, atônita, para Marcos, naquela noite... era realmente ele? Desesperada, fugiu do quarto, se escondeu no banheiro por um longo tempo, lavando o rosto repetidamente com água fria. Esses anos, ela sempre foi assombrada pela memória daquela noite, um pesadelo corroendo sua alma. Durante seus cinco anos na prisão, ela sonhou quase toda noite com mãos tateando seu corpo, puxando-a para o inferno. Ela se odiava por, naquela noite, não ter ficado completamente lúcida, odiava ter sucumbido às drogas que estavam na bebida. O mais difícil de aceitar para Carolina foi que, naquela noite, além de se sentir enojada, ela desistiu de resistir. Ela
Marcos tinha uma expressão que parecia um sorriso nos olhos, como se estivesse esperando para ver o que Carolina queria fazer. Juntando coragem, Carolina se levantou e, de cabeça baixa, foi até ele. — Presidente Nono... — Algum problema? — Marcos perguntou, olhando para Carolina com um interesse oculto. — Foi você... há seis anos? — Carolina perguntou baixinho, ainda de cabeça baixa. Marcos olhou para Carolina atentamente; agora, entre uma multidão, ele talvez nem a notasse. A mulher que uma vez chamou sua atenção era a brilhante cisne branco no palco, não este patinho feio humilde e coberto de poeira. Pode-se dizer que destruir alguém é realmente fácil, basta cinco anos. — Quem você gostaria que fosse? — Marcos perguntou. Ele sabia tudo sobre Carolina. Cinco anos atrás, ele realmente tinha a intenção de levar aquele cisne branco para casa. Mas, na época, Carolina era muito orgulhosa. Ela se recusou a se curvar, então ele só pôde esperar para vê-la perde
Marcos entendeu e se encostou no assento, sorrindo. — Entre no carro, não me faça pedir pela terceira vez. Os dedos de Carolina quase se machucaram de tanto apertar a si mesma. Ela olhou para suas roupas, certificando-se de que estavam limpas, e abriu cuidadosamente a porta de trás do carro. — Sente-se na frente. — Marcos sinalizou. Carolina pensou um pouco e então sentou-se na frente. Marcos não disse nada e levou Carolina ao shopping. — Saia do carro. — Marcos pediu para Carolina sair. Carolina ficou sentada, imóvel. Depois de um bom tempo, Carolina finalmente falou. — Eu... eu quero voltar. — Você acha que, ficando comigo por três anos, vai ser como uma dona ou uma faxineira? — Marcos quase riu. Carolina continuou em silêncio. — Desça, se eu vou ou não fazer o teste de paternidade depende de você me obedecer. — Sem escolha, Marcos a ameaçou. Carolina não cedia facilmente, a menos que fosse ameaçada. Carolina desceu do carro e seguiu Marcos. Marc
Ela deveria ter se mantido alerta; esses homens eram todos iguais. Sem exceção. Para eles, uma mulher era apenas um brinquedo novo por um tempo, nada mais. O estilista, percebendo o erro, tapou a boca em pânico. — Presidente Nono, isso é... — Leve-a. — Marcos esfregou a testa incomodado, enquanto se sentava no sofá folheando uma revista. — Quem é essa mulher de aparência desleixada que o Presidente Nono trouxe hoje? Presidente Nono nunca traz pessoas à loja, ainda mais segurando a mão dela. — Eu acho que ela parece tímida, como se fosse do interior. Presidente Nono está mudando de gosto? Já não gosta mais daqueles cisnes brancos altivos? Carolina trocava de roupa no provador, ouvindo as mulheres fofocando lá fora. A costureira media o tamanho de Carolina, perguntando em voz baixa. — Qual é a sua relação com o Presidente Nono? Carolina ficou em silêncio. A costureira sorriu e disse. — Você é muito bonita, seja confiante, mantenha a postura ereta. Presidente N
Marcos arqueara as sobrancelhas, uma mulher? José realmente viera a Cidade C com tanto alarde para encontrar uma mulher? — Organize tudo, não podemos descuidar com José, amanhã à noite vou organizar pessoalmente. — Marcos ordenara ao assistente que revisasse a agenda. — Adie os compromissos dos próximos dias, com José na Cidade C, eu precisarei acompanhá-lo. O assistente entendia a importância de José, mas parecia que o Presidente Nono só estava usando José como desculpa. Porque o olhar de Marcos estava constantemente sobre Carolina. — Investigue a família Santos e a família Silva, descubra por que ela veio para a Cidade C. — Marcos sabia que Carolina estava fora da prisão e sempre quisera uma oportunidade de ir para a Cidade A, mas nunca esperara que Caroline viesse até ele. Encostando-se no sofá, o olhar de Marcos estava cheio de significado. Desta vez, foi Carolina quem o procurara... Então não podia culpá-lo por não soltar mais. — Ela... ela não era a recepcioni
Quando uma deusa era pisoteada na lama, era lamentável de se ver. — Você tem certeza de que quer ficar com nosso chefe? — Daniel perguntou gentilmente, aproveitando que não havia ninguém por perto. Talvez seu senso de consciência não o deixasse em paz. Daniel também sabia que Marcos gostava de Carolina, mas o jeito que ele gostava... Nos últimos anos, várias mulheres passaram pela vida de Marcos, todas bailarinas, cada uma lembrando um pouco da Carolina de antigamente. Não importava quantas mulheres Marcos trocasse, em todas havia traços de Carolina. Carolina pensou por um momento e sorriu amargamente. — Eu não tenho escolha... Se houvesse uma segunda opção, ela não se rebaixaria assim. Mas ela já estava tão rebaixada que não tinha mais escolha. Estar com Marcos era melhor do que Pedro jogá-la para aqueles homens maus. Daniel abaixou os olhos, achando aquilo lamentável. — Não se preocupe com as roupas, o Presidente Nono sempre foi generoso com as mulheres,
No caminho de volta, Carolina adormeceu encostada na janela. Marcos indicou ao assistente para aumentar o aquecimento, desligou a música e dirigiu em silêncio e suavemente. — Presidente Nono, descobri que... a Srta. Carolina fugiu para a Cidade C sozinha, a família Silva e a família Santos aparentemente não pretendiam deixá-la escapar facilmente. Ouvi dizer que Pedro queria forçá-la a casar com o filho do mordomo da família Santos, que é um paciente psiquiátrico, e ela escapou após chamar a polícia. A voz de Daniel estava um pouco rouca. Ele não entendia por que toda a malevolência do mundo parecia destinada a atacar essa mulher tão bondosa. O rosto de Marcos estava sombrio, com o olhar fixo na janela do carro. — Naquela época, a Srta. Silva estava cega ao gostar de alguém como Pedro, acabou encontrando uma pessoa ruim... — Daniel comentou. Seis anos atrás, ele já achava que Pedro não era bom o suficiente para Carolina. Mas na época, Carolina só tinha olhos para
— O Presidente Santos está muito ocupado, já é bom que ele pense em você, garotinho. — Afonso sorriu, agachando-se, e acariciou a cabeça de Tiago pela fresta do portão. — Já resolvi a sua matrícula, amanhã Augusto terá tempo para te levar à escola. Estude bem e não abra a porta para estranhos. Tiago assentiu obedientemente. De repente, lembrou-se de algo e correu rapidamente para dentro de casa, voltando com um papel cuidadosamente dobrado. — Isto é um presente para o papai. Tiago realmente se esforçava para agradar José, ele realmente queria que José fosse seu pai. Afonso pegou o papel, suspirou, mas não corrigiu o modo como o garoto chamava. — Amanhã, o Presidente Santos e eu vamos viajar para Cidade C, você deve se comportar em casa. — O tio vai trazer a mamãe de volta? — Tiago sentia falta da mãe. — Vou. — Afonso assentiu. Ele já descobrira que Carolina provavelmente foi para Cidade C, e José foi para lá antecipadamente para procurá-la. Recentemente, Pedro e