Ela parecia não saber fazer isso. Cinco anos de vida na prisão não haviam permitido que ela usasse maquiagem. Mesmo antes disso, ela não costumava usar maquiagem, era apenas no palco que os maquiadores a maquiaram. Carolina entrou na sala de maquiagem com as roupas nas mãos. Primeiro trocou de roupa e, nervosa, olhou para si mesma no espelho. O vestido tinha mangas longas, mas era muito justo, delineando seu corpo quase à perfeição... O pescoço de Carolina era longo. Desde criança, praticava balé, o que o tornara longo e gracioso. Aquele rosto era perfeitamente delicado, pálido, cabelos negros presos em um rabo de cavalo baixo atrás das orelhas. Exceto pela palidez dos lábios, ela quase podia ser considerada perfeita. Especialmente com aquelas pernas longas. Carolina tinha 1,69m de altura, não particularmente alta, mas com proporções corporais perfeitas. Suas pernas eram esguias e brancas, apenas as contusões arroxeadas ainda visíveis eram impactantes. Respirand
Carolina, com medo, apertou os dedos e lançou um olhar de socorro para Elisa. — Presidente Nono, ela é nova aqui, acabou de terminar o treinamento, é nossa recepcionista. Algum problema? — Elisa correu para lá. — Levante a cabeça! — A voz de Marcos era fria, e ele parecia impaciente. Carolina apertou os dedos com força e lentamente levantou a cabeça. Marcos ficou surpreso por um momento, depois riu. — Nada não, confundi com outra pessoa. Elisa suspirou aliviada, sinalizando para Carolina se retirar. Marcos não disse mais nada e saiu direto. Carolina soltou um suspiro de alívio, cinco anos se passaram, Marcos certamente a esquecera. Quando Marcos se afastou, Alice se aproximou tremendo. — A presença desse figurão é diferente, assustador demais. Carolina também estava com as pernas bambas. Alice sorriu, apoiando Carolina. — Ficou assustada, não é? Eu achei que o Presidente Nono tinha se interessado por você, que susto! Carolina sorriu, meio sem jeito. —
— É uma universitária? — Carolina parecia jovem e tinha um bom corpo, ninguém diria que ela já tinha tido um filho. O Presidente André estava quase tocando a perna de Carolina com a mão. — Ela não serve. — Depois de ficar em silêncio por muito tempo, Marcos finalmente falou com uma voz calma. Carolina, nervosa, recuou um pouco, ficando ali com a cabeça abaixada. O Presidente André ficou surpreso e Marcos falou novamente. — Ela já teve um filho. A bandeja nas mãos de Carolina quase caiu no chão, seu coração batia forte; Marcos realmente a tinha reconhecido. Presidente André e os outros ficaram espantados. — O Presidente Nono a conhece? E essa mulher, mesmo tendo tido filhos, mantém um corpo tão bom? — Uma jovem mãe, isso eu gosto ainda mais. — Outro empresário riu e comentou. Carolina corou de raiva, não de vergonha. O olhar desses homens sobre as mulheres era como escolher vegetais no mercado. Era humilhante. — Ela? Difícil de conquistar. — Marcos deu um s
Dentro do quarto, todos ficaram instantaneamente chocados. Então, esta era a amante de Marcos... Não é de se admirar que ela não aceitasse os oito milhões, tendo dado a Marcos um filho ilegítimo, nem oito milhões, nem mesmo bilhões, seria difícil resistir. — Você pode sair agora. — Marcos pediu para Carolina sair. Carolina olhou, atônita, para Marcos, naquela noite... era realmente ele? Desesperada, fugiu do quarto, se escondeu no banheiro por um longo tempo, lavando o rosto repetidamente com água fria. Esses anos, ela sempre foi assombrada pela memória daquela noite, um pesadelo corroendo sua alma. Durante seus cinco anos na prisão, ela sonhou quase toda noite com mãos tateando seu corpo, puxando-a para o inferno. Ela se odiava por, naquela noite, não ter ficado completamente lúcida, odiava ter sucumbido às drogas que estavam na bebida. O mais difícil de aceitar para Carolina foi que, naquela noite, além de se sentir enojada, ela desistiu de resistir. Ela
Marcos tinha uma expressão que parecia um sorriso nos olhos, como se estivesse esperando para ver o que Carolina queria fazer. Juntando coragem, Carolina se levantou e, de cabeça baixa, foi até ele. — Presidente Nono... — Algum problema? — Marcos perguntou, olhando para Carolina com um interesse oculto. — Foi você... há seis anos? — Carolina perguntou baixinho, ainda de cabeça baixa. Marcos olhou para Carolina atentamente; agora, entre uma multidão, ele talvez nem a notasse. A mulher que uma vez chamou sua atenção era a brilhante cisne branco no palco, não este patinho feio humilde e coberto de poeira. Pode-se dizer que destruir alguém é realmente fácil, basta cinco anos. — Quem você gostaria que fosse? — Marcos perguntou. Ele sabia tudo sobre Carolina. Cinco anos atrás, ele realmente tinha a intenção de levar aquele cisne branco para casa. Mas, na época, Carolina era muito orgulhosa. Ela se recusou a se curvar, então ele só pôde esperar para vê-la perde
Marcos entendeu e se encostou no assento, sorrindo. — Entre no carro, não me faça pedir pela terceira vez. Os dedos de Carolina quase se machucaram de tanto apertar a si mesma. Ela olhou para suas roupas, certificando-se de que estavam limpas, e abriu cuidadosamente a porta de trás do carro. — Sente-se na frente. — Marcos sinalizou. Carolina pensou um pouco e então sentou-se na frente. Marcos não disse nada e levou Carolina ao shopping. — Saia do carro. — Marcos pediu para Carolina sair. Carolina ficou sentada, imóvel. Depois de um bom tempo, Carolina finalmente falou. — Eu... eu quero voltar. — Você acha que, ficando comigo por três anos, vai ser como uma dona ou uma faxineira? — Marcos quase riu. Carolina continuou em silêncio. — Desça, se eu vou ou não fazer o teste de paternidade depende de você me obedecer. — Sem escolha, Marcos a ameaçou. Carolina não cedia facilmente, a menos que fosse ameaçada. Carolina desceu do carro e seguiu Marcos. Marc
Ela deveria ter se mantido alerta; esses homens eram todos iguais. Sem exceção. Para eles, uma mulher era apenas um brinquedo novo por um tempo, nada mais. O estilista, percebendo o erro, tapou a boca em pânico. — Presidente Nono, isso é... — Leve-a. — Marcos esfregou a testa incomodado, enquanto se sentava no sofá folheando uma revista. — Quem é essa mulher de aparência desleixada que o Presidente Nono trouxe hoje? Presidente Nono nunca traz pessoas à loja, ainda mais segurando a mão dela. — Eu acho que ela parece tímida, como se fosse do interior. Presidente Nono está mudando de gosto? Já não gosta mais daqueles cisnes brancos altivos? Carolina trocava de roupa no provador, ouvindo as mulheres fofocando lá fora. A costureira media o tamanho de Carolina, perguntando em voz baixa. — Qual é a sua relação com o Presidente Nono? Carolina ficou em silêncio. A costureira sorriu e disse. — Você é muito bonita, seja confiante, mantenha a postura ereta. Presidente N
Marcos arqueara as sobrancelhas, uma mulher? José realmente viera a Cidade C com tanto alarde para encontrar uma mulher? — Organize tudo, não podemos descuidar com José, amanhã à noite vou organizar pessoalmente. — Marcos ordenara ao assistente que revisasse a agenda. — Adie os compromissos dos próximos dias, com José na Cidade C, eu precisarei acompanhá-lo. O assistente entendia a importância de José, mas parecia que o Presidente Nono só estava usando José como desculpa. Porque o olhar de Marcos estava constantemente sobre Carolina. — Investigue a família Santos e a família Silva, descubra por que ela veio para a Cidade C. — Marcos sabia que Carolina estava fora da prisão e sempre quisera uma oportunidade de ir para a Cidade A, mas nunca esperara que Caroline viesse até ele. Encostando-se no sofá, o olhar de Marcos estava cheio de significado. Desta vez, foi Carolina quem o procurara... Então não podia culpá-lo por não soltar mais. — Ela... ela não era a recepcioni