— Às vezes você é esperta, às vezes não? — José, claramente irritado, puxou Carolina para si e deu um leve toque em sua testa.Carolina fechou um olho instintivamente, achando que seria muito dolorido, mas ele controlou a força.— Seis anos... Com o temperamento de Sofia, se ela realmente tivesse provas de que estive com ela há seis anos, ela não iria divulgar? Em outras palavras, se ela fosse a pessoa que esteve comigo antes de seis anos, ela teria esperado até agora para revelar?Carolina pensou sobre isso, mas se não fosse Sofia, quem mais poderia ser?Se fosse outra pessoa, poderia ser ainda mais complicado.José segurou Carolina em seus braços e começou a editar seu post no Instagram.Legenda: De mãos dadas, envelhecer juntos.Em pouco tempo, o post de José dominou a plataforma, alcançando o topo das tendências.Todos estavam comentando no Instagram dele, dizendo que haviam terminado o namoro.Os três primeiros comentários mais populares receberam respostas inesperadas de José.Co
— Eu só quero saber se é verdade ou não. — Pedro levantou a mão, puxando os cabelos, claramente com muita dor de cabeça.— Que verdade ou mentira, ela mesma admitiu no tribunal, você já esqueceu? — Lídia revirou os olhos, pegou a xícara de café e se dirigiu até a janela. — Vamos continuar. José deixou seu pai furioso, e os membros do conselho estão lá. Seu pai certamente vai tomar uma decisão, e assim que você tiver mais ações do que José, podemos o tirar definitivamente do jogo.Lídia queria que José fosse expulso do Grupo Santos, expulso da Família Santos.Sem o Grupo Santos, sem a Família Santos, o que restaria para José? Como ele teria coragem e qualificação para se orgulhar?Os dedos de Pedro se apertaram lentamente, e ele se endireitou. — OK.Ele faria o possível para convencer seu pai a entregar a empresa para ele.Ele não seria pior do que José.Sem o apoio do Grupo Santos, o que José representaria?Queria dar a volta por cima? Criar seu próprio negócio? Ele jamais permitiria q
Do lado de fora da porta, Afonso continuava apertando a campainha e ligando sem parar.No entanto, José simplesmente ignorava, fingindo não ouvir nada.— Sr. Ricardo, por favor, não se irrite, não se irrite! Estou aqui na porta da sua casa batendo, mas parece que o Sr. José não está em casa. Vou dar um jeito de entrar em contato com ele. Não tome nenhuma atitude precipitada, por favor!— Sr. Ricardo, o Sr. José é seu filho. Que pai ficaria realmente bravo com o próprio filho? Não pode agir assim!— O conselho também não vai concordar com isso! — Afonso estava à beira do desespero, quase soltando um xingamento.Era óbvio que Ricardo estava tentando usar as ações e o cargo de presidente como forma de ameaçar José. Ele havia deixado bem claro: José tinha meia hora para chegar à sala de reuniões da empresa. Caso contrário, ele convocaria o conselho para o destituir de seu cargo.— Sr. José! — Afonso desligou o telefone quase chorando.Agora não era o momento certo! Ele não conseguia entend
E se ele realmente fosse expulso da empresa? O que ele faria?— Querido... — Carolina mordeu o lábio, com a voz tão baixa que mal dava para ouvir.Os dedos de José pararam por um momento, e ele se sentou mais ereto. — Não ouvi.Do lado de fora, os gritos de Afonso eram tão desesperados que pareciam estar matando um animal.— Sr. José! Sr. José, por favor, saia......Carolina queria rir, mas também sentiu pena de Afonso.Só podia agradar a José primeiro. — Querido...— Esse nome está te incomodando? — José ergueu uma sobrancelha, puxando Carolina para o seu abraço. — Não escutei direito.— Querido... — Carolina fez força e disse, sem mais opções.Na verdade, ao dizer isso, não foi tão estranho quanto ela imaginava, e até sentiu um leve... encantamento.José apertou um pouco mais os braços ao redor de Carolina, abaixou a cabeça e a beijou na testa. — O casamento deveria ser algo sagrado, mas foram esses canalhas que estragaram tudo...Seu olhar ficou pesado, e José se levantou, trocando
Cidade A, prisão.- Ao sair, não olhe para trás, viva bem.Carolina se virou e se curvou, ficou tremendo no vento frio.Cinco anos.Quando foi presa, tinha apenas 21 anos.- Entre no carro.Ao lado da estrada, estacionava um Maybach preto, e a voz do homem era fria.Ele era o irmão de Carolina, a quem ela chamou de irmão por 21 anos, até descobrir subitamente que não tinha laços de sangue com ela.- Irmão... - Carolina disse com a voz rouca, olhando para baixo de forma desconfortável.- Não sou seu irmão, não me enoje. - Rui Silva ficou sério e verificou o relógio. - Você roubou vinte e um anos da vida de minha irmã, a fez sofrer abusos naquela casa, como ousa me chamar de irmão.Carolina mexeu os lábios rachados, mas não conseguiu dizer uma palavra.A Silva de Cidade A tinha apenas uma filha, Carolina, filha do empregada, enquanto a verdadeira herdeira da família Silva havia sido secretamente substituída pela filha do empregada.- Desculpe... - Carolina murmurou com a voz rouca após u
Houve um apagão diante de seus olhos quando Carolina foi forçada a entrar no carro, tremendo e desesperada, encolhida no canto.Ela não podia doar um rim. Ela ainda não podia morrer.- Carolina, como foram esses cinco anos na prisão? - Pedro olhou para a mulher encolhida no canto, já não foi mais a mulher orgulhosa e altiva de tantos anos atrás, uma complexidade inexprimível ecoava em seu coração.Carolina deu uma esquivada, talvez um reflexo da violência que sofreu na prisão, e, com medo, segurou a cabeça.- Perdeu a língua? - Pedro olhava com desgosto para a Carolina nesse estado, levantou a mão e segurou o queixo dela, o sangue escuro na testa contrastando fortemente com o rosto pálido.- Estou bem... - A voz de Carolina tremulava, o desespero e o ódio foram evidentes em seu olhar.Sob a interferência de Pedro, sua vida na prisão foi pior do que a morte.No dia em que foi liberta, a colega de cela que a intimidava há tanto tempo finalmente não aguentou e lhe contou a verdade, que fo
A repulsa nos olhos de Pedro cresceu com a menção do filho bastardo, e ele desejava que Carolina morresse.Naquela época, Carolina fazia sexo com outro homem, envergonhando a família Santos, e depois engravidou. Antes de entrar na prisão, deu à luz aquele bastardo.Carolina olhou desesperadamente para Pedro, como se nunca o tivesse conhecido. - A criança, a criança é inocente!- Inocente? Quando Luana foi trocada e levada para viver uma vida inferior em sua casa, ela também era inocente. - Ana gritou agudamente, dando a Carolina mais dois tapas.Se não fosse João intervir, ela teria continuado a bater em Carolina para aliviar sua raiva.Com a cabeça baixa, os olhos inchados e vermelhos, Carolina permitiu-se ser espancada.Vinte e um anos de criação, essa era a dívida que ela tinha que pagar.Respirando fundo, Carolina encheu os olhos de lágrimas, olhou para Pedro, sua voz fraca e determinada. - Vou doar...Desde que não mexam com seu filho, ela faria qualquer coisa.- Você é realmente
A água do balde não conseguiu deixar Carolina acorda, mas a febre repentinamente a acometeu.- O que está acontecendo? Rápido, vamos salvá-la! - Coincidentemente, um médico estava fazendo sua ronda e, ao ver a palidez de Carolina, fez uma avaliação preliminar. - Leve-a imediatamente para a sala de emergência!Pedro permaneceu parado, com os dedos dormentes, agarrando bruscamente a gola da camisa de Rui. - Você disse que ela estava fingindo?Rui também estava nervoso e, ao afastar a mão de Pedro, respondeu: - Como eu poderia saber? Ela é uma mestre em fingir, já ouviu a fábula do Lobo em Pele de Cordeiro?- Não se preocupe, ela não vai morrer. - Ana, exibia toda a sua aura de senhora rica, calçando saltos altos, afirmou com firmeza. - Doutor, já que ela concordou em doar um rim para a nossa Luana, por favor, aproveite para verificar se os rins dela são compatíveis.O médico franzia o cenho. - Primeiramente, vamos salvá-la.- Dr. Pinto, seu pai e o pai do nosso João são bons amigos, há c