Lídia engasgou por um momento.— Se você não faz parte do conselho de administração, por que está aqui? Esperando o Ano Novo? — José fez um gesto para que o segurança expulsasse Lídia.O rosto de Lídia ficou sombrio. "José, eu sou sua parente mais velha de qualquer forma. Sua mãe faleceu cedo, fui eu quem te criou."— Parente? Eu pelo menos te considerava uma pessoa, mas você não acha que deve fingir um pouco demais? — José bateu na mesa.Os outros parentes prenderam a respiração. Esse garoto enlouqueceu hoje? — José... ela é, afinal, a esposa atual do seu pai. Dê algum respeito a ele.— Mordomo Eduardo, meu pai ainda tem dignidade? Pensei que, à essa altura, ele já não se importasse com isso. — José se recostou na cadeira com preguiça, com uma expressão de desafio.Afonso, de pé ao lado, limpou o suor da testa. O Presidente Santos enlouqueceu hoje...— José Santos! Você está indo longe demais! Minha mãe nunca te provocou, mas você continua machucando os sentimentos dela. E agora, nem
Ricardo ficou em silêncio por um momento, achando que tinha ouvido errado. — Quem?— A Família Oliveira... Raul Oliveira. — O assistente respondeu apressadamente.Ricardo mudou de expressão em um segundo, acenando para que o advogado saísse e lançando um olhar de advertência para José.Esse filho... talvez ainda tivesse algum valor.A Família Oliveira valia muito mais do que a Família Reis.No passado, Ricardo tentou de todas as formas para discutir uma aliança matrimonial com a matriarca da Família Oliveira, mas a verdadeira filha da família nunca foi encontrada.Para isso, Ricardo chegou a contratar investigadores para ajudar na busca e, assim, conquistar a família.Infelizmente, depois de anos de busca, nada foi encontrado.Agora, a Família Oliveira veio pessoalmente propor uma aliança matrimonial?...A chegada da Família Oliveira deixou todo o conselho de administração chocado. Afinal, era a Família Oliveira.Mesmo que o Grupo Santos estivesse prosperando sob a liderança de José,
Pedro olhou chocada para Lídia. — Foi você quem arranjou meu noivado com a verdadeira herdeira da Família Silva! Agora quer que eu desfaça o noivado?— Você é burro? Qual é mais importante, a Família Silva ou a Família Oliveira? — Lídia olhou para Pedro com raiva. — Você é meu filho, então tem que me ouvir! Eu decidi isso!Ela bateu na mesa e saiu com passos firmes em seus saltos altos.Ela precisava encontrar a verdadeira herdeira da Família Oliveira o mais rápido possível....No escritório do presidente.Raul já havia partido. A conversa entre os dois havia sido tão agradável que Ricardo o acompanhou até o elevador com um sorriso paternal. — Se meu filho, José, fosse metade do que você é, eu já estaria tranquilo.— O senhor está exagerando, admiro muito José. É por isso que desejo que minha irmã mais nova se case com ele.— Excelente! Então estamos combinados. Daremos um ano para encontrar minha sobrinha. — Ricardo assentiu. — Mande lembranças para sua mãe.Assim que as portas do e
— José... Presidente Santos. — Carolina entrou no carro, um pouco nervosa.José estava irritado com ela?— Você não foi demitida? — José a lembrou.Carolina fez um "tá" e só então percebeu.— E agora, como você deve me chamar? — José perguntou com um rosto sombrio.— Eu... eu não posso te chamar assim o tempo todo. — Carolina achava o apelido um pouco constrangedor.— Dói na boca? — José estava claramente insatisfeito. — Ou eu não sou digno?— Não, não é isso. — Carolina abanou as mãos apressadamente, abaixando a cabeça, nervosamente. — Você está bravo comigo?José suspirou e a puxou para um beijo repentino. — Por que eu estava bravo?Carolina corou, nervosa ao olhar ao redor. Estavam na frente da escola... ainda bem que não havia muitas pessoas.— Raul Oliveira foi te procurar? — Carolina perguntou em voz baixa.— Você está me escondendo coisas? Entrou em contato com Raul pelas minhas costas? José segurou uma das mãos dela enquanto dirigia com a outra.— Foi apenas... uma parceria.
Mas essa maneira de pensar é muito egoísta.Em vez de restringir e limitar Carolina, seria melhor dar-lhe toda a segurança para que ela pudesse florescer livremente.— Não importa o que você queira fazer, faça com coragem. Ganhar ou perder, eu estarei sempre atrás de você.Carolina olhou para José com surpresa e permaneceu assim por um longo tempo.Então é assim que é ter alguém apoiando você.Ela o beijou espontaneamente, pegando a si mesma de surpresa. O que ela estava fazendo?Com a mente girando rapidamente, Carolina quis fugir.José também ficou atônito, mas reagiu mais rapidamente. Ele segurou sua cabeça e sorriu. — Você me provocou e agora quer fugir?— Eu... eu não fiz isso. — Carolina abaixou a cabeça, corada, sem coragem de olhar para José.— Vamos. — José sorriu e começou a dirigir para casa. — Em casa, você vai ter que me explicar direitinho por que quer trabalhar como assistente de Raul. Só essa coisa eu não aceito.— Mas eu já aceitei o pedido de Raul. — Carolina o olhou
Na entrada da creche.Augusto, com o rosto vermelho e sem fôlego, ligou para Júlia. — Da próxima vez, não faça isso.Antes de sair de casa, Júlia o abraçou e o beijou no pescoço. A marca ficou visível, e Carolina a notou.— O que eu fiz de errado? — Júlia perguntou pelo telefone. — Foi só um beijo. Você disse que me compensaria e eu podia fazer o que quiser. Então, por que não aceitou quando eu quis fazer sexo com você?— Você... — Tiago passou a mão na testa. Essa mulher um dia ainda o deixaria louco. Ela não é reservada de todo.Amanhã à noite. — Júlia disse com naturalidade.— Amanhã... eu tenho planos. — Augusto tossiu, desviando o olhar, claramente desconfortável.— O quê? Você é um imperador que precisa escolher uma data auspiciosa para encontrar sua concubina? — Júlia estava irritada. — Não vai me dizer que você não consegue, né?Augusto já sentia que poderia ter um infarto.— Não estou pedindo sua opinião. Estou apenas informando. — Júlia riu. — Amanhã à noite, essa é a decisã
— João estava cego? — José olhou desconfiadamente. Ele achava a análise de Zé duvidosa.— Ei, você não viu as fotos da Linda quando jovem, ela não era feia. — Zé tomou um gole de cerveja. — Estou falando sério. Linda não é o tipo de pessoa que trataria Luana tão bem sem motivo.— E mais, quando surgiu a história das crianças trocadas, só João e Luana fizeram o teste de DNA. Carolina nunca foi testada com Linda.José relaxou no sofá e tomou um gole de vinho. — Três dias. Descubra tudo.— Três dias? José, você é um tirano? — Zé protestou.— Cale a boca. — José respondeu com o semblante carregado.Se Carolina fosse mesmo filha biológica de João, a crueldade de Linda durante esses seis anos seria imperdoável.— Eu refiz o teste de paternidade entre você e Tiago, já está no seu e-mail. Você tem certeza de que não vai abrir? — Zé disse em tom misterioso.José inspirou fundo e passou a mão pela testa. — Não diga isso a ninguém, especialmente à Carolina.Ele já imaginava qual seria o resultad
— Evan?No meio da noite, Tiago acordou sonolentamente e procurou pelo Evan ao seu lado.Ele não estava lá.Ouvindo um barulho na sala, ela levantou da cama. — Evan, você está com sede?Mas a sala estava vazia. Não havia resposta.Na mesa de jantar, estava o copo de água de Evan. No chão, seus chinelos.— Tio! Evan foi levado embora! — Tiago gritou, correndo para fora.Evan, sendo o jovem mestre da família Oliveira, com um fetiche pela limpeza, nunca andava descalço pela casa. E Tiago ouviu o som de alguém fechando a porta em sono. Alguma coisa estava errada.Augusto também estava muito alerta, acordando imediatamente, saltando da cama e indo até a sala. — O que houve?— Tio, eu não encontrei o Evan. Ele deixou os chinelos para trás. Alguém entrou em casa e o levou! — Tiago estava assustado.— Calma. — Augusto verificou a fechadura da porta. Nenhum sinal de arrombamento.Obviamente foi alguém que conhecia a casa. Linda tinha vivido aqui por um tempo e ainda tinha uma cópia da chave.—