—Mas essa maneira de pensar é muito egoísta.Em vez de restringir e limitar Carolina, seria melhor dar-lhe toda a segurança para que ela pudesse florescer livremente."Não importa o que você queira fazer, faça com coragem. Ganhar ou perder, eu estarei sempre atrás de você."Carolina olhou para José com surpresa e permaneceu assim por um longo tempo.Então é assim que é ter alguém apoiando você.Ela o beijou espontaneamente, pegando a si mesma de surpresa. O que estava fazendo?Com a mente girando rapidamente, Carolina quis fugir.José também ficou atônito, mas reagiu mais rapidamente. Ele segurou sua cabeça e sorriu. "Você me provocou e agora quer fugir?""Eu... eu não fiz isso." Carolina abaixou a cabeça, corada, sem coragem de olhar para José."Vamos." José sorriu e começou a dirigir para casa. "Em casa, você vai ter que me explicar direitinho por que quer trabalhar como assistente de Raul Oliveira. Só essa coisa eu não aceito."Carolina o olhou com medo. "Mas eu já aceitei o pedido
—Na entrada da creche.Tiago, com o rosto vermelho e sem fôlego, ligou para Júlia Pinto. "Da próxima vez, não faça isso."Antes de sair de casa, Júlia o abraçou e o beijou no pescoço. A marca ficou visível, e Carolina a notou."O que eu fiz de errado?" Júlia perguntou pelo telefone. "Foi só um beijo. Você disse que me compensaria. Então, por que não aceitou quando eu quis passar a noite com você?""Você..." Tiago passou a mão na testa. Essa mulher um dia ainda o deixaria louco.Amanhã à noite." Júlia disse com naturalidade."Amanhã... eu tenho planos." Tiago tossiu, desviando o olhar, claramente desconfortável."O quê? Você é um imperador que precisa escolher uma data auspiciosa para encontrar sua concubina?" Júlia estava irritada. "Não vai me dizer que você não consegue, né?"Tiago já sentia que poderia ter um infarto."Não estou pedindo sua opinião. Estou apenas informando." Júlia riu. "Amanhã à noite está decidido.""Deixa para lá." Tiago desligou rapidamente. Aquela mulher era dema
—José Santos olhou desconfiado. "Rui Silva estava cego?" Ele achava a análise de Zé Mores duvidosa."Ei, você não viu as fotos da Linda Carol quando jovem, ela não era feia." Zé Mores tomou um gole de cerveja. "Estou falando sério. Linda Carol não é o tipo de pessoa que trataria Luana Martins tão bem sem motivo.""E mais, quando surgiu a história das crianças trocadas, só Rui e Luana fizeram o teste de DNA. Carolina nunca foi testada com Linda Carol."José relaxou no sofá e tomou um gole de vinho. "Três dias. Descubra tudo.""Três dias? José, você é um tirano?" Zé protestou."Cale a boca." José respondeu com o semblante carregado.Se Carolina fosse mesmo filha biológica de Rui, a crueldade de Linda Carol durante esses seis anos seria imperdoável."Eu refiz o teste de paternidade entre você e Tiago, já está no seu e-mail. Você tem certeza de que não vai abrir?" Zé disse em tom misterioso.José inspirou fundo e passou a mão pela testa. "Não diga isso a ninguém, especialmente à Carolina."
—No meio da noite, Carolina acordou sonolenta e procurou pelo Evan ao seu lado.Ele não estava lá.Ouvindo um barulho na sala, ela levantou da cama. "Evan, você está com sede?"Mas a sala estava vazia. Não havia resposta.Na mesa de jantar, estava o copo de água de Evan. No chão, seus chinelos."Tio! Evan foi levado embora!" Carolina gritou, correndo para fora.Evan, sendo um jovem perfeccionista, nunca andava descalço pela casa. Alguma coisa estava errada.Tiago acordou imediatamente, saltando da cama e indo até a sala. "O que houve?""Tio, eu não encontro o Evan. Ele deixou os chinelos para trás. Alguém entrou em casa e o levou!" Carolina estava assustada."Calma." Tiago verificou a fechadura da porta. Nenhum sinal de arrombamento.Provavelmente foi alguém que conhecia a casa. Linda Carol tinha vivido ali por um tempo e ainda tinha uma cópia da chave."Carolina, ligue para sua mãe e venha comigo." Tiago decidiu não deixar a sobrinha sozinha.Se Linda Carol realmente tinha levado Evan
—"Parece que nossa família está à beira da falência..." Joana Reis falou com a voz embargada. "Nosso nome está sendo arruinado pela opinião pública. Nossas marcas de alimentos e têxteis estão sofrendo. Além disso, José Santos cortou todos os laços financeiros entre a Família Santos e nossa família."Joana Reis apertou as mãos com raiva. "Por que José Santos está tentando destruir nossa família por completo?"Ela não tinha sido leal a ele?Ela o apoiara incondicionalmente e até o ajudara a lidar com seus próprios parentes.E era assim que ele retribuía?"Mesmo sem a Família Santos, nossa fortuna não deveria nos levar à falência..." Joana Reis olhou para o pai em confusão."O mais estranho é que parece ter sido um efeito dominó da mídia. Você ouviu falar da Empresa Universal? Surgiu do nada e rapidamente dominou vários setores. Dizem que há capital estrangeiro por trás, mas ninguém sabe quem está no controle." O pai também não entendia como haviam desagradado a essa empresa misteriosa."
Os pais de Sofia trocaram um olhar, visivelmente tensos. — Sofia... Estamos falando da Família Oliveira.Eles já tinham percebido qual era o plano dela.— Ricardo é um sujeito que só pensa no próprio bolso. E, além do mais, temos uma carta na manga contra ele. É só convencer o cara a colaborar que todo mundo sai ganhando. — Sofia zombou. — E outra, quem quer ficar rico tem que correr riscos. Que diferença faz se é a Família Oliveira? Depois que aceitarem a filha de volta, acha que ainda vão fazer teste de DNA todo dia?— Além disso... Sofia deu um sorriso frio. — Com toda a grana e poder que eles têm, não acharam a filha verdadeira até hoje. E ela nasceu prematura, né? Aposto que nem está mais viva.Sofia apertou os olhos, respirou fundo e continuou: — Pai, mãe, é agora ou nunca. Se eu me tornar a herdeira da Família Oliveira, vocês acham que a nossa família ainda vai precisar se curvar para Família Santos? José não vai ter outra escolha além de noivar e casar comigo!Ela cerrou os pun
Cidade A, prisão.- Ao sair, não olhe para trás, viva bem.Carolina se virou e se curvou, ficou tremendo no vento frio.Cinco anos.Quando foi presa, tinha apenas 21 anos.- Entre no carro.Ao lado da estrada, estacionava um Maybach preto, e a voz do homem era fria.Ele era o irmão de Carolina, a quem ela chamou de irmão por 21 anos, até descobrir subitamente que não tinha laços de sangue com ela.- Irmão... - Carolina disse com a voz rouca, olhando para baixo de forma desconfortável.- Não sou seu irmão, não me enoje. - Rui Silva ficou sério e verificou o relógio. - Você roubou vinte e um anos da vida de minha irmã, a fez sofrer abusos naquela casa, como ousa me chamar de irmão.Carolina mexeu os lábios rachados, mas não conseguiu dizer uma palavra.A Silva de Cidade A tinha apenas uma filha, Carolina, filha do empregada, enquanto a verdadeira herdeira da família Silva havia sido secretamente substituída pela filha do empregada.- Desculpe... - Carolina murmurou com a voz rouca após u
Houve um apagão diante de seus olhos quando Carolina foi forçada a entrar no carro, tremendo e desesperada, encolhida no canto.Ela não podia doar um rim. Ela ainda não podia morrer.- Carolina, como foram esses cinco anos na prisão? - Pedro olhou para a mulher encolhida no canto, já não foi mais a mulher orgulhosa e altiva de tantos anos atrás, uma complexidade inexprimível ecoava em seu coração.Carolina deu uma esquivada, talvez um reflexo da violência que sofreu na prisão, e, com medo, segurou a cabeça.- Perdeu a língua? - Pedro olhava com desgosto para a Carolina nesse estado, levantou a mão e segurou o queixo dela, o sangue escuro na testa contrastando fortemente com o rosto pálido.- Estou bem... - A voz de Carolina tremulava, o desespero e o ódio foram evidentes em seu olhar.Sob a interferência de Pedro, sua vida na prisão foi pior do que a morte.No dia em que foi liberta, a colega de cela que a intimidava há tanto tempo finalmente não aguentou e lhe contou a verdade, que fo