Tantos anos se passaram, e nunca houve alguém disposto a falar uma palavra justa por ela, nem mesmo meia palavra.Não importava o quanto ela lutasse, gritasse ou resistisse, não adiantava, ninguém iria ouvir.Ela era como uma flor murcha pisada na lama, sem forças para lutar por muito tempo.Mas as palavras de José, de alguma forma, fizeram seu coração, já morto há muito tempo, se mover milagrosamente.— Irmão... não, não é isso, naquela época ela ainda não tinha conspirado com a mãe dela, Linda Carol, foi depois que elas conspiraram para tentar roubar o dinheiro da minha família. — Luana, olhando para José, estava inexplicavelmente nervosa e gaguejava enquanto falava.A presença de José era muito forte.José não deu mais atenção a Luana, caminhando diretamente na direção de Carolina. — Dona Lopes não está aqui, então pedi que ela me trouxesse um copo d'água, algum problema?Pedro olhou para José em estado de choque; as palavras estavam corretas, mas o fato de José estar explica
Carolina ficou parada onde estava, extremamente desconfortável, apertando as mãos com nervosismo. Ela não ousava entrar no carro, estava suja.— Obr...obrigada, não, não precisa. — Carolina acenou rigidamente com a mão.José não disse mais nada. Ele pretendia ir embora, mas ao ver Carolina mancar através do espelho retrovisor, ficou inexplicavelmente irritado....Carolina não voltou para casa.Com a aparência desleixada e os ferimentos no rosto e nas mãos, Augusto certamente ficaria preocupado se a visse assim.Sem poder mudar a situação atual, preocupar os familiares seria apenas adicionar mais preocupações.No passado, Carolina era a estimada joia da família Silva, então em seu crescimento, ela não tinha enfrentado grandes injustiças ou humilhações.Ela foi muito bem protegida, cresceu sob o sol e nunca vivenciou a escuridão dos níveis mais baixos.Depois de perder tudo, ela entendeu como era inútil para alguém sem respaldo resistir.Encontrando um banco no parque próximo,
José olhou para Carolina por um instante, sem dizer nada.Ela fez isso de propósito? Então, não era tão tola assim.Ele pensou que Carolina era alguém tímida, que não sabia se defender. Ter astúcia era melhor do que ser verdadeiramente fraca.— Ela quer se proteger, e em Cidade A, só você pode protegê-la. É melhor não se meter em problemas desse tipo. — O assistente achava que Carolina era apenas um problema.— Concentre-se em dirigir. — José franziu a testa.O assistente se calou imediatamente.José era esperto e odiava problemas, especialmente aqueles como a filha mais velha da família Reis, de quem não conseguia se livrar, quem diria lidar com mais uma como Carolina.— Presidente Santos... aquela senhorita da família Reis o procura todos os dias. Se você não vai vê-la em um dia, ela começa a causar confusão. Você diz que entrou na cama dela por acidente, mas isso trouxe muitos problemas. — O assistente, convivendo tanto tempo com José, se sentiu à vontade para fazer piadas.
Carolina correu para fora do hospital, olhando para o relógio enquanto se dirigia para a casa dos Santos.Ela não podia se atrasar, precisava muito desse dinheiro para resolver o problema escolar de Tiago.Após alguns passos, Carolina sentiu uma forte dor no coração.Depois de parar, Carolina apoiou-se na parede, respirando pesadamente por um bom tempo antes de continuar a correr.Ela ainda precisava encontrar, antes de morrer, o homem que a forçou no hotel seis anos atrás.Ele era o pai biológico de Tiago, e Carolina precisava que ele cooperasse para um exame.No carro preto estacionado à beira do hospital, José viu Carolina correndo com uma marmita e franziu a testa. — Aquilo que te pedi para investigar, conseguiu?— Presidente Santos... Carolina foi voluntária para cuidar de Luana na casa dos Santos, ouvi dizer que é por um salário mensal de dez mil reais e por uma vaga na escola de seu filho. — Afonso disse de má vontade, relutando em deixar José se envolver.— Presidente S
Casa dos Santos.Carolina não teve dinheiro para pegar um táxi, então correu do hospital até a casa dos Santos e chegou às oito e trinta e cinco.Ela se atrasou cinco minutos.Pedro parecia ter esperado de propósito no jardim por ela, com uma expressão nada amigável.— Atrasada. — Pedro olhou para o relógio, a voz baixa.Carolina abaixou a cabeça e entrou na casa, pois só precisava cuidar de Luana, não precisava dar atenção ao humor de Pedro.— Pare aí. — Pedro estendeu a mão para impedir Carolina. — Estou perguntando pela última vez, quem é aquele homem?Ele estava obcecado em saber quem era o homem pelo qual Carolina escolheu traí-lo.Se não era Leandro, quem seria?Bernardo?Ele investigou e não era Bernardo.Aquela noite no hotel teve muitas pessoas, Pedro nunca poderia adivinhar quem era o homem.Entre as pessoas que Carolina conhecia, muito poucos ousariam ter um caso com ela.— Eu também gostaria de saber... — Carolina olhou para Pedro e empurrou a mão dele.— O qu
Empresa Santos.— Presidente Santos, estas são todas as informações que consegui encontrar sobre Carolina. Veja, é bem complicado. — Afonso entregou o relatório de investigação a José.José pegou e deu uma olhada. A vida de Carolina se dividia basicamente em dois períodos: um era na época em que ela era a filha mais velha da família Silva, um período cheio de destaque. Ela não só tinha bom desempenho nos estudos e um alto nível de talento, como também tinha inúmeros prêmios e honrarias, chegando a entrar na universidade de Cidade A com a melhor nota do município.No campo amoroso também estava tudo bem, desde o ensino médio namorava Pedro, um jovem casal que ambas as famílias aprovavam e apoiavam.No entanto, quando sua vida estava no auge, ela despencou direto para o fundo do poço.Não, na verdade não foi apenas para o fundo, mas sim para o inferno.A verdadeira filha da família Silva voltou, e Carolina, a impostora, tornou-se um rato que todos queriam ver morto, caindo do pedes
No andar de baixo.Tiago procurou por muito tempo e não encontrou a mamãe, então ele, aproveitando que o tio não estava prestando atenção, escapuliu.Ele foi, guiado pela memória, até a casa onde Pedro os tinha levado, ele e a mamãe, mas o segurança não o deixou entrar. Sem alternativas, ele veio procurar por José.Ele tinha visto nas notícias; todos sabiam que José era o homem mais poderoso de Cidade A.Então, ele tinha certeza de que José poderia salvar a mamãe.— Garoto, quantos anos você tem? Não pode ir por aí reconhecendo qualquer um como pai, entendeu? — O segurança estava brincando com o pequeno, afinal, Tiago, com seus cinco anos, estava na fase mais adorável, bonito e charmoso, conquistando a todos facilmente.— Ele é meu pai. — Tiago dizia de forma inocente.Provavelmente, era a admiração infantil pelos fortes, ele queria que o homem mais poderoso fosse seu pai, assim ele poderia proteger a mamãe.— Esse menino é um talento. — O segurança disse, sorrindo para a jovem
— Muito simples. — Tiago diz, com uma expressão de confusão, como se buscar o endereço de uma empresa não necessitasse de instrução.— Quem é o seu pai? — José acha interessante conversar com esse garoto.Afonso dirige o carro, seus olhos quase presos no retrovisor. Este é realmente o Presidente Santos? Entreter uma criança dessa maneira.— Você é o papai. — Tiago claramente acredita que José é seu pai.No mundo simples de uma criança, essas coisas são diretas, sem complexidades.José esboça um sorriso. Ele nunca soube que poderia ser tão querido pelas crianças.Como ele se lembra, o pestinha da Luísa chorava ao vê-lo, como se estivesse diante de um monstro.Sem dúvida, esse garotinho era ainda mais adorável. — Você me dá isso, e eu te compro um novo, pode ser? Tiago pensa por um momento, depois assentiu ingenuamente. — Se você gosta, eu te dou, não precisa comprar um novo para mim. — Por quê? — Não quero que o papai gaste dinheiro. — Tiago sabe que ganhar dinheiro é difíc