Carolina correu para fora do hospital, olhando para o relógio enquanto se dirigia para a casa dos Santos.Ela não podia se atrasar, precisava muito desse dinheiro para resolver o problema escolar de Tiago.Após alguns passos, Carolina sentiu uma forte dor no coração.Depois de parar, Carolina apoiou-se na parede, respirando pesadamente por um bom tempo antes de continuar a correr.Ela ainda precisava encontrar, antes de morrer, o homem que a forçou no hotel seis anos atrás.Ele era o pai biológico de Tiago, e Carolina precisava que ele cooperasse para um exame.No carro preto estacionado à beira do hospital, José viu Carolina correndo com uma marmita e franziu a testa. — Aquilo que te pedi para investigar, conseguiu?— Presidente Santos... Carolina foi voluntária para cuidar de Luana na casa dos Santos, ouvi dizer que é por um salário mensal de dez mil reais e por uma vaga na escola de seu filho. — Afonso disse de má vontade, relutando em deixar José se envolver.— Presidente S
Casa dos Santos.Carolina não teve dinheiro para pegar um táxi, então correu do hospital até a casa dos Santos e chegou às oito e trinta e cinco.Ela se atrasou cinco minutos.Pedro parecia ter esperado de propósito no jardim por ela, com uma expressão nada amigável.— Atrasada. — Pedro olhou para o relógio, a voz baixa.Carolina abaixou a cabeça e entrou na casa, pois só precisava cuidar de Luana, não precisava dar atenção ao humor de Pedro.— Pare aí. — Pedro estendeu a mão para impedir Carolina. — Estou perguntando pela última vez, quem é aquele homem?Ele estava obcecado em saber quem era o homem pelo qual Carolina escolheu traí-lo.Se não era Leandro, quem seria?Bernardo?Ele investigou e não era Bernardo.Aquela noite no hotel teve muitas pessoas, Pedro nunca poderia adivinhar quem era o homem.Entre as pessoas que Carolina conhecia, muito poucos ousariam ter um caso com ela.— Eu também gostaria de saber... — Carolina olhou para Pedro e empurrou a mão dele.— O qu
Empresa Santos.— Presidente Santos, estas são todas as informações que consegui encontrar sobre Carolina. Veja, é bem complicado. — Afonso entregou o relatório de investigação a José.José pegou e deu uma olhada. A vida de Carolina se dividia basicamente em dois períodos: um era na época em que ela era a filha mais velha da família Silva, um período cheio de destaque. Ela não só tinha bom desempenho nos estudos e um alto nível de talento, como também tinha inúmeros prêmios e honrarias, chegando a entrar na universidade de Cidade A com a melhor nota do município.No campo amoroso também estava tudo bem, desde o ensino médio namorava Pedro, um jovem casal que ambas as famílias aprovavam e apoiavam.No entanto, quando sua vida estava no auge, ela despencou direto para o fundo do poço.Não, na verdade não foi apenas para o fundo, mas sim para o inferno.A verdadeira filha da família Silva voltou, e Carolina, a impostora, tornou-se um rato que todos queriam ver morto, caindo do pedes
No andar de baixo.Tiago procurou por muito tempo e não encontrou a mamãe, então ele, aproveitando que o tio não estava prestando atenção, escapuliu.Ele foi, guiado pela memória, até a casa onde Pedro os tinha levado, ele e a mamãe, mas o segurança não o deixou entrar. Sem alternativas, ele veio procurar por José.Ele tinha visto nas notícias; todos sabiam que José era o homem mais poderoso de Cidade A.Então, ele tinha certeza de que José poderia salvar a mamãe.— Garoto, quantos anos você tem? Não pode ir por aí reconhecendo qualquer um como pai, entendeu? — O segurança estava brincando com o pequeno, afinal, Tiago, com seus cinco anos, estava na fase mais adorável, bonito e charmoso, conquistando a todos facilmente.— Ele é meu pai. — Tiago dizia de forma inocente.Provavelmente, era a admiração infantil pelos fortes, ele queria que o homem mais poderoso fosse seu pai, assim ele poderia proteger a mamãe.— Esse menino é um talento. — O segurança disse, sorrindo para a jovem
— Muito simples. — Tiago diz, com uma expressão de confusão, como se buscar o endereço de uma empresa não necessitasse de instrução.— Quem é o seu pai? — José acha interessante conversar com esse garoto.Afonso dirige o carro, seus olhos quase presos no retrovisor. Este é realmente o Presidente Santos? Entreter uma criança dessa maneira.— Você é o papai. — Tiago claramente acredita que José é seu pai.No mundo simples de uma criança, essas coisas são diretas, sem complexidades.José esboça um sorriso. Ele nunca soube que poderia ser tão querido pelas crianças.Como ele se lembra, o pestinha da Luísa chorava ao vê-lo, como se estivesse diante de um monstro.Sem dúvida, esse garotinho era ainda mais adorável. — Você me dá isso, e eu te compro um novo, pode ser? Tiago pensa por um momento, depois assentiu ingenuamente. — Se você gosta, eu te dou, não precisa comprar um novo para mim. — Por quê? — Não quero que o papai gaste dinheiro. — Tiago sabe que ganhar dinheiro é difíc
— Eu vejo que você não está suja, não ouça o que ela diz. — Nuno entregou o chocolate na mão de Carolina.Carolina não hesitou, pegou o chocolate e comeu um pedaço.Luana não sabia que, na primeira vez que mencionou que casaria Carolina com Nuno, Carolina já havia perguntado em segredo aos empregados sobre a situação de Nuno.Nuno tinha transtorno bipolar e delírios persecutórios, mas ele não surtava o tempo todo, apenas quando era provocado.Quando ele não estava em crise, não havia diferença entre ele e uma pessoa normal.Carolina estudara psicologia na prisão e lera muitos livros sobre o assunto, então compreendia a psicologia desse tipo de pessoa: eles odeiam ser menosprezados, têm um ego sensível e frágil, mas também possuem um forte instinto de proteção. Apenas fingindo ser uma vítima mais fraca que eles é possível despertar esse instinto protetor.— Dona Lopes disse para você ser minha esposa, disse que eu poderia fazer amor com você. — Nuno sentou-se ao lado de Carolina,
Fora do depósito, Dona e algumas pessoas conversavam alegremente, sem se importar com o destino de Carolina.Um carro preto entrou, e Dona rapidamente ficou em pé, assustada. — Se... Senhor José.Por que José estava de volta neste horário?Normalmente, José nunca voltava nesse horário.José desceu do carro, e um pequeno garoto o acompanhava.Dona ficou pálida de medo, não era aquele o filho ilegítimo de Carolina?— Senhor José, como você...— Onde está Carolina? — José perguntou em um tom sério.— Não... não a vi. — Dona rapidamente negou com a cabeça.Tiago olhava na direção do depósito nos fundos, e ao ouvir o som de coisas sendo quebradas, começou a correr para lá.Na sua primeira visita à casa dos Santos, eles o trancaram com sua mãe lá.— Tiago! — Afonso, ainda desconfiado desse menino, seguiu-o.O depósito estava trancado por fora, mas havia claramente alguém dentro.— Abra a porta! — Afonso gritou.As mãos de Dona tremiam de medo, hesitando em abrir a porta.— Não
Carolina não disse nada e fechou os olhos, fingindo estar desmaiada. Ela tinha medo de ser descoberta. Os olhos de José pareciam um sol ardente, como se pudessem ver através de tudo, sem lugar para se esconder. Afonso olhou para Tiago, que estava sentado no banco da frente, apertando o cinto de segurança sem emitir nenhum som, e não resistiu em consolá-lo. — Sua mãe está bem, não vai acontecer nada com ela. Tiago finalmente criou coragem para olhar para a mãe. Ele não era medroso nem tinha medo de sangue; ele tinha medo de perder a mãe. José franziu a testa e, instintivamente, tirou o paletó para cobrir Carolina, escondendo as manchas de sangue em suas roupas. Ele temia que a criança ficasse assustada ao ver. Tiago olhou firme para Carolina e depois para José. — Papai, você vai sempre proteger a mim e à mamãe, certo? José hesitou por um momento, ele não podia prometer isso à criança, pois sabia que não podia cumprir. Ele não podia cuidar de Carolina o tempo todo.