— Sr. José… — Fora do hotel, o secretário Costa veio buscá-los de carro.Sofia estava parada ao lado do carro, olhando para José com nervosismo.José nem olhou uma vez para Sofia, pegou ativamente o computador da mão de Carolina e abriu a porta do carro para Carolina: — Entre.Carolina ficou surpreendida e sabia que José estava fazendo isso intencionalmente, usando-a como escudo.Mas esse era também o seu valor.— José… podemos conversar, por favor? — Sofia falou com uma voz chorosa: — Ontem à noite, você bebeu muito e eu só estava cuidando de você, José… por favor, acredite em mim, está bem?José fez um sinal para Afonso fechar a porta.— Sra. Sofia… depois que o projeto de Cidade S terminar, vamos falar, okay? — Afonso tentou acalmá-la em voz baixa.Sofia ficou parada no mesmo lugar com os olhos marejados, assistindo impotente enquanto José fechava a porta do carro.— Sra. Sofia… — O secretário abriu a porta do passageiro e pediu para ela entrar.Sofia entrou no carro com rancor.— E
Afonso saiu do carro e abriu a porta para José.José desceu do carro e ficou esperando Carolina também descer.Ele até se ofereceu para proteger a cabeça dela, com medo de que ela se ferisse batendo.Afonso tossiu baixinho e, ao ver Sofia com os olhos marejados e parada ao lado do secretário, falou em voz baixa: — Sr. José… Isso é demais, já é suficiente, a Sra. Sofia está chorando.José deu uma olhadela para Afonso. Isso era problema dele?— Além disso, tem tantos jornalistas e da mídia olhando, você está colocando Carolina em uma situação difícil, ela já está bastante no centro das atenções. — Afonso estava preocupado com Carolina.José pensou por um momento e achou que o que Afonso disse tinha razão, então foi direto para o local da reunião.Afonso suspirou de alívio e agarrou Carolina: — O Sr. José está fazendo tudo isso para a Sra. Sofia ver, não se meta a pensar demais. Embora nosso Sr. José seja muito bonito, você não pode ter outros sentimentos, é muito complicado se você se ap
As palavras daquele homem não eram nem muito altas, nem muito baixas, apenas o suficiente para que as pessoas ao seu redor as ouvissem.— É a Carolina? A falsa filha no caso da verdadeira e falsa filha rica seis anos atrás.— Sim, ouvi dizer que sua vida privada também é muito desregrada e que ela tem contatos com vários homens.— Carolina, você esqueceu de mim? — O homem olhou para Carolina com zombaria: — Agora que se apegou ao Sr. José, como pode esquecer o antigo amante?— Eu sou o seu primeiro homem. — Era óbvio que aquele homem tinha vindo para incriminar Carolina.Antes de vir para o banquete, Carolina já havia adivinhado quais seriam os truques de Lídia.Ela tinha a ousadia de usar Carolina para desacreditar José.Todas as pessoas se reuniram para ver o que acontecia e o Sr. Domingos, que estava conversando com José, ficou surpreso.— José… O que está acontecendo? — O senhor conhecido de José perguntou, confuso.— Sr. José, como você pode deixar uma pessoa como essa ao seu lado
Aqueles homens que eram inferiores a ela tentariam denegrir suas realizações e habilidades, e aquelas mulheres que eram inferiores a ela também ousariam dizer que ela conseguiu sua posição por meio de homens.Carolina estava agradecida a Lídia hoje, pois isso lhe dava a oportunidade de ganhar a simpatia da mãe de André.— Agora, responda-me. Minha marca de nascença está no braço esquerdo ou no braço direito. — A voz de Carolina era baixa: — Se você não puder responder, vou processá-lo por difamação segundo a lei.O homem ficou surpreso e, instintivamente, olhou para Lídia.— Por que você está olhando para a Sra. Lídia? Será que foi ela quem lhe pediu para difamar o Sr. José e prejudicar a cooperação da licitação dessa vez, planejando isso intencionalmente? — Carolina olhou para Lídia com uma expressão de pânico: — Sra. Lídia, como você pode fazer isso? Embora José seja o filho da esposa legítima do Sr. Ricardo, você está sendo muito parcial.Lídia estava tão ocupada em agradar à mãe de
Cidade A, prisão.- Ao sair, não olhe para trás, viva bem.Carolina se virou e se curvou, ficou tremendo no vento frio.Cinco anos.Quando foi presa, tinha apenas 21 anos.- Entre no carro.Ao lado da estrada, estacionava um Maybach preto, e a voz do homem era fria.Ele era o irmão de Carolina, a quem ela chamou de irmão por 21 anos, até descobrir subitamente que não tinha laços de sangue com ela.- Irmão... - Carolina disse com a voz rouca, olhando para baixo de forma desconfortável.- Não sou seu irmão, não me enoje. - Rui Silva ficou sério e verificou o relógio. - Você roubou vinte e um anos da vida de minha irmã, a fez sofrer abusos naquela casa, como ousa me chamar de irmão.Carolina mexeu os lábios rachados, mas não conseguiu dizer uma palavra.A Silva de Cidade A tinha apenas uma filha, Carolina, filha do empregada, enquanto a verdadeira herdeira da família Silva havia sido secretamente substituída pela filha do empregada.- Desculpe... - Carolina murmurou com a voz rouca após u
Houve um apagão diante de seus olhos quando Carolina foi forçada a entrar no carro, tremendo e desesperada, encolhida no canto.Ela não podia doar um rim. Ela ainda não podia morrer.- Carolina, como foram esses cinco anos na prisão? - Pedro olhou para a mulher encolhida no canto, já não foi mais a mulher orgulhosa e altiva de tantos anos atrás, uma complexidade inexprimível ecoava em seu coração.Carolina deu uma esquivada, talvez um reflexo da violência que sofreu na prisão, e, com medo, segurou a cabeça.- Perdeu a língua? - Pedro olhava com desgosto para a Carolina nesse estado, levantou a mão e segurou o queixo dela, o sangue escuro na testa contrastando fortemente com o rosto pálido.- Estou bem... - A voz de Carolina tremulava, o desespero e o ódio foram evidentes em seu olhar.Sob a interferência de Pedro, sua vida na prisão foi pior do que a morte.No dia em que foi liberta, a colega de cela que a intimidava há tanto tempo finalmente não aguentou e lhe contou a verdade, que fo
A repulsa nos olhos de Pedro cresceu com a menção do filho bastardo, e ele desejava que Carolina morresse.Naquela época, Carolina fazia sexo com outro homem, envergonhando a família Santos, e depois engravidou. Antes de entrar na prisão, deu à luz aquele bastardo.Carolina olhou desesperadamente para Pedro, como se nunca o tivesse conhecido. - A criança, a criança é inocente!- Inocente? Quando Luana foi trocada e levada para viver uma vida inferior em sua casa, ela também era inocente. - Ana gritou agudamente, dando a Carolina mais dois tapas.Se não fosse João intervir, ela teria continuado a bater em Carolina para aliviar sua raiva.Com a cabeça baixa, os olhos inchados e vermelhos, Carolina permitiu-se ser espancada.Vinte e um anos de criação, essa era a dívida que ela tinha que pagar.Respirando fundo, Carolina encheu os olhos de lágrimas, olhou para Pedro, sua voz fraca e determinada. - Vou doar...Desde que não mexam com seu filho, ela faria qualquer coisa.- Você é realmente
A água do balde não conseguiu deixar Carolina acorda, mas a febre repentinamente a acometeu.- O que está acontecendo? Rápido, vamos salvá-la! - Coincidentemente, um médico estava fazendo sua ronda e, ao ver a palidez de Carolina, fez uma avaliação preliminar. - Leve-a imediatamente para a sala de emergência!Pedro permaneceu parado, com os dedos dormentes, agarrando bruscamente a gola da camisa de Rui. - Você disse que ela estava fingindo?Rui também estava nervoso e, ao afastar a mão de Pedro, respondeu: - Como eu poderia saber? Ela é uma mestre em fingir, já ouviu a fábula do Lobo em Pele de Cordeiro?- Não se preocupe, ela não vai morrer. - Ana, exibia toda a sua aura de senhora rica, calçando saltos altos, afirmou com firmeza. - Doutor, já que ela concordou em doar um rim para a nossa Luana, por favor, aproveite para verificar se os rins dela são compatíveis.O médico franzia o cenho. - Primeiramente, vamos salvá-la.- Dr. Pinto, seu pai e o pai do nosso João são bons amigos, há c