— Você amava o muito? — José questionou em voz baixa, com um tom de repreensão.— Amava… — Carolina não mentiu.Ela tinha realmente amado muito Pedro no passado.— Esqueça-o! — José agarrou o queixo de Carolina, e a voz carregava uma ameaça.Provavelmente, Carolina nunca havia sentido a verdadeira pressão de José e nunca o tinha visto realmente bravo antes.Antes, só sabia que todos tinham medo de José, incluindo os empregados da Família Santos.Mas quando José realmente a pressionou, Carolina sentiu frio na espinha.— Não se esqueça da sua identidade atual. Você é minha mulher. — José lembrou Carolina.Carolina ficou com os olhos um pouco marejados e mordeu o canto da boca, sem dizer nada.Solando Carolina, José arrumou a gravata com a cara fria e entrou no local da reunião.Carolina ficou parada no mesmo lugar, se apoiando na parede e demorou muito para se recuperar.Ela não sabia por que José estava bravo, só sabia negar a si constantemente.Era a própria sua existência que estava c
No quarto do hotel.José estava sentado ao lado da mesa e olhou para Carolina, que estava escondida no corredor e não se atrevia a se aproximar.— Tome o remédio. — José empurrou para frente a xícara com o remédio já misturado.Carolina se escondia nervosamente atrás da divisória e, ao ouvir a voz de José, baixou a cabeça e se aproximou.— Você prefere descansar no hotel ou sair para dar uma volta? — A vista do mar em Cidade S era bonita e José se lembrava de Carolina ter dito isso antes.Carolina segurou a xícara e os olhos brilharam um pouco.Ela não era boa em expressar-se, mas seus olhos nunca mentiam.Era fácil saber se ela gostava ou não de algo apenas olhando para os olhos dela.Quando José a vir pela primeira vez na Família Santos anos atrás, tinha achado que havia uma simplicidade em seus olhos.— A febre baixou? — José se levantou e tocou na testa de Carolina.O corpo de Carolina ficou rígido por um momento e, surpreendentemente, não se afastou.— Continua um pouco quente, to
— Alguém ajude!— Ajude! Chamem uma ambulância! Chamem uma ambulância!Fora da porta, Afonso gritava com pânico, com as mãos cheias de sangue.Carolina também tinha ‘sangue’ no rosto e no canto da boca, fingindo estar desmaiada, foi carregada fora do quarto por José e eles entraram apressados no elevador.— Sr. José, o que aconteceu? — Um funcionário perguntou com nervosismo.José estava com a pressão atmosférica baixa e não disse nada.Ao ver Afonso e os outros saírem, a pessoa de limpeza no corredor saiu secretamente, entrou no quarto que estava com a porta aberta e começou a procurar por toda parte a garrafa de água mineral aberta.E depois, a jogou rapidamente no vaso sanitário.— É verdade que é difícil prevenir as traições internas, mesmo sendo sempre vigilante. — Fora da porta, Afonso entrou com o gerente do hotel, falando em voz baixa e com sarcasmo.A pessoa de limpeza ficou tão assustada que a cara ficou branca e quase caiu sentada no chão.— Gerente…— Diga, quem mandou você
Na praia.José caminhava na frente e Carolina o seguia atrás.Com José ali, ela não tinha mais disposição para apreciar o mar.O coração batia um pouco desordenadamente e a mente de Carolina estava cheia de pensamentos sobre José…Ela tinha pensado que ele a levaria diretamente de volta para a Cidade A, mas nunca imaginou que ele a trouxesse para ver o mar mesmo.— Sr. José, já entregamos para a polícia. Essa pessoa de limpeza disse que foi a assistente de Lídia quem a mandou fazer isso. A polícia já controlou a assistente de Lídia, mas ela assumiu toda a responsabilidade e, por enquanto... não podemos responsabilizar Lídia.Afonso ligou para José.— Divulgue esse incidente para a mídia e diga que fui eu quem bebeu aquela garrafa de água e fiquei ferido. — A voz de José era baixa: — Substitua todas as notícias sobre o casamento arranjado entre as Famílias Reis e Santos na internet, não quero ver mais nenhuma notícia sobre o casamento arranjado, entendeu?— Sim, Sr. José.…José foi par
Carolina olhou para José surpresa e logo rapidamente virou a cabeça, apertando os dedos nervosamente e virando-se para fechar os olhos e fingir que estava dormindo.Ela provavelmente havia realmente sido enfeitiçada.Quando estava na prisão, Carolina havia lido um livro. Quando a tentação fatal estava na sua frente, ninguém podia resistir a esse tipo de atração. Mas quando se envolvia de verdade, a morte se aproximava silenciosamente.Carolina sabia que José era uma pessoa muito perigosa, perfeito e com um veneno mortal.Com um pequeno erro, seria o fim.Mas o coração ainda podia ser tocado.Provavelmente, ela realmente não tinha consciência própria.Sofia tinha dito para ela que não se transforme em uma piada novamente.Não sabia quanto tempo tinha dormido, Carolina foi acordada suavemente.— Carolina, chegamos a casa.Chegamos a casa…Abrindo os olhos lentamente, Carolina descobriu que, sem perceber, havia se apoiado no ombro de José.De repente, sentou-se direito, desabotoou o cinto
Cidade A, prisão.- Ao sair, não olhe para trás, viva bem.Carolina se virou e se curvou, ficou tremendo no vento frio.Cinco anos.Quando foi presa, tinha apenas 21 anos.- Entre no carro.Ao lado da estrada, estacionava um Maybach preto, e a voz do homem era fria.Ele era o irmão de Carolina, a quem ela chamou de irmão por 21 anos, até descobrir subitamente que não tinha laços de sangue com ela.- Irmão... - Carolina disse com a voz rouca, olhando para baixo de forma desconfortável.- Não sou seu irmão, não me enoje. - Rui Silva ficou sério e verificou o relógio. - Você roubou vinte e um anos da vida de minha irmã, a fez sofrer abusos naquela casa, como ousa me chamar de irmão.Carolina mexeu os lábios rachados, mas não conseguiu dizer uma palavra.A Silva de Cidade A tinha apenas uma filha, Carolina, filha do empregada, enquanto a verdadeira herdeira da família Silva havia sido secretamente substituída pela filha do empregada.- Desculpe... - Carolina murmurou com a voz rouca após u
Houve um apagão diante de seus olhos quando Carolina foi forçada a entrar no carro, tremendo e desesperada, encolhida no canto.Ela não podia doar um rim. Ela ainda não podia morrer.- Carolina, como foram esses cinco anos na prisão? - Pedro olhou para a mulher encolhida no canto, já não foi mais a mulher orgulhosa e altiva de tantos anos atrás, uma complexidade inexprimível ecoava em seu coração.Carolina deu uma esquivada, talvez um reflexo da violência que sofreu na prisão, e, com medo, segurou a cabeça.- Perdeu a língua? - Pedro olhava com desgosto para a Carolina nesse estado, levantou a mão e segurou o queixo dela, o sangue escuro na testa contrastando fortemente com o rosto pálido.- Estou bem... - A voz de Carolina tremulava, o desespero e o ódio foram evidentes em seu olhar.Sob a interferência de Pedro, sua vida na prisão foi pior do que a morte.No dia em que foi liberta, a colega de cela que a intimidava há tanto tempo finalmente não aguentou e lhe contou a verdade, que fo
A repulsa nos olhos de Pedro cresceu com a menção do filho bastardo, e ele desejava que Carolina morresse.Naquela época, Carolina fazia sexo com outro homem, envergonhando a família Santos, e depois engravidou. Antes de entrar na prisão, deu à luz aquele bastardo.Carolina olhou desesperadamente para Pedro, como se nunca o tivesse conhecido. - A criança, a criança é inocente!- Inocente? Quando Luana foi trocada e levada para viver uma vida inferior em sua casa, ela também era inocente. - Ana gritou agudamente, dando a Carolina mais dois tapas.Se não fosse João intervir, ela teria continuado a bater em Carolina para aliviar sua raiva.Com a cabeça baixa, os olhos inchados e vermelhos, Carolina permitiu-se ser espancada.Vinte e um anos de criação, essa era a dívida que ela tinha que pagar.Respirando fundo, Carolina encheu os olhos de lágrimas, olhou para Pedro, sua voz fraca e determinada. - Vou doar...Desde que não mexam com seu filho, ela faria qualquer coisa.- Você é realmente