— Eu e o Sr. André também tivemos uma conexão imediata. Fico feliz em pegar uma carona com você. — José disse sorrindo, abrindo ele mesmo a porta do passageiro da frente para André.— ... — André ficou preplexo, pensando como José já parecia estar tomando conta da situação.Carolina lançou um olhar furtivo a José. Era apenas impressão sua, ou ele parecia sorrir como uma raposa astuta?André, ainda atordoado com o gesto de José ao abrir a porta, automaticamente entrou no banco do passageiro. Em seguida, José fechou a porta e abriu a porta de trás, indicando com o olhar que Carolina entraria.Com uma expressão de perplexidade evidente, Carolina olhou para seu chefe, que quase parecia o anfitrião da situação. Quando José lhe lançou outro olhar indicando para que entrasse, agora mais firme, ela sentiu uma ponta de ameaça e, sem opção, subiu no carro, se encolhendo automaticamente no canto do assento.Sofia ficou aflita, querendo dizer algo, mas José já havia entrado e fechado a porta, sem
Sofia se sentou ao lado de Carolina, segurando sua mão com carinho. — André, não precisa perguntar mais. Carolina levou muito a sério a reforma na prisão, e depois que saiu, tem trabalhado com empenho, mudando sua vida e se esforçando muito. Só de olhar, já dá uma sensação de pena.André ficou chocado, sem saber nada sobre o tempo que Carolina passou presa.Carolina apertou os dedos e retirou sua mão de forma discreta, sem dizer nada.O que Sofia disse era verdade, ela não sabia como explicar.— Carolina, agora que saiu, deve se esforçar. Se deseja algo, deve o conquistar com suas próprias habilidades e trabalho, e não mais como antes. Nada cai do céu. Você já desfrutou de vinte anos de uma vida confortável sem esforço, mas essa fase sempre cobra seu preço. — Sofia suspirou, em um tom de “estou dizendo isso para o seu bem.” — Aqui não há estranhos, estamos todos entre amigos. Eu realmente gosto de você.Carolina ficou em silêncio, sem dizer nada.André, segurando seu copo de bebida, ol
Carolina estava parada no mesmo lugar, preocupada, enquanto ligava, ansiosa, para Afonso.— Afonso, o Sr. José bebeu demais. A Srta. Sofia e o secretário o levaram de carro. Eu comprei um remédio para ressaca, agora estou indo de táxi. Pode vir me encontrar?— Carolina, não estou no hotel. O Sr. José me pediu para resolver algo na Cidade L e só voltarei amanhã de manhã. — Disse Afonso, preocupado. — Pegue um táxi e vá direto para lá.Carolina tentou chamar um táxi, mas a rua estava praticamente vazia. Desesperada, ela começou a correr na direção do hotel. Depois de correr por uns cinco minutos, finalmente conseguiu parar um táxi à beira da estrada.— Por favor, me leve para o hotel H. Pode ir o mais rápido que conseguir?O motorista, que parecia entender a urgência, pisou no acelerador sem hesitar.Ao chegar, Carolina pagou rapidamente e correu para o elevador do hotel.— Olá, senhora, você é uma de nossas hóspedes? Precisamos verificar sua identidade. Pode mostrar seu documento na rec
Ao sair do hotel, Afonso entregou a ela os dois cartões do quarto e disse o número.Ao abrir a porta, Carolina encontrou a suíte vazia; não havia ninguém.Carolina, preocupada, ligou para José, mas ele não atendeu.Sofia provavelmente tinha reservado outro quarto.— Afonso, não encontro o Sr. José. Ele não está no quarto, acho que Sofia reservou outro. O que faço? — Carolina se agachou no chão, a voz quase em pranto.— Já verifiquei, Sofia está no 80269. Vá logo para lá. — Afonso também parecia aflito, ele já imaginava que algo assim poderia acontecer.O jeito que Sofia olhava para o Sr. José era como se quisesse o devorar vivo.Se Carolina chegasse tarde, seu chefe com certeza estaria em apuros.Carolina se levantou e correu para fora.— Toc, toc, toc! — Ela bateu ansiosa na porta.Mas Sofia não abriu.Carolina, quase chorando, sabia que chorar não resolveria. Precisava insistir.— Toc, toc, toc!Provavelmente irritada com as batidas, Sofia finalmente abriu a porta.Ela estava envolta
Por que estragar a vida pessoal do chefe?Com os olhos marejados, Carolina saiu, caminhando mecanicamente em direção ao seu quarto.O que ela estava sentindo?Por que ela estava tão triste?Seis anos atrás, quando Luana apareceu no hotel com Pedro para a flagrar, quando Pedro não acreditou nela, ela parecia não ter se sentido tão mal.Aquele sentimento de insegurança, desamparo, medo, tudo aquilo havia sido rapidamente suprimido.No momento em que Sofia desvendou seus sentimentos, ao dizer que ela gostava de José, Carolina se desesperou.Ela tinha medo de que alguém descobrisse o que ela sentia.Especialmente José.Ela não podia deixar que José soubesse...O fato de gostar de José era, para ela, como o manchar.— Carolina, não deixe que você se torne uma piada de novo...Piada? Ela era uma piada.Só porque José era diferente dos outros, ela se permitiu ter esses sentimentos.Que nojo... Carolina sentia nojo de si mesma.Ela deveria se olhar no espelho.Ver se realmente estava à altura.
— Por que está fugindo...? José havia perdido toda a razão e segurou o rosto de Carolina, beijando ela sem aviso. Talvez estivesse realmente fora de controle, sentiu nela aquele aroma familiar, o mesmo de seis anos atrás…Carolina não ousava se mover. Lágrimas quentes rolavam por seu rosto enquanto ela tentava, desesperada, empurrar ele, dominada pelo medo.— Que desconforto... — murmurou José, com a voz rouca e cheia de dor, escondendo o rosto em seu pescoço. Instintivamente, Carolina ergueu os braços e o abraçou de volta.Ela se sentia imunda, indigna de José... mas talvez fosse essa a única coisa que tinha a oferecer.Com dedos trêmulos, Carolina tentou desfazer a gravata de José, sem conseguir acreditar na própria loucura. Sim, devia estar enlouquecendo.José a observou com um olhar ardente, recostado contra a parede. Repentinamente, se levantou e a envolveu nos braços com apenas uma mão, fazendo ela gritar de susto. Carolina se agarrou a ele, tremendo, enquanto ele tentava a beija
No segundo dia, José acordou com uma forte dor de cabeça.“Droga... É aquela sensação de novo.”Apoiando-se para se sentar, José olhou sombrio para a cama, já vazia e bagunçada.A noite passada...A ressaca fazia José se sentir mal, e ele levou a mão à testa, massageando as têmporas com um semblante pesado.Seis anos atrás, ele já havia sido manipulado uma vez, nunca imaginou que, seis anos depois, passaria pela mesma situação.— José, você acordou. — Sofia saiu do banheiro, trazendo uma toalha molhada em mãos. — Enxugue o rosto...Sua voz estava um pouco rouca e havia uma ponta de timidez, com as bochechas coradas intensamente.José lançou um olhar frio para Sofia, e sua voz saiu gélida.— Sofia, eu não quis levar o que aconteceu há seis anos adiante porque já fazia muito tempo. Você me acha um idiota?Era revoltante ser manipulado repetidas vezes.— José... — Sofia deu um suspiro profundo, parecendo inocente. — José, não sei do que está falando, não fui eu. Eu só... cuidei de você on
Assim que Pedro conseguiu aquele projeto naquele momento, mesmo que não ameaçasse a posição de José por enquanto, ele também estava construindo uma base sólida para si.Na opinião dos membros do conselho de administração, a capacidade de Pedro era inferior e, naturalmente, José era melhor do que ele.Mas se Pedro conseguisse conquistar esse projeto neste momento, ele poderia ganhar a aprovação do conselho de administração.Com o apoio adicional de Lídia, Pedro poderia ameaçar diretamente a posição de José em breve.Carolina apertou os dedos, baixando a cabeça e ficando em silêncio.— Carolina, você poderia me ajudar, por favor? Eu também quero ajudar o José, mas ele está muito resistente a mim agora. Ele acha que eu estou planejando algo contra ele. Eu estou muito injustiçada. — Sofia abraçou carinhosamente o braço de Carolina: — Carolina, você poderia me ajudar, por favor?Carolina se afastou instintivamente de Sofia, encolhendo as pernas e apertando-as, sem dizer nada.— Você sabe po