— Você acha que ficando no Grupo Santos vai ter vida fácil? Ouvi minha mãe dizer que você voltou para se vingar, não é? — Luana zombou, obviamente menosprezando Carolina. — Com você? Se eu quiser, posso acabar com você como se fosse uma formiga.Luana olhou ameaçadoramente para Carolina, que permaneceu em silêncio.— Que cara de pau, como ela tem coragem de vir para o Grupo Santos? — E ainda quer ser assistente do Presidente Santos, o que ela está pensando?As pessoas ao redor apoiavam Luana, afinal, ela era vista como a "vítima", a verdadeira herdeira rica e a noiva legítima de Pedro. Enquanto Carolina era vista como uma ladra, sem poder ou influência, além de ter antecedentes criminais.— Ela usou métodos sujos para ameaçar José, para que ele a mantivesse como assistente. Isso é típico dela. — Luana falou com sarcasmo.Lídia não teve coragem de contar a ninguém sobre o casamento de Carolina com José, pois ainda não era o momento certo. Então, Luana apenas achava que Carol
— Você pode verificar as câmeras sozinho. — Carolina disse, respirou fundo e olhou para Rui. Havia câmeras de segurança em 360 graus na entrada do Grupo Santos. Se eles tinham dúvidas sobre ela, deveriam apresentar provas, em vez de fazer acusações diretas. Carolina também não quis se explicar, pois sentia que não adiantaria,quando Rui a empurrou, já tinha a condenado. Rui franziu as sobrancelhas, o olhar que lançou a Carolina era um misto de sentimentos.— Vamos. — Marcos tentou segurar a mão de Carolina, mas ela se esquivou. Carolina entrou no carro de Marcos em silêncio, de cabeça baixa. Marcos suspirou, ela era teimosa. Mesmo assim, ele não queria ser muito duro com ela. Com Tiago na jogada, Carolina nunca o cortaria completamente de sua vida.— Carolina, por que pensar em vir para a Santos de repente? — Marcos se preocupou com a decisão dela de entrar no Grupo Santos. Para Carolina conseguir trabalhar lá, José deve ter oferecido a oportunidade. Mas com Pedro e Lí
Até José sabia que apenas uma certidão de casamento poderia dar a ela a confiança necessária para a colaboração.Carolina sorriu amargamente, sentindo os olhos arderem e as lágrimas se acumulando. Ela e José também tinham um relacionamento de casamento por conveniência, semelhante ao de Marcos e Cátia. Era realmente triste. No entanto, a segurança e o respeito que José lhe oferecia eram coisas que Marcos não conseguia proporcionar.— Pense bem. — Marcos insistiu para que Carolina refletisse melhor. Ele sabia que Lídia não permitiria que Carolina trabalhasse na Santos, e que Pedro não a deixaria em paz depois de sair da prisão. Além disso, a Família Reis e a própria Cátia certamente trariam problemas para Carolina uma vez que também saísse da prisão. Se Carolina não estivesse ao seu lado, ele temia que ela se machucasse.— Marcos, eu tenho minha própria vida, tenho um filho para criar, um irmão, sou uma pessoa... — Carolina era grata a Marcos por ajudá-la tantas vezes. —
Carolina olhou para Marcos com a respiração acelerada, seu olhar era teimoso e determinado. — José não é esse tipo de pessoa.— Carolina! — Marcos esperava que Carolina ficasse chocada, decepcionada, mas nunca que sua primeira reação fosse defender José. — Você o conhece há poucos dias, o quanto sabe sobre ele? Você acha que alguém como José, que chegou aonde chegou, é um bom sujeito?— Isso é uma questão pessoal do Presidente Santos... não tem nada a ver comigo. — Carolina estava preocupada e um pouco triste. Não importava qual fosse o passado de José, isso não a afetava, eles estavam apenas num relacionamento de negócios. Mas por que tinha que ser Sofia, alguém da Família Reis? Ela apenas não queria mais problemas com eles.— Carolina, não se envolva com José. Ele não é como eu, ao menos meus sentimentos por você são genuínos e eu não a utilizaria. Mas José, ele pode te levar à ruína. — Marcos a soltou, sua voz tinha um tom de aviso.Carolina abaixou a cabeça, sem dizer nada. Mar
Afonso falou ansioso. Quando José saiu e entrou no elevador, sua voz estava baixa. — Ela agora é minha esposa legal, nominalmente. Você acha que eu deveria deixá-la dever favores a outro homem?— Mas ele é o pai do Tiago, qual o problema nisso... — Afonso estava tão ansioso que quase batia o pé no chão. Mas algo decidido por José era algo que ninguém poderia mudar....No Hospital da Cidade C.— Entre, vou te esperar aqui fora. — Marcos disse a Carolina, e foi para a área de fumantes acender um cigarro.Carolina olhou para Marcos, ansiosa, e estendeu a mão pedindo o celular. Marcos franziu a testa. — Quer falar com José? — Ele é meu chefe... — Carolina explicou.— Agora é hora de folga. — Marcos ficou um pouco enciumado. Se fosse outro homem, ele não se importaria, mas quando se tratava de José, Marcos ficava tenso.— Quem é você para me controlar? — Carolina estava tão irritada que seus olhos estavam vermelhos, mas ela não podia se dar ao luxo de provocar Marcos.— Carolina,
Quem iria querer se casar com uma mulher que não pode ter filhos?— Gabriel Rocha, agora eu realmente entendo que tipo de pessoa você é. — Matilde recostou-se na cama, falando com sarcasmo, aparentando estar calma, mas com o coração despedaçado. Depois de uma traição, Matilde não confiava mais em nenhum homem. Gabriel, esse homem, certamente se esforçou muito para conquistar o coração de Matilde novamente. Infelizmente, quando finalmente, depois de tanto tempo, ela entregou seu coração ferido a ele, Gabriel o desprezou cruelmente, pisoteando-o.Carolina olhou para Matilde, imaginando quanta dor ela deveria estar sentindo.— Onde você estava quando a Matilde se acidentou? — Carolina apertou os dedos e levantou-se. Carolina era muito tímida, e depois de passar por tantas coisas nos últimos anos, a ansiedade social a fazia evitar olhar homens desconhecidos nos olhos. Mas para defender Matilde, ela se levantou.— Eu estava ocupado. — Gabriel franziu a testa.— Mentira, eu te vi lá.
A voz de Marcos estava fria, com um tom que não permitia objeção. Matilde franziu a testa, olhando Carolina com compaixão. Nenhuma das duas estava em uma posição muito melhor que a outra. Alice ficou apavorada. Era o Marcos, o Presidente Nono? Será que ele estava mesmo com Carolina?Depois que Marcos levou Carolina embora, Alice falou baixinho. — Parece que o Presidente Nono gosta muito da Carolina. Será que ela vai virar a futura esposa do dono da Empresa K?Matilde suspirou e balançou a cabeça. — Um homem como Marcos nunca se casaria com uma mulher como nós. — Com um riso sarcástico, Matilde recostou-se na cama. — Pessoas como eles, no topo, fazem qualquer coisa para atingir seus objetivos. Eles apenas desfrutam do processo de conquista, mas nunca dariam a Carolina o título de esposa.— Então... — Alice hesitou sem terminar a frase. Não eram pessoas com quem elas deveriam se envolver, então era melhor não falar nada....No estacionamento. Carolina foi arrastada até o carro
— Carolina!Daniel entrou no beco, desesperado, olhando ao redor.Para onde ela foi?— Carolina!O beco estava silencioso. Daniel correu procurando por muito tempo, mas não encontrou Carolina. Ele não sabia que, quando Carolina se assustava, gostava de encontrar um canto para se esconder. Ela estava aterrorizada, escondida ao lado de uma lixeira no canto do beco, tremendo.Seis anos atrás.Durante uma festa, Carolina bebeu um copo de vinho e depois foi levada para um quarto, ficando com a consciência turva. Ela estava com muito medo, lutando e gritando internamente, mas seu corpo não respondia. Ela lutava para fugir, tentando se manter acordada, mas nada funcionava. Ela chorava e batia na porta, tentando sair, pedindo ajuda, lutando, mas ninguém a ajudou. Se as janelas panorâmicas do hotel não fossem todas fechadas, ela teria pensado até em pular.Ela ficou encolhida em um canto, lentamente perdendo a esperança em todos.— Vad…ia, sem vergonha.— Veja as marcas no corpo dela,