— Carolina, eu te aviso pela última vez, retire esta queixa e peça desculpas à Família Reis e à Família Santos! Caso contrário, não nos culpe por não sermos gentis com você. — Ana ameaçou Carolina com o dedo apontado para ela. Carolina balançou a cabeça. — As questões entre a Família Reis e a Família Santos não têm relação com a Família Silva. Eu devo a vocês vinte anos de criação, mas não devo nada à Família Reis ou à Família Santos. — Carolina! Agora você também aprendeu a retrucar? — Ana levantou a mão para bater em Carolina. — A senhora Silva também quer ir à delegacia? — Na porta, a voz de José soou fria. Rui ficou surpreso por um momento e franziu a testa ao olhar para José. Ele se aproximava de Carolina só para lidar com Pedro, para Rui, José também não era uma boa pessoa. Olhou significativamente para Carolina por um momento, Rui quis dizer algo, mas acabou não dizendo. — Mãe, pai, vamos embora. Ana respirava com dificuldade de raiva, virou-se para olhar José. — Jos
José estava recostado no assento, achando engraçado o modo como Carolina estava tão cautelosa. — Quer que eu abra a porta do carro para você? Carolina deixou escapar um som surpreso, abaixando a cabeça enquanto suas orelhas ficavam vermelhas. Distraída durante o trajeto, Carolina nem percebeu que aquela não era a rota para casa dela. Foi só quando o carro parou em frente ao Cartório de Registro Civil que José falou. — Saia do carro. Carolina ficou boquiaberta por um momento, apressadamente desceu do carro, olhando ao redor surpresa. — Pre...Presidente Santos? — Você não disse que quer que eu me case com você? — José caminhou em direção ao Cartório de Registro Civil. Carolina ficou parada, rígida, com os dedos e as pernas formigando. — Presidente Santos...não foi isso que eu quis dizer, eu não... José parou e olhou para Carolina. — Você pode recusar. — Na verdade, não precisava fazer isso... — Carolina gaguejou tentando explicar. —Ou você tem uma maneira melhor de se pro
— Vocês dois vieram mesmo tirar fotos para o registro de casamento? — perguntou cuidadosamente o funcionário do Cartório de Registro Civil.Como este casamento era apenas uma parceria, Afonso havia instruído o funcionário a manter tudo em sigilo. Carolina estava nervosa, sentada ao lado, segurando firmemente suas roupas. José, por outro lado, se aproximou dela.— Senhorita, sorria um pouco. — O funcionário brincou com Carolina, que parecia estar indo para a guilhotina para quem não soubesse da situação.Carolina olhou nervosamente para José e forçou um sorriso. O funcionário suspirou, ainda insatisfeito.— Augusto disse que quando Tiago era pequeno, ele gostava de correr pelado pela rua, e só aprendeu a usar calças depois que levou uma picada de abelha no bumbum. — José comentou, olhando para Carolina. — É verdade?Carolina olhou para os olhos de José, que brilhavam como flores de pessegueiro, e sentiu um aperto no coração. José, que não era de sorrir, estava tentando fazê-la rir. Ao
Carolina assentiu com a cabeça.— Ah, o escritório do Presidente Santos é uma área restrita, não pode entrar. — Afonso acrescentou.José lançou um olhar para Afonso e, sem expressão, falou. — Não há áreas restritas na casa, fique à vontade, mas prefiro não ser interrompido enquanto trabalho.Carolina assentiu rapidamente.— ... — Afonso pensou para si mesmo, isso não é um padrão duplo? Quando eu venho, o escritório é uma área restrita!— Todas as manhãs, às sete e meia, um chef virá pontualmente preparar o café da manhã. Se quiser algo específico, pode avisar a empregada com um dia de antecedência. — José deu uma olhada em Carolina. — Cuide bem da sua saúde, ser minha assistente pessoal pode ser cansativo.Carolina assentiu repetidamente, sentindo as palmas das mãos suando.— Se precisar de algo, pode me avisar antecipadamente. — José deu uma olhada no relógio, não havia mais nada a dizer, o telefone estava tocando constantemente, era Ricardo quem ligava.— Fique à vontade, descanse be
José estava sentado de frente para Ricardo, recostado preguiçosamente no sofá. — Sim.— A situação com Pedro precisa ser resolvida rapidamente. A liderança da empresa e o conselho estão começando a questionar. Pedro, afinal, é seu irmão e faz parte da Família Santos. O que afeta um de nós, afeta a todos. — Ricardo lembrou ao filho para não exagerar.— Posso ajudar Lídia e também Pedro. Aceitar casar com Carolina não é impossível. — José falou com um sorriso, em tom de negociação.No quarto, ao ouvir José dizer que estava disposto a ajudar, Lídia se animou, parando de usar oxigênio, calçou seus chinelos e saiu correndo. — José voltou! José, sobre seu irmão...— Tentei de tudo, a Família Silva e vocês forçaram Carolina a um beco sem saída. Além de casar com a Família Santos para se proteger, ela não tinha outra opção. Portanto, pressioná-la a retirar o caso é claramente impossível. — José deixou suas intenções à mostra.— José... E se nós enganássemos ela por enquanto? Você pode concorda
—Amanhã, eu vou levar Carolina ao cartório, e gostaria que meu pai fosse a testemunha. — José ajeitou a gravata e saiu diretamente.Ele não tinha medo de Lídia expor seu casamento com Carolina, pois Ricardo era alguém que valorizava demais a reputação da Família Santos e provavelmente gostaria de manter o caso em segredo.— Ricardo, José cresceu e está rebelde, nem mesmo respeita você, e começou a disputar as ações da família abertamente. As ações do nosso avô também pertencem a Pedro, por que todas para ele? — Lídia reclamou, chorando e se aproximando de Ricardo de maneira subserviente.Ricardo ficou com o rosto fechado. — Por que você não fala sobre como educou mal o seu filho! As ações do nosso avô estão no testamento!Lídia foi reprovada e alternou entre a palidez e a raiva, abaixando a cabeça e apertando as mãos com descontentamento. Ela não permitiria que José aproveitasse tudo sozinho....Na casa de José.Carolina estava sentada no sofá esperando por José já fazia algum tempo.
Carolina assentiu e serviu sopa para José. José hesitou por um tempo, embora já tivesse jantado, ele ainda queria usar o garfo e a faca. Carolina comia com cuidado e, assim que José colocou seus talheres de lado, ela também os colocou e começou a recolher os pratos. José, então, colocou os utensílios na lava-louças, algo que normalmente ele nunca faria.— Nós somos parceiros de trabalho, fora do horário de expediente, você não é empregada. — José disse a Carolina para não se esforçar tanto com os afazeres. Carolina estava agachada ao lado da lava-louças, hesitando por um tempo.Com as pontas dos dedos frias, Carolina olhou para o chão, desapontada. Cinco anos na prisão a deixaram completamente fora de sintonia com a sociedade, ela não sabia usar esses eletrodomésticos automáticos.José, percebendo que Carolina estava parada, se agachou ao lado dela e olhou. — Eu também não sei usar essa lava-louças, amanhã a empregada lava. — ele disse baixinho.Carolina olhou para José, sentindo seu
—Então escondam Carolina. — Marcos esfregou as têmporas. — Os meus parentes concordaram com o casamento com a Família Reis, não pode ser simplesmente cancelado. Eu só posso enrolar ou... me divorciar em três anos. — Presidente Nono, isso não é justo para Carolina e Tiago. — Daniel disse enquanto esperava o semáforo, com certa urgência na voz.— Justiça? O que é justiça? Casamento é apenas uma transação. Isso não afeta meus sentimentos por ela, posso dar-lhe tudo, exceto o nome. — Para Marcos, mesmo que Cátia se tornasse sua esposa, ela não passaria de um adorno. Ela não teria seu amor. Marcos poderia dar a Carolina tudo, menos o título de esposa.Daniel abriu a boca, mas não disse nada, continuando a dirigir em direção à casa de Augusto. No entanto, a oficina de Augusto estava fechada e tudo estava limpo.— Olá, e as pessoas que moravam aqui? — Daniel desceu do carro e perguntou a um vizinho.— Augusto? Ele se mudou. O dono daquela casa não prestava, mexia com a irmã dele, e Augusto d