Gustavo foi arrastado até o laboratório sem piedade.Sem hesitar, forçaram ele a ingerir todas as toxinas que um dia usou em suas vítimas. A dor era insuportável. Ele se contorcia no chão, o rosto estava pálido como cera, e espuma escorria de sua boca. Seus gritos de agonia ecoavam no espaço, mas ninguém demonstrava compaixão. Especialmente o Faraó.O Faraó se aproximou lentamente, enquanto Gustavo sofria, e começou a torturá-lo com uma lâmina.— Se não fosse por você, eu nunca teria sido separado da minha filha Estrella. Ela também não teria carregado essa mágoa contra mim durante todos esses anos. Você ainda teve a audácia de criar uma impostora para me enganar. Se não fosse pela desconfiança de Bernardo, minha Estrella estaria morta agora. — O Faraó disse um tom frio, mas firme. Era evidente que, para ele, nada era mais importante do que sua filha. Gustavo, por outro lado, havia ultrapassado todos os limites.No passado, o Faraó não aceitava a ideia de que sua filha estava morta. E
“O Faraó transformou Gustavo em algo irreconhecível?”Esther nunca imaginou que o Faraó fosse capaz de algo tão cruel. Mas, pensando bem, no passado, Iurani já havia feito coisas muito piores - saques, incêndios e assassinatos eram comuns.Ela respirou fundo antes de responder:— Eu disse quando cheguei aqui que não quero me envolver com Iurani. Estou apenas colaborando com vocês.— Mas, Esther, o laço de sangue entre nós nunca vai desaparecer. Você pretende nos negar para sempre? — Indigou Bernardo.Ele nunca tinha sido duro com ela antes, mas, dessa vez, ele precisava deixá-la ciente de que o laço que compartilhavam era algo inquebrável.— O futuro pertence ao futuro. — Esther desviou o olhar, tentando encerrar o assunto. — Minha vida agora está ótima, Bernardo...— Me chame de irmão. — Bernardo falou com um tom calmo, mas havia algo firme em sua voz. Ele acreditava que o tempo resolveria tudo. No entanto, cinco anos já haviam se passado, mas Esther ainda carregava o peso de uma mágo
As palavras de Esther eram como uma lâmina afiada. Em questão de segundos, Marcelo sentiu seu coração ser atravessado, sangrando e completamente despedaçado.Mas ele sabia que a dor dela era ainda maior. Esther carregava um fardo muito mais pesado.— Esther, calma. Algumas coisas precisam de tempo, mas eu prometo que vou te dar uma resposta satisfatória. Só peço que espere mais um pouco... — Disse Marcelo, soltando um respiro pesado. Ele tentava, do jeito que podia, acalmar a tempestade no coração dela.— Esperei cinco anos, Marcelo! — Esther cortou as palavras dele, com a voz cheia de raiva e mágoa. — Quanto tempo mais você quer que eu espere?Marcelo sequer teve tempo de responder. Esther gritou novamente:— Quer que eu passe o resto da minha vida esperando por você? Onde está meu filho, Marcelo? Me diga!Do outro lado da linha, um som invadiu os ouvidos de Esther. Marcelo havia desligado.Ela não sabia o motivo, mas uma coisa era clara: ligar de novo não adiantaria. Ou ele não atend
No hotel, tudo estava uma bagunça.Esther Moura acordou com uma dor intensa pelo corpo.Ela massageou a testa, pronta para se levantar, e olhou para a figura alta deitada ao lado dela.Um rosto exageradamente bonito, com traços definidos e olhos profundos.Ele ainda dormia profundamente, sem sinal de despertar.Esther se sentou, o cobertor deslizou, revelando seus ombros brancos e sensuais, marcados por algumas manchas.Ela desceu da cama, e no lençol havia marcas claras de sangue.Ao ver a hora, percebeu que estava quase na hora de ir para o trabalho. Pegou o tailleur que estava jogado no chão e vestiu.As meias-calças estavam rasgadas por ele.Ela as amassou e jogou no lixo, calçando os sapatos de salto alto.Ao mesmo tempo, alguém bateu na porta.Esther já estava vestida e pronta, parecendo novamente a secretária eficiente, pegou sua bolsa e foi em direção à saída.Quem entrou foi uma jovem de aparência pura e inocente.Ela quem tinha chamado.Exatamente o tipo que Marcelo Mendes go
Ao ouvir as suas palavras, Esther ficou surpresa e quase torceu o tornozelo. Perdendo o equilíbrio, ela se apoiou nele. Marcelo sentiu seu corpo inclinar e segurou sua cintura. O calor do toque trouxe de volta as lembranças da noite passada, quando ele a tomou com intensidade.Esther tentou se acalmar e levantou a cabeça para encarar ele. Seus olhos profundos eram sérios, com um misto de questionamento e dúvida, como se estivessem prestes a desvendar seus segredos. O coração de Esther batia acelerado. Ela não ousava sustentar o olhar dele por mais um segundo e, instintivamente, abaixou a cabeça.Quando ele pensou que a mulher que estava com ele ontem era aquela que acabou de ver, ficou furioso. Se soubesse que era ela, o destino dela não seria muito diferente.Mas ela não podia aceitar isso. Se Marcelo soubesse que era ela, será que o casamento deles poderia durar um pouco mais?Ela não teve coragem de olhar nos olhos dele: - Por que está perguntando isso?Apenas ela própria sabi
Ela levantou a cabeça e viu Sofia com um avental, segurando uma concha.Quando viu Esther, seu sorriso vacilou por um instante, mas logo voltou a ser acolhedor: - É uma amiga da tia? Acabei de fazer uma sopa, entre e se sente.Sua postura era tranquila, com uma atitude totalmente de dona da casa.Parecia que Esther era a visitante de longe.De fato, em breve ela seria uma estranha.Esther franziu a testa, se sentindo extremamente desconfortável.Quando se casou com Marcelo, fez um anúncio para toda a cidade. Sofia até enviou uma carta de felicitações. Então não tinha como ela não saber que ela era a esposa do Marcelo.Vendo que Esther não se mexia na porta, Sofia logo se aproximou e segurou sua mão: - Quem vem é sempre bem-vindo. Não seja tímida, entre.Quando ela se aproximou, o ar trouxe um leve aroma de jasmim, o mesmo perfume que Marcelo tinha dado a Esther no aniversário do ano passado, exatamente igual.Esther sentiu a garganta doer e a respiração ficar pesada, como se tivesse
- A Esther parece que não está muito bem hoje, ela não quis vir entregar os documentos, então só eu vim. - Sofia colocou sua mão queimada na frente dele. - Marcelo, você também não precisa culpar a Esther, acho que não foi de propósito, não atrasou nada, né.Os documentos da empresa acabaram indo parar nas mãos erradas, e esta foi a primeira vez que Esther fez algo assim.Marcelo estava com o semblante fechado, mas diante de Sofia ele conteve a raiva, apenas ajustou a gravata e falou num tom neutro: - Não tem problema. - Mudando de assunto, ele continuou. - Já que está aqui, que tal sentar um pouco?Ouvindo ele dizer isso, Sofia se sentiu um pouco animada. Pelo menos ele a aceitava, não a detestava.- Você não ia ter uma reunião? Não vou te atrapalhar?Marcelo então fez uma ligação: - A reunião foi adiada em meia hora.Sofia sorriu de canto, antes de vir, ela estava preocupada se ele guardava rancor por ela ter partido sem avisar, mas as coisas não pareciam tão ruins quanto imaginava
Esther parou de repente, não havia aquela harmonia de casal entre eles, mas sim uma distância mais como de um superior para uma subordinada. - Sr. Marcelo, tem mais alguma ordem? - Ela perguntou.Marcelo se virou para encarar o rosto distante de Esther, com um tom de comando em sua voz. - Se sente.Esther de repente não entendeu o que ele queria fazer.Marcelo se aproximou.Esther o observava se aproximando, e nesse momento, algo parecia diferente, fazendo ela sentir o ar rarefeito. Era puro ervosismo, com uma sensação estranha.Ela não se moveu, mas Marcelo tomou a iniciativa de segurar sua mão.Quando a palma quente dele tocou a dela, foi como se fosse queimada, queria puxar ela para longe, mas Marcelo segurou firmemente, não dando a ela a chance de se soltar, levando ela para o lado e perguntando com a testa franzida: - Você machucou sua mão, e não percebeu?Sua preocupação surpreendeu Esther. - Eu... Está tudo bem.- Sua mão está com bolhas. - Marcelo perguntou. - Por que não