Capítulo 406
Natacha não entendia por que Joaquim precisava caluniar seu pai de maneira tão cruel. Em sua memória, o pai sempre fora um homem bondoso e dedicado, trabalhando arduamente todos os dias para sustentar a família. Se lembrava das noites em que ele chegava em casa exausto, mas ainda assim, com um sorriso no rosto e um abraço caloroso para ela.

Por que Joaquim ousava acusá-lo de algo tão horrível? A raiva pulsava em seu peito como um tambor ruidoso, e seus olhos se encheram de lágrimas, como um céu prestes a desabar em tempestade. Ela as enxugou rapidamente, se sentindo decepcionada. Pensava que, após uma conversa sincera, Joaquim percebia seus sentimentos. Contudo, ele continuava a ser o mesmo homem arrogante e egoísta de sempre, um enigma frio e inalcançável.

O tempo passou, mas Natacha não sabia ao certo quanto, quando ouviu uma voz familiar e cortante, rasgando o silêncio como uma lâmina afiada:

- Você pretende ficar aqui até quando? Se adoecer, vai acabar me dando mais trabalho.

Nata
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