Ao saber das novidades, Natacha ficou bastante contente e disse ao pai: - Papai, agora você pode aproveitar sua aposentadoria sem se preocupar com os compromissos da empresa. No entanto, Dolores comentou de forma sarcástica: - É tão simples assim? Seu pai mal vai à empresa, não percebe que perdeu o poder. E se o Joaquim transformar o Grupo Gonçalves numa casca vazia, o que faremos? - Sua expressão era dura, os lábios curvados em uma linha de desprezo, enquanto lançava um olhar penetrante para Natacha.- O Grupo Camargo é tão grande, você realmente acha que Joaquim está interessado no nosso Grupo Gonçalves? - Retrucou Natacha, irritada. Seu tom era defensivo, e seus olhos lançavam faíscas de raiva. Ela não suportava ouvir críticas sobre Joaquim, nem mesmo de sua própria família. Só ela podia criticá-lo, mais ninguém.Dolores ficou sem palavras, mas, sabendo que a família Gonçalves dependia de Natacha, não quis discutir mais. Ela se retirou para um canto da sala, murmurando para si me
Natacha agradeceu ao médico com sinceridade, sentindo uma onda de alívio e gratidão. Saiu do consultório, acariciando sua barriga e dando um sorriso de alívio. Em silêncio, ela sussurrou para si mesma: - Obrigada, bebê, por não ter deixado a mamãe. Ela não podia evitar a lágrima solitária que escapou, deslizando pelo seu rosto em um misto de alívio e esperança.Isadora, observando a expressão de Natacha, parecia entender seus sentimentos. Com um tom curioso, comentou: - Você não estava pensando em interromper a gravidez? Pelo jeito que ficou preocupada hoje, parece que mudou de ideia.Um pouco envergonhada, Natacha respondeu suavemente: - Cada dia que esse bebê cresce dentro da minha barriga, sinto que ele se torna mais importante para mim. Estou me apegando cada vez mais a ele. Suas mãos instintivamente protegeram seu ventre, como se quisessem assegurar a segurança do bebê contra todas as adversidades do mundo.Isadora olhou para Natacha com uma mistura de preocupação e carinho.
Natacha enfrentou o olhar de Luiz sem hesitar, sua expressão mostrando uma mistura de desafio e determinação. - Então, Luiz, o que você quer comigo hoje? Se eu não estiver enganada, você também quer me usar, não é? Está tentando me manipular para derrubar o Joaquim?O rosto de Luiz ficou pálido, e ele arregalou os olhos, claramente surpreso pela acusação. Sua voz ficou mais alta, traindo sua ansiedade. - Você sabe dos meus sentimentos por você há muito tempo. Como pode me interpretar dessa forma? Natacha, se você realmente está ao lado de Joaquim contra mim, está apostando no cavalo errado! Joaquim não pode nem cuidar de si mesmo agora. Você acha que ele pode te proteger, proteger a sua família e o Grupo Gonçalves?Enquanto falava, Luiz gesticulava freneticamente, seu rosto vermelho de frustração. Natacha podia sentir a intensidade de suas emoções, mas isso apenas a fez ficar mais dura. Ela não iria se deixar intimidar.- Explique-se. - Ela exigiu, com a voz trêmula de raiva contida
Natacha gritou de medo, o som de sua voz ecoando pelo ar. Ela correu para o lado de Joaquim como se estivesse correndo para um porto seguro, sua expressão revelando tanto alívio quanto terror.Os olhos de Luiz estavam vermelhos como os de um lobo enraivecido. Ele ergueu o punho, seu rosto contorcido de raiva. - Você ainda tem a ousadia de se comportar assim, mesmo agora?Ele avançou para atacar Joaquim, mas Natacha rapidamente se colocou entre os dois, seus olhos fechados com força enquanto levantava as mãos em um gesto defensivo. Luiz parou abruptamente, seu punho suspenso no ar, incapaz de desferir o golpe.Natacha estava tremendo, mas sua determinação era inquebrável. Ela não se moveu, seu corpo rígido como uma barreira entre os dois homens. Ela ouviu a voz furiosa de Joaquim ao seu lado, mas não recuou.De repente, ela sentiu as mãos firmes de Joaquim a puxarem para trás, protegendo ela.- Natacha, você ficou louca? - Ele gritou, sua voz cheia de preocupação e frustração. - Quem
- De que adianta ter tudo, se eu perder você? - Joaquim murmurou, abraçando Natacha com força. Ele acariciou suas costas com carinho, tentando acalmá-la. - Calma, não precisa se preocupar. A situação da empresa não é tão ruim quanto Luiz quer fazer parecer. Mesmo que seja, eu consigo lidar com isso. Não se preocupe comigo, tá?Natacha tentou encontrar consolo nas palavras de Joaquim, mas a expressão triunfante de Luiz ainda estava fresca em sua mente. Ela sabia que os problemas que Joaquim estava enfrentando eram mais graves do que ele deixava transparecer. Ela precisava dar um jeito de ajudá-lo a sair dessa crise. Com a relação de Joaquim com Lara e Vitor tão deteriorada, se a empresa caísse nas mãos de Luiz, eles não teriam piedade dele.Enquanto Natacha refletia sobre o que fazer, o celular de Joaquim tocou. Ele atendeu rapidamente, e a voz aflita do mordomo fez seu coração gelar. - Sr. Joaquim, é urgente, por favor, venha ao hospital agora. O Sr. Paulo desmaiou de raiva. - O quê?
Vitor e Lara trocaram olhares silenciosos, cheios de segundas intenções. Ambos sabiam que Paulo já havia feito seu testamento e que precisavam aproveitar o pouco tempo que restava para pressioná-lo a mudar as disposições, assegurando que Luiz ou Vitor assumisse a presidência do Grupo Camargo.O mordomo apareceu, interrompendo os pensamentos conspiratórios deles. - Sr. Joaquim, Sra. Natacha, o Sr. Paulo quer vê-los.Vitor tentou puxar Lara junto para entrar no quarto, ansioso para impedir qualquer trama entre o avô e o neto. No entanto, o mordomo levantou a mão para barrá-los, sua expressão séria. - O Sr. Paulo disse que quer ver apenas o Sr. Joaquim e a Sra. Natacha. Ninguém mais.Vitor e Lara ficaram parados, frustrados e impotentes. Lara mordeu os lábios de raiva, desejando que Paulo simplesmente morresse logo.Dentro do quarto, Joaquim e Natacha encontraram Paulo com uma máscara de oxigênio, o rosto pálido e cansado. Paulo, apesar da fraqueza visível, sorriu ao vê-los. - Vocês c
Joaquim assentiu com firmeza, seu olhar determinado refletindo sua decisão. - Tudo bem, eu também ficarei aqui esses dias. Natacha hesitou, sua preocupação evidente em sua expressão. Ela franziu levemente a testa, e seus olhos se encheram de ansiedade. - Você tem certeza de que pode deixar a empresa? Não disseram que os acionistas do Grupo Camargo já estão insatisfeitos com você? Se você não for trabalhar, não vai piorar a situação? - Ela mordia o lábio inferior, tentando conter o medo crescente.Joaquim sorriu com carinho, seu tom de voz tranquilo e reconfortante. Ele segurou as mãos de Natacha com delicadeza, olhando ela profundamente nos olhos. - As questões da empresa são complicadas. Deixe que eles façam o alarde que quiserem, não precisamos nos preocupar.A confiança tranquila de Joaquim aliviou um pouco as preocupações de Natacha. Ela suspirou, tentando relaxar, mas ainda sentia um nó no estômago.Joaquim acariciou seu rosto suavemente, o polegar deslizando pelo contorno de
Paulo estava tão fraco que continuava adormecido, sem conseguir acordar. Joaquim ficou ao lado da cama, observando ele silenciosamente. Sua mente estava repleta de memórias, como um filme, revivendo os momentos em que Paulo cuidava dele e o ensinava a viver. Quanto mais ele pensava nisso, mais seu coração doía. Cada lembrança era como uma facada, uma dor profunda que o fazia se sentir impotente diante da fragilidade do avô.Natacha se aproximou lentamente, seus passos quase inaudíveis no piso frio do hospital. Ela segurou a mão de Joaquim com delicadeza, os olhos cheios de compaixão e determinação. - Eu sempre estarei ao seu lado, Joaquim, sempre lembrarei das palavras do vovô. Assim como você me protege, eu protejo você. - Disse ela, sua voz suave como um sussurro, mas firme como uma promessa.Joaquim sentiu os olhos se encherem de lágrimas. Natacha, às vezes, era tão compreensiva que isso o fazia doer. Ele se odiava por não ter sido capaz de proporcionar a ela um casamento feliz, f