— Chega! Ainda não sei quem você pensa que é? — Clara disse, apertando os olhos, com desprezo. — Não me venha com essas histórias! Eu não me importo, se você não devolver o Teodoro ao cargo dele, amanhã eu volto aqui. Eu não tenho vergonha, e o Salvador está esperando para saber o que o seu Sr. Marcelo tem a dizer!Marcelo olhou para Clara com um olhar fulminante, uma expressão que parecia querer matá-la, desejando que ela parasse de pressioná-lo dessa forma.Marcelo falou, palavra por palavra:— Clara, não exagere! No pior dos casos, nós morremos juntos! Se você quiser me forçar a morrer, saiba que você será a primeira a morrer!Após essas palavras, Marcelo se virou, furioso, e saiu.Clara observou sua figura se afastando, com a certeza de uma coisa. Ela tinha certeza de que Marcelo estava envolvido com Duarte. Além disso, o fato de a investigação sobre Teodoro estar afetando os interesses e a carreira de Marcelo explicava o motivo de ele estar disposto a brigar com Clara, correndo o
Depois que Ademir soltou Lorena, ambos estavam com a respiração um pouco descompassada. Com as testas coladas, Ademir acariciou o rosto de Lorena, e sua voz rouca e carregada de um tom suave e insinuante, disse:— Rena, vamos nos casar.Ademir desejava profundamente que Lorena fosse sua, e sua totalidade, pertencendo-lhe completamente. Contudo, antes do casamento, ele queria respeitar a vontade de Lorena. Somente depois de se casarem, com a aprovação tanto legal quanto moral, ele sentiria que poderiam seguir adiante, juntos.Lorena ficou surpresa ao ouvir Ademir fazer a proposta de casamento, e, ao mesmo tempo, um sentimento de nervosismo e alegria tomou conta dela.Achando que talvez tivesse sido muito repentino, Ademir se apressou a dizer:— Mas, se você achar que está rápido demais, podemos esperar. Não tem problema, eu respeito sua vontade.Lorena sorriu levemente, segurando com suavidade a mão de Ademir e disse:— Então, amanhã vamos juntos ver minha mãe, pode ser? Quero que ela
Ademir ouviu as palavras de Marcelo sobre sua mãe e, imediatamente, seu rosto se fechou.Ademir perguntou, com frieza: — O que? Acha que o conteúdo dessa carta não é verdade? Mesmo que tenha sido minha mãe quem a escreveu, foi apenas para a justiça!— Você! — Marcelo apontou para Ademir, com a mão tremendo involuntariamente. — Diga para sua mãe que, se ela continuar com essa loucura, eu vou morrer junto com ela! Se eu me destruir, ela também não terá paz!Com essas palavras, Marcelo se virou, furioso, e saiu, batendo a porta com força.Ademir soltou um suspiro suave e franzia a testa.Ele se lembrava claramente de ter explicado para Clara no dia anterior que a razão pela qual ele não havia denunciado Marcelo era para evitar que Alice se envolvesse. Ademir acreditava que sua mãe jamais tomaria a decisão de denunciar Marcelo sem antes consultá-lo. Isso era completamente fora do comum.Na verdade, Ademir não estava irritado com Clara, mas, sim, preocupado. Temia que Marcelo realmente fi
Jorge parecia ter sido fisgado no íntimo, como se alguém tivesse exposto seus pensamentos mais secretos. Sem coragem para responder, ele ficou em silêncio.Foi Yasmin quem não aguentou mais e disparou:— E essa é a sua atitude em relação aos mais velhos? Ele, pelo menos, é seu pai! Sua mãe nunca te ensinou a respeitar os mais velhos? E mais, seu irmão faleceu, e todas as propriedades e ações que ele deixou para trás não têm destino certo. Não está na hora de dividir essas coisas?Lorena, que estava ali, ficou chocada, se sentindo até ridicularizada, mas o que mais a incomodou foi a total falta de vergonha. Eles, de fato, haviam vindo com um plano, e o que queriam era pegar a herança que Gabriel havia deixado!Lorena tremia de raiva e, com a voz firme, exclamou:— O que meu irmão deixou, fica onde está, ninguém tem o direito de tocar!Embora a Sra. Lopes estivesse confusa e Lorena tivesse perdido a memória, ela não sabia exatamente o quanto de bens seu irmão havia deixado. Mas, pelo tom
O rosto de Yasmin ficou pálido devido ao sarcasmo de Ademir. Pensando que Lorena era a atual namorada dele, ela disse, com intenção: — Ademir, eu sei que você me odeia. Não é porque, na época, eu não aceitei que você ficasse com a nossa Gabriela? Nesse momento, uma mulher elegante entrou na sala e falou: — Mãe, eu não te falei para deixar o papai resolver isso sozinho? Você não deveria ter vindo, não é adequado! — A mulher disse, e só então percebeu que havia mais alguém no quarto. — Ademir? Ela arregalou os olhos, claramente surpresa, como se não entendesse a situação. Lorena, que estava ao lado de Ademir, se sentia ainda mais confusa. Ela parecia ter começado a entender alguma coisa, mas também achava que tudo aquilo era coincidência demais, quase surreal. Foi Yasmin quem quebrou o silêncio: — Gabriela, olha só como ele muda rápido! O homem que, na época, implorava para eu te dar em casamento, agora está me xingando. Ele deve ter se esquecido de como te amava! Foi qua
- Sra. Camargo, parece que o Sr. Joaquim não vai voltar esta noite. Que tal você ir dormir primeiro? – Sugeriu Dora, com gentileza, olhando para a luz ainda acesa no quarto.Um traço de decepção cruzou os olhos de Natacha Gonçalves.Naquele momento, o som do motor do carro ecoou no quintal.Natacha, sem sequer colocar os chinelos, correu para a janela para dar uma olhada.Era realmente o carro esportivo prateado de Joaquim Camargo que entrava na garagem.Ela respirou fundo e olhou para o seu conjunto de lingerie sexy, seu coração batendo de forma descontrolada como um tambor.Dois anos de casamento, ele sempre dormia no quarto de hóspedes e nunca tocou ela.Natacha sabia que o casamento deles foi arranjado pelo avô Paulo e não era a vontade de Joaquim.Mas já se passaram dois anos, eles não podiam continuar assim para sempre, certo?Será que Joaquim achava que ela era apenas uma universitária sem diploma, que não sabia de nada?Será que ele achava que ela era muito passiva?Com esses p
Joaquim já havia perdido completamente a razão.Não se sabia se foi a comida ou a bebida que estava batizada na festa naquele dia.Naquele momento, ele era impulsionado pelo desejo, incapaz de controlar seus sentimentos.Ao tocar a mulher macia e perfumada na cama.Seu desejo explodiu num instante como uma flecha disparada.A inocência e o choro impotente dela simplesmente enlouqueceram ele!Uma hora inteira se passou.O homem finalmente estava satisfeito e adormeceu.Natacha se sentiu como se todo o seu corpo tivesse sido esmagado até os ossos.Ela se levantou com dor, se vestiu às pressas e saiu do quarto às pressas.Entrou apressadamente no elevador e acabou esbarrando em uma jovem mulher.- Desculpe. – Murmurou Natacha.Ela estava pálida, entrou rapidamente no elevador e apertou o botão de fechar a porta.Rafaela Costa saiu do elevador e imediatamente olhou para trás.Ela não podia acreditar que estava vendo Natacha pela fresta do elevador.Aquela não era a esposa de Joaquim? A mul
Natacha olhou apressada para ele, se engasgando ao dizer: - Você precisa me ouvir, ontem eu... - Chega. – Joaquim interrompeu ela, seus olhos caindo nas marcas vermelhas em seu decote.Estava claro que eram marcas deixadas depois de transar com alguém. Sua voz era calma e cruel, continuando. – Eu também tenho responsabilidade por deixar você sozinha por esses dois anos. Não culpo você por fazer isso. Mas, Natacha, a família Camargo não pode aceitar uma mulher suja como matriarca.Natacha ficou atordoada, todas as suas explicações pareciam vazias agora.Era verdade que quem acreditaria em explicações para isso?Além disso, mesmo que ela provasse que foi tramada por Daniela e Marta, ela ainda estaria suja.Natacha forçou um sorriso amargo, dizendo: - Então, você quer dizer que... O divórcio?Joaquim concordou com calma: - Do lado do meu avô, eu espero que você seja clara sobre querer se divorciar. Posso dar a você uma última chance de manter sua dignidade, para que ele não saiba que